60% dos projetos ligados à Internet das Coisas não passam da fase de aprovação
Um total de 60% dos projetos empresariais ligados à Internet das Coisas (IoT) não vai além da fase de aprovação, de acordo com um estudo apresentado pela Cisco no IoT World Forum. O défice na concretização justifica-se pela “dificuldade em implementar na prática um ecossistema IoT”, alegam os profissionais de Tecnologia de Informação entrevistados pela tecnológica

Ana Catarina Monteiro
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Um total de 60% dos projetos tecnológicos ligados à IoT (Internet das Coisas) em empresas não vai além da fase de aprovação, de acordo com um estudo apresentado pela Cisco no IoT World Forum. O evento arrancou na passada segunda-feira em Londres (Reino Unido) e termina hoje.
A IDC (International Data Corporation) prevê que os dispositivos IoT a nível mundial cresçam dos 14 900 milhões, contabilizados no final de 2016, para mais de 82 000 milhões em 2025. Não obstante o crescimento estimado para os próximos anos, atualmente apenas um em quatro projetos de IoT (26%) é considerado um completo sucesso, enquanto um terço de todos os projetos concluídos não se classificam como bem sucedidos. Esta é a principal conclusão do novo estudo realizado pela Cisco, para o qual entrevistou 1845 profissionais de TI (Tecnologias de Informação) e diretores executivos de diversos setores, instalados nos Estados Unidos, Reino Unido e Índia.
60% dos entrevistados têm a mesma opinião: embora os projetos parecessem simples no papel, a implementação de um ecossistema IoT torna-se complicada na prática posterior. As principais barreiras citadas durante todas as fases do projeto são “o tempo para concluir, a limitação de experiência interna, a qualidade dos dados, a integração da equipa e a superação do que estava planeado inicialmente”, explica a Cisco em comunicado .
Por outro lado, o estudo indica que as organizações com maior sucesso nas iniciativas IoT foram apoiados por ecossistemas de parceiros em cada fase do projeto, desde o planeamento estratégico até relatórios e resultados após a entrada em produção. “Visto que nenhuma empresa pode cobrir todas as áreas, a maior oportunidade para o sucesso é a parceria com outros fornecedores para criar soluções que não só são conectadas mas também que partilham dados capazes de se tornarem valor para organizações de qualquer setor”, salienta Inbar Lasser-Raab, Vice Presidente de Marketing de Soluções para Empresas da Cisco.
Além disso, destaca-se a “importância do fator humano” para o sucesso das implementações. Neste sentido, três dos fatores-chave são:
1- Colaboração entre o Departamento de TI e linhas de negócio é um fator de sucesso, referido por 54% dos inquiridos;
2- A cultura tecnológica, chefes de equipa promovidos para o Conselho de Direção, é considerado um fator chave para 49%;
3- Experiência na Internet das Coisas, tanto internamente como através de acordos externos, fator selecionado em 48%.
Apesar da taxa de insucesso, 73% dos inquiridos está a utilizar dados dos projetos IoT já implementados para otimizar o negócio, sendo os três principais benefícios o aumento da satisfação do cliente (70%), as melhorias operacionais (67%) e a maior qualidade de produtos ou serviços (66%). Além disso, o aumento da rentabilidade é o principal benefício não esperado (39%). Assim, as empresas mostram um atitude otimista perante o futuro, com 64% dos inquiridos a afirmar ter aprendido com iniciativas de IoT estancadas ou falidas, o que tem ajudado a acelerar o investimento da sua organização.