99% das vendas de FMCG em Portugal são ainda efetuadas em loja física
As vendas online de bens de grande consumo (FMCG) em Portugal cresceram 3,4%, em valor absoluto, entre março de 2016 e o mesmo mês deste ano, face aos 12 meses precedentes, mantendo assim uma quota de 0,9% no total de vendas deste mercado. Ou seja, os portugueses ainda efetuam 99,1% das suas compras de FMCG no retalho tradicional, revela o relatório “The Future of E-commerce in FMCG” (Fast Moving Consumer Goods), produzido pela consultora Kantar Worldpanel
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Ana Catarina Monteiro
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As vendas online de bens de grande consumo (FMCG) em Portugal cresceram 3,4%, em valor absoluto, entre março de 2016 e o mesmo mês deste ano face aos 12 meses precedentes, mantendo assim a quota de 0,9% no total de vendas deste mercado. Por outras palavras, os portugueses ainda efetuam 99,1% das suas compras de FMCG no retalho tradicional, de acordo com o relatório “The Future of E-commerce in FMCG” (Fast Moving Consumer Goods), produzido pela consultora Kantar Worldpanel.
“Em Portugal, a evolução da compra de FMCG online está muito dependente das ações realizadas pelos ‘players’ para atrair compradores para este canal”, justifica Blandine Meyer, Commercial Director da Kantar Worldpanel para o mercado nacional.
Já a nível mundial, o ecommerce de FMCG apresenta um crescimento superior ao do total do mercado de bens de grande consumo e acima do das lojas físicas. As compras online de FMCG cresceram 30% durante os 12 meses analisados, face ao período homólogo anterior, absorvendo em março uma quota de 4,6% de todo o mercado de FMCG.
O segmento de FMCG aumentou as suas vendas, ao todo, em 1,3% durante o ano móvel findo em março passado. O canal online contribuiu em 36% para o aumento das vendas globais, online e offline, do setor. Uma contribuição “recorde”, indica o relatório.
Os produtos de cuidado pessoal e cuidado para o bebé “continuam a dominar a cesta online” de FMCG. “As famílias jovens e com pouco tempo procuram com mais frequência a conveniência no que diz respeito a repetir da compra das coisas essenciais para o dia-a-dia do lar”.
“As nossas projeções indicam que, em 2025, o FMCG online será um negócio de 170 mil milhões de dólares e terá 10% da quota de mercado”, afirma Stéphane Roger, Global Shopper and Retail Director da Kantar Worldpanel.
Por regiões
Na Europa, segundo maior mercado online para o consumo de FMCG no mundo, atrás da Ásia, “há sinais que indicam que o canal online está a abrandar”, explica a consultora. O online detém na Europa uma quota de 5,6% em 2016, com o Reino Unido (quota de 7,5%) e a França (5,6%) a permaneceram na frente. A Alemanha (1,7%) e a Holanda (2,6%) estão bastante atrás.
A penetração online do FMCG nos Estados Unidos, por outro lado, cresceu rapidamente nos últimos meses, atingindo 30% do total da população. Prevê-se que o valor gasto anual online em comida e bebidas alcoólicas pelos consumidores norte-americanos possa atingir este ano os “20 mil milhões de dólares”. A Kantar espera que este mercado assista a um aumento de quota de mercado dos atuais 1,5% para 8%, em 2025. O que pode ser atribuído ao “desenvolvimento dos modelos de click and collect, entregas e subscrição e a aceleração de modelos disruptivos”.
Já na América do Sul, a exceção é a Argentina, onde o comércio online parece ter muito mais alcance entre a população, em comparação com o resto da região.