Guerra comercial está no topo das ameaças ao crescimento da economia em 2020
A incerteza da política comercial, o abrandamento do PIB chinês, uma política monetária desajustada ou o aumento do preço do petróleo são outras das ameaças

Ana Catarina Monteiro
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A escalada da guerra comercial, que poderá ganhar novas frentes, está no topo dos principais riscos de 2020, assinalados no estudo Economic Outlook, realizado pela Crédito y Caución.
A análise reflete sobre prováveis acontecimentos que ameaçam a solidez do crescimento e o comércio mundial, no próximo ano. A incerteza da política comercial, o abrandamento do PIB chinês, uma política monetária desajustada ou o aumento do preço do petróleo são alguns deles.
A imposição de tarifas sobre parceiros comerciais, nomeadamente por parte dos Estados Unidos (que foi tema de destaque da última edição impressa do Hipersuper) apresenta-se como o principal risco global do próximo ano. A análise enfatiza que a administração norte-americana deve decidir, “em breve”, quanto à imposição de novas tarifas às importações de automóveis e componentes. Segundo o estudo, este é “um risco importante que ameaça abrir uma segunda frente contra a União europeia, o México e os países asiáticos que apresentam um superávit em conta corrente com os Estados Unidos”.
Esta medida “provocaria represálias dos parceiros comerciais, gerando a segunda grande escalada na guerra comercial no espaço de poucos meses”, salienta a Crédito y Caución.
Por outro lado, o clima de guerra comercial e a dificuldade que gera em prever o futuro económico faz também com que cresça a incerteza por parte de empresas e consumidores – o segundo maior risco para o crescimento económico em 2020, de acordo com o estudo. Esta incerteza afetará “outros acontecimentos como o Brexit ou a crise institucional na Itália”.
As dúvidas sobre o crescimento do PIB da China são o terceiro fator por detrás da neblina que cobre as previsões sobre a economia mundial em 2020. “A guerra comercial atingiu o país asiático num mau momento. A China lida com os elevados níveis de endividamento das empresas estatais e das administrações locais e com uma desaceleração controlada, enquanto caminha para uma economia baseada em mais consumo e menos investimento”.
Apesar das medidas monetárias e fiscais já tomadas pelas autoridades chinesas, as mesmas podem não ser suficientes, face à guerra comercial com os Estados Unidos, para evitar a desaceleração do PIB chinês e, assim, contaminar a economia mundial.
Outras fontes de risco para 2020 é o “impacto de uma estratégia incorreta por parte da Reserva Federal norte-americana”, já que, em “dezembro de 2018, viveram-se turbulências financeiras globais resultantes do peso que têm as decisões desta organização em todo o mundo”, explica a empresa.
Por fim, a “possível recuperação dos preços do petróleo” é também um dos maiores riscos para a economia mundial. Ainda que as reservas estejam “acima do esperado”, a escalada de tensões geopolíticas no Médio Oriente, poderá “conduzir ao aumento dos preços do petróleo que, a perdurar, reduziria o crescimento do PIB mundial”.