Chegada da Amazon intensificará fusões e aquisições no retalho, diz BPI. Sonae é a “mais bem posicionada”
O banco de investimento CaixaBank BPI prevê um maior fluxo de fusões e aquisições no setor do retalho, a nível ibérico, em resposta ao crescimento do consumo online e à expansão da Amazon, a qual está em negociações para entrar em Portugal até ao próximo março. Os “movimentos de consolidação” no retalho ibérico devem acelerar nos próximos tempos, conjetura o banco em uma nota publicada esta segunda-feira
Ana Catarina Monteiro
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O banco de investimento CaixaBank BPI prevê um maior fluxo de fusões e aquisições no setor do retalho, a nível ibérico, em resposta ao crescimento do consumo online e à expansão da Amazon, a qual está em negociações para entrar em Portugal até ao próximo março.
Os “movimentos de consolidação” no retalho ibérico devem acelerar nos próximos tempos, conjetura o banco numa nota de pesquisa publicada esta segunda-feira, citada pelo jornal ECO. Isto porque as empresas “precisam ganhar escala” para fazer face aos desafios futuros do comércio online.
Os novos competidores no mercado de ecommerce, que vêm “pressionar as margens”, e “o aumento da consolidação entre produtores” têm levado os retalhistas “a estabelecer parcerias”. Por isso, a “consolidação será o próximo passo”, explicam os analistas José Rito e Bruno Bessa.
O CaixaBank BPI indica ainda algumas investidas que as portuguesas Sonae e Jerónimo Martins podem tomar neste sentido, estimando que a primeira responda com aquisições na Península Ibérica, enquanto a Jerónimo Martins deve voltar-se sobretudo para as fusões relacionadas com as atividades na Colômbia, mercado onde detém os hipermercados Ara, ou no outro mercado externo onde atua com a cadeia Biedronka – na Polónia.
Amazon aumenta concorrência para Sonae
O mesmo banco chamou ainda a atenção para o aumento de concorrência que a Sonae enfrentará com a chegada da Amazon, a qual se quer estabelecer no Porto. A multinacional portuguesa deve notar a pressão “particularmente no negócio do retalho eletrónico”, segmento de mercado no qual regista atualmente um forte crescimento no ecommerce, sublinha.
Ainda assim, a empresa liderada por Paulo Azevedo é para o CaixaBank a retalhista “mais bem posicionada em termos de online e poderá tirar benefícios de uma tendência mais sustentável no segmento alimentar em Portugal”.
Salientando a “força do online” sobretudo em produtos como eletrónica, vestuário ou livros, o banco lembra que a confiança dos consumidores atingiu máximos históricos na Península Ibérica, “acionando as unidades de bens mais transacionáveis da Sonae, nomeadamente de bens eletrónicos”, categoria que detém “a maior penetração em termos de vendas online em Portugal”.
A insígnia de eletrónica de consumo Worten, que representa 17% das vendas consolidadas da Sonae, obteve durante o ano fiscal de 2017 um crescimento de “mais de 50%” da operação de ecommerce em Portugal e 65% em Espanha, segundo os resultados preliminares apresentados na última semana.
Apesar de ainda não atuar diretamente no mercado nacional, a Amazon instalou-se em Espanha em 2011 e desde então garante serviço aos clientes que encomendam a partir de Portugal. Os portugueses têm à disposição em Amazon.es um sortido de 165 milhões de produtos, de acordo com as contas do CaixaBank BPI, além de disporem de entregas gratuitas.