Estão os retalhistas a apostar na produção nacional de frutas e legumes?
Um estudo levado a cabo pela Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) conclui que a produção nacional tem uma penetração de 50% na oferta de frutas e de 65% na de produtos hortícolas à venda nas superfícies da distribuição moderna
Ana Catarina Monteiro
Projeto ‘Low-Carbon Tissue Products’ da Renova conquista Green Design International Award
Alegro Setúbal é o primeiro centro comercial em Portugal a receber classificação “eCIRCULAR” da ADENE
Lidl reforça compromisso com a alimentação consciente
Montijo Retail Park atinge limite da sua ocupação com abertura da Padaria Portuguesa
Red Bull Zero chega a Portugal
Still fornece equipamentos para novo Centro de Distribuição Nacional da Leroy Merlin
Frutorra distinguida pelo 4º ano consecutivo pela Escolha do Consumidor
Smart Agri em destaque na Fruit Logistica 2025
InPost inova no fabrico de lockers para avançar para a descarbonização
Retalho representou quase metade do investimento imobiliário em 2024
Um estudo levado a cabo pela Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) conclui que a produção nacional tem uma penetração de 50% na oferta de frutas e de 65% na de produtos hortícolas à venda nas superfícies da distribuição moderna.
A investigação que tem como objetivo avaliar o esforço de incentivo à produção nacional comunicado pelas insígnias mostra que a produção agroalimentar local ainda tem espaço para crescer nos lineares das grandes superfícies do País.
No que diz respeito às hortícolas, o estudo verifica que mais de metade dos tomates, pimentos, curgetes, cebolas e batatas, entre outras bens com expressividade na cozinha portuguesa, são comprados a produtores estrangeiros, sendo que 19% dos vegetais vendidos nas superfícies comerciais instaladas em Portugal têm origem espanhola e 8% chegam de França. Enquanto isso, a totalidade dos produtos como a acelga, coentros, fava, grelos ou nabiça encontrados em super e hipermercados do País têm origem portuguesa.
Por sua vez, os frutos portugueses representam metade da oferta nesta categoria, sendo apenas os morangos e as amoras os únicos produtos nacionais com capacidade de abastecer toda a distribuição alimentar, de acordo com a amostra da Zebra. Acima dos 50% de origem lusa estão apenas a ameixa (82%), o figo (77%), a cereja (64%) e o pêssego (60%).
Pelo contrário, apenas 24% do limão e 23% da uva à venda são produzidos dentro de portas. “Algo que certamente não poderá ser facilmente explicado”, visto que “as principais origens destes produtos são países próximos, com climas similares, como Espanha e Marrocos”, contesta a associação.
O ananás e a banana (produtos característicos das regiões insulares, respetivamente, Açores e Madeira), de origem nacional, têm um respetivo peso de 25% e 27% na distribuição.
“A produção de alimentos é o setor económico que mais contribui para as alterações climáticas, representando quase 30% das emissões de gases causadores dos efeito de estufa”, lembra a Zebra, sugerindo a criação de “mecanismos de discriminação positiva da agricultura de proximidade” no sentido de encurtar as distâncias que os produtos percorrem até chegar às lojas para uma comércio mais sustentável.
O estudo baseia-se em 94 inquéritos realizados entre maio e junho deste ano e envolve as cadeias Continente, Lidl, Pingo Doce, Intermarché, Jumbo, Aldi, El Corte inglês, Minipreço, E-Leclerc, Miosotis, Supercor e Spar.