Forever 21 entra com pedido de proteção contra insolvência
A cadeia pretende fechar 178 lojas nos EUA, a maioria das localizações na Europa e na Ásia e manter as operações no México e América Latina

Ana Catarina Monteiro
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Abertura da primeira e única loja Forever 21 em Portugal (2016)
Sem alternativas, a Forever 21 entrou com o pedido para proteção de insolvência nos Estados Unidos.
A empresa estaria a trabalhar com uma equipa de consultores para reestruturar a dívida, mas no início de setembro a Bloomberg dava conta que a empresa encontrava-se sem opções em cima da mesa e que apenas um acordo de última hora poderia evitar o tribunal.
No entanto, a Forever 21 não conseguiu atrair investidores e vai agora enfrentar um processo de reestruturação, a ser aprovado. O objetivo é fechar até 178 das mais de 500 lojas que a empresa detém nos Estados Unidos, de acordo com a Associated Press.
A Forever 21 pretende maximizar o parque de lojas nos Estados Unidos e encerrar determinadas localizações internacionais, que serão ainda definidas. Sabe-se apenas que a cadeia pretende fechar a maioria das localizações na Europa e na Ásia e manter as operações no México e América Latina.
A empresa sediada em Los Angeles conta com 815 lojas em 57 países, incluindo uma em Portugal inaugurada em 2016 no centro comercial Colombo.
Segundo a insígnia em comunicado, o processo de decisão sobre quais as lojas a encerrar “está a decorrer” e vai depender do que for “apurado em conversas com os senhorios”.
Ainda assim, na última semana a empresa anunciou a saída do Japão, encerrando todas as 14 lojas naquele país até final de outubro.
Nos Estados Unidos, a marca ressalva que prevê “manter a maioria das lojas abertas” e espera “não sair de nenhum dos principais mercados nos Estados Unidos”.
Como parte do processo de proteção de insolvência, a empresa, citada pela BBC, diz ter obtido 275 milhões de dólares em financiamento de credores existentes e 75 milhões de dólares em novo capital.
Fundada em 1984, a Forever 21 surgiu no mercado diferenciando-se pelo vestuário “trendy” a preços baixos, direcionado aos mais jovens. Uma estratégia que obteve sucesso durante a crise, mas que entretanto ficou rodeada de concorrentes, sobretudo através do ecommerce.
Um público jovem cada vez mais preocupado com a moda “eco-friendly” revelou-se também desfavorável à proposta de valor da insígnia. Além disso, as suas lojas ocupam na maioria centros comerciais, cuja afluência está a diminuir.
Assim sendo, a cadeia de moda junta-se agora à lista de retalhistas que procuram proteção contra falência nos Estados Unidos, em que constam nomes como Toys’r’us, Barneys e Diesel que não resistiram à pressão do comércio online. Outros players, como Payless ShoeSource e Charlotte Russe, acabaram mesmo por desaparecer do mercado.
Estima-se em 12 mil o número de lojas a encerrar nos Estados Unidos em 2019, de acordo com a Coresight. Até agora, foram anunciados 8.558 fechos de lojas, contrastando com as 3.446 aberturas.