“Acordo praticamente fechado” para venda de C&A a investidores chineses
A cadeia de vestuário C&A pode estar prestes a ser vendida a investidores chineses, avançou o jornal alemão Der Spiegel citando fontes “internas” da empresa familiar. O negócio está “praticamente […]
Ana Catarina Monteiro
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A cadeia de vestuário C&A pode estar prestes a ser vendida a investidores chineses, avançou o jornal alemão Der Spiegel citando fontes “internas” da empresa familiar. O negócio está “praticamente fechado”.
Contactada pela publicação, a casa-mãe da retalhista de moda, a Cofra Holding, sediada a Suíça, não desmente a transação, tendo esclarecido que “a exploração de caminhos diversos” faz parte do plano de restruturação da rede com mais de 1500 lojas e 35 mil funcionários em 21 países europeus, estando presente também na China, Brasil e México.
Além do “impulso do negócio em mercados emergentes e no canal digital, a empresa pode “potencialmente incluir parcerias e outros tipos de investimentos externos”, declarou a casa-mãe.
Fundada na Holanda ainda no séc. XIX, a C&A tem vindo a perder espaço no mercado à medida que o ecommerce e outras cadeias, como a H&M e a Primark, ganham mais quota.
Os últimos resultados globais divulgados pela retalhista remontam ao ano de 2012, em que faturou 6,8 mil milhões de euros. Desde então que as vendas estão alegadamente a cair.
Apenas na Alemanha, a retalhista observa em 2017 uma queda de faturação dos 3,09 mil milhões de euros para os 2,62 mil milhões, segundo a mesma fonte.
Para Portugal, onde opera há 26 anos, a C&A anunciou no início de 2017 um “plano de transformação” que incluiu o encerramento de quatro lojas (MarShopping Matosinhos, Spacio Olivais, Alegro Alfragide e Fórum Barreiro), que iria afetar 4% dos colaboradores (25). O grupo holandês tinha na altura 36 lojas no mercado nacional, a maioria em centros comerciais. O lançamento da loja online portuguesa, previsto para o último ano, ainda não foi concretizado.
A Confra Holding garante que a insígnia de vestuário “vai continuar à procura de parceiros de negócio para expandir, num contexto de transformação da empresa”.