Supermercado sem caixas Amazon Go já abriu ao público
Abriu esta segunda-feira ao público a loja sem caixas de pagamento Amazon Go. O supermercado em que os clientes entram, escolhem os produtos e saem, sem necessidade de parar nas […]
Ana Catarina Monteiro
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Abriu esta segunda-feira ao público a loja sem caixas de pagamento Amazon Go.
O supermercado em que os clientes entram, escolhem os produtos e saem, sem necessidade de parar nas caixas de saída para pagar as compras, foi inaugurado a 5 de dezembro de 2016 na sede da Amazon, em Seattle (EUA), com acesso limitado apenas aos colaboradores da empresa.
A gigante do ecommerce previa que o espaço ficasse disponível ao público em geral no início de 2017, mas os testes ao sistema disruptivo que promete revolucionar a experiência de retalho físico demoraram um ano a mais que o previsto.
Esta semana, por fim, a loja equipada com sensores, visão computacional e sistemas cognitivos abriu portas ao público, sem que a multinacinal tivesse mostrado intenção de expandir o conceito a novas localizações, nem de implementar o sistema tecnológico que começou a desenvolver “há cinco anos”, e que designou de “Just walk out technology”, nos pontos de venda da Whole Foods Market, cadeia adquirida pela Amazon já depois de esta ter apresentado o novo formato de loja sem caixas de saída.
No domingo, um dia antes da abertura do supermercado ao público, a empresa de Jeff Bezos lançou a aplicação digital do Amazon Go, para que os clientes possam registar-se e associar um cartão de pagamento.
É através da aplicação que os consumidores acedem, no seu smartphone, ao QR Code que permite entrar na loja e, no final da visita, aos talões de compra.
Uma vez dentro da loja de 167 metros quadrados, o cliente apenas recolhe os produtos e sai, sendo o valor das compras debitado automaticamente da conta associada.
“Há produtos que se encontram por norma em lojas de conveniência – como refrigerantes, batatas fritas, ketchup – e também alguns produtos vendidos na Whole Foods” como os da marca própria “365”, relata o The New York Times, comparando a experiência de entrar no espaço à de entrar numa estação de Metro.
Já a publicação GeekWire, que esteve na semana passada no espaço para uma visita guiada, diz que se encontram também produtos não-alimentares, como baterias, fita adesiva, fármacos como analgésicos e anti-inflamatórios, entre outros produtos. No entanto, a maioria da loja é dedicada à venda de bebidas e alimentos.
Em relação ao atraso de um ano na inauguração da loja ao público, fontes próximas da empresa tinham lançado suspeitas de que o sistema estaria a falhar no rastreamento de alguns produtos quando movidos ou quando demasiadas pessoas se encontravam em loja, não distinguindo entre silhuetas semelhantes.
Suspeitas desmentidas pelo vice-presidente de tecnologia da Amazon Go, Dilip Kumar, que acompanhou a visita do GeekWire à loja e garantiu que o sistema “está operacional desde o primeiro dia”, sendo “muito raras” as vezes em que identificou de forma errada um produtos retirado das prateleiras”, ao longo do último ano.
A empresa garante que o “tracking” dos produtos em loja “tem precisão suficiente para distinguir entre várias pessoas paradas lado a lado em frente a uma prateleira, detetando qual delas pega em um determinado produto, e quando o põe de volta no linear”.
Então porquê este atraso de um ano?
Segundo Dilip Kumar, este um ano de testes serviu para ajustar os aspetos a partir da observação do comportamento dos colaboradores em loja. “Sabíamos que precisávamos de muito tráfego para podermos treinar os algoritmos, para aprendermos com o comportamento do cliente. Pensamos que tivemos que abrir ao público para obter esse tráfego, mas tivemos uma quantidade significativa, muito além das nossas expectativas, de colaboradores a utilizarem o espaço, o que nos permitiu aprender tudo o que precisávamos”, disse à GeekWire.
Este ano de testes permitiu à Amazon responder a algumas exigências detetadas entre os consumidores, como “porções mais pequenas” nos Kits de refeições da retalhista ou “etiquetas mais claras para a comida vegetariana”.
Apesar de não precisar de colaboradores para ocupar as caixas de saída, a loja conta com uma equipa de colaboradores para preparar as refeições prontas a consumir, para repor os produtos nas prateleiras e para ajudar os consumidores, com recomendações por exemplo. Além disso, a publicação diz que há um colaborador à entrada, para cumprimentar, e outro na área das bebidas alcoólicas, para verificar a identificação dos consumidores.
A agência Reuters destaca ainda que as etiquetas de preço estão colocadas como nas lojas de retalho tradicional.