ANTRAM chega a acordo com motoristas: “sindicato compreendeu que empresas estão no limite das suas capacidades”
O texto final terá ainda de ser ratificado pelos associados da ANTRAM durante o congresso da associação, no próximo fim de semana

Ana Catarina Monteiro
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Foi ontem e hoje assinado o texto final a constar do Contrato Colectivo de Trabalho Vertical (CCTV) dos motoristas. A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) reuniu-se ao final da tarde de ontem com os representantes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores das Empresas de Transporte (Fectrans) e esta manhã com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).
O CCTV tem por base todas as condições acordadas no “Memorando de Entendimento”, datado de 14 de agosto. Neste sentido, vem atualizar a tabela salarial em 11,1% para os motoristas de pesados e as principais cláusulas pecuniárias em pelo menos 4%, que vigorarão a partir de janeiro de 2020.
“O resultado da negociação traduz-se num CCTV com nova estrutura, que contém uma parte geral e que autonomiza os capítulos referentes ao transporte nacional, outro ao internacional/ibérico e outro sobre as matérias perigosas”, explica a Fectrans na sua página.
Quanto à reunião realizada esta manhã com o SNMMP, André Matias de Almeida, porta-voz da ANTRAM, explica em declarações ao Hipersuper que foi um encontro “profícuo e proveitoso. Na medida em que o sindicato compreendeu que as empresas estão no limite das suas capacidades e que por isso o [valor definido no] documento que estava em cima da mesa é o máximo que as empresas podem pagar”.
“Face ao que estava estabelecido em maio com o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas não foram feitas alterações”, reforça o porta-voz. Recorde-se que os motoristas representados neste sindicato estiveram em greve durante cerca de uma semana em agosto, uma paralisação que obrigou o Governo a declarar situação de crise energética.
Para a ANTRAM, o documento vem “melhorar substancialmente as condições remuneratórias dos trabalhadores. Mas acima de tudo vem acabar com concorrências desleais que pudessem ser firmadas ao abrigo do antigo contrato coletivo de trabalho”.
André Matias de Almeida lembra que o texto final terá ainda de ser ratificado pelos associados da ANTRAM durante o congresso da associação, que se realiza no próximo fim de semana, mas que “em princípio não deve haver nenhum desacordo”.