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“A ideia que não existe retorno do investimento tem travado o crescimento do mercado de etiquetas eletrónicas”
A adoção das etiquetas virtuais no mercado nacional está ainda a dar os primeiros passos, declara em entrevista ao Hipersuper Nuno Teixeira, general manager da Rational Innovation
Rita Gonçalves
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Apesar de as etiquetas eletrónicas terem representado, no ano passado, 95% das vendas acumuladas da empresa com operação ibérica Rational Innovation, a adoção das etiquetas virtuais no mercado nacional está ainda a dar os primeiros passos, declara em entrevista ao Hipersuper Nuno Teixeira, general manager da Rational Innovation.
“Ainda existe a ideia de que se vai gastar muito dinheiro e que não existe retorno. E é aqui que está o erro. As nossas etiquetas possibilitam fazer a alteração de preços de forma mais rápida e em tempo real, possibilitando, por exemplo, alterar dez mil artigos em apenas dez minutos e de reagir de acordo com as necessidades”, acrescenta.
E dá um exemplo: “Se falarmos de uma média de 5000 etiquetas, teríamos investido cerca de 40 a 50 mil euros, com um retorno de entre três meses a um ano, dependendo da exploração e da forma como é utilizada a nossa tecnologia. Temos clientes que, nos três meses de verão, pagaram a solução, aumentando em 10 cêntimos cada artigo, e outros que, através de uma solução bem gerida, pagaram a solução ao final de um ano”.
Entre as vantagens das etiquetas eletrónicas, em relação às etiquetas em papel, destacam-se o “tempo que os funcionários não perdem a colocar as etiquetas no linear e a facilidade de colocação de um novo artigo na prateleira, bastando ler o código da etiqueta”.
E que tipo de informação pode constar numa etiqueta eletrónica? “Desde descrições ao preço, passando pelo stock, código de barras, cálculos, imagens, entre muitas outras”, enumera Nuno Teixeira.
A Rational Innovation distribui em Portugal duas marcas internacionais. A americana Altierre e a japonesa Opticon. “São marcas orientadas para diferentes targets, uma mais indicada para a grande distribuição e a espaços com áreas acima de 2.500 metros quadrados e outra mais vocacionada para indústria”.
Em Portugal, a empresa tem as suas soluções instaladas em 12 lojas de marcas como Intermarché, Repsol, Fnac e Garcias Cash, entre outras.