Portuguesa Yonest chega este mês aos lineares angolanos
Chegaram ao mercado em 2013, através de um quiosque de “street food”, os iogurtes da portuguesa Yonest. A marca que soube trocar as voltas à crise de consumo que afeta o setor dos laticínios, começa a exportar este mês

Ana Catarina Monteiro
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Chegaram ao mercado em 2013, através de um quiosque de “street food”, os iogurtes da portuguesa Yonest. A marca que soube trocar as voltas à crise de consumo que afeta o setor dos laticínios, começa a exportar este mês.
A Yonest – True Yogurt foi a primeira empresa ligada ao comércio a emergir da incubadora Startup Lisboa e afirma-se como a “primeira empresa no mundo” a fabricar iogurtes “realmente únicos”, que cada cliente pode personalizar a seu gosto.
Em 2013, numa altura em que os laticínios caíam em vendas, Filipe Botto, o fundador da Yonest, foi literalmente para “a praça pública” com o quiosque ambulante “Caffe Yogurtman” dar a experimentar aos lisboetas os iogurtes gregos que começou a produzir em sua casa. Hoje, o negócio já captou a atenção de retalhistas especializados, assim como a restauração e a hotelaria, e começa este mês a exportar. O primeiro cliente internacional é o grupo angolano Score, dono das cadeias DesKontão e Mel. Espanha pode ser o segundo destino, através do El Corte Inglés, que já vende por cá estes iogurtes nos supermercados Supercor.
O segredo do negócio é a “diferenciadora” experiência de consumo que proporciona, associada à degustação de um iogurte grego feito “à moda antiga” – com base na receita original milenar -, afastando-se da oferta industrializada à venda na distribuição moderna.
“Não há dois iogurtes Yonest iguais”
Além do laticínio em versões como “sem lactose”, “magro” e “integral”, em estado líquido ou para comer com colher, a gama da marca estende-se a uma segunda linha de produtos, composta por preparados de fruta fresca, granolas e alguns doces para juntar ao iogurte de forma a consumi-lo como sobremesa. Todos os produtos são vendidos individualmente, em frascos de vidro, dando liberdade de criação ao consumidor.
“Não há dois iogurtes Yonest iguais. Ao separarmos as bases de iogurtes dos diversos sabores, permitimos que cada cliente prepare o iogurte ao seu gosto, no momento de consumo. É a única marca no mundo com este conceito. Além disso, confecionamos de forma artesanal e utilizamos apenas leite fresco do dia. No que diz respeito aos sabores para acrescentar às bases, variamos ao longo do ano pois queremos dar ao consumidor produtos feitos com fruta da época”, dá conta em entrevista ao HIPERSUPER Filipe Botto, criador e atual CEO (chief executive officer) da produtora nacional. Neste momento, encontram-se no mercado as variedades de Maracujá e Manga, Morango e Lima, Maçã Assada e Mirtilos e Creme de Limão.

Filipe Botto, CEO Yonest
Ajustar a oferta a clientes profissionais
A versatilidade da proposta de valor permite à marca estar presente em diversos canais. São mais de 100 os pontos de venda que distribuem os seus produtos, entre os quais as lojas de alimentação saudável Celeiro ou os supermercados “gourmet” Apolónia. Para os segmentos Horeca e de catering, a Yonest disponibiliza formatos de maior dimensão. “Em qualquer um destes locais apostamos numa comunicação forte e, regra geral, em degustações que permitem ao consumidor constatar a diferença e a qualidade dos produtos”.
Além disso, a Yonest foi ganhando visibilidade à boleia de parcerias com outras produtoras e insígnias nacionais, como A Tarte ou Cereja do Fundão. Esta última deu origem a uma versão do iogurte com o fruto tradicional da Cova da Beira. Por sua vez, a aliança com a empresa O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo trouxe ao mercado uma opção de sobremesa, que se apresenta com o mesmo nome da empresa de pastelaria. “Tentamos adequar o produto aos nossos clientes. Sendo uma pequena produção artesanal, temos a capacidade para ajustar a oferta a cada caso concreto e desenvolver produtos especiais”, reforça o CEO.
Previsão de “um milhão de euros” em vendas
Sem revelar o investimento inicial, o responsável diz que encontrou nas “diversas parcerias bem-sucedidas com outros players uma forma de construir a empresa com muito menos capital do que seria de esperar. O que valoriza a empresa perante os investidores”. A marca espera faturar “um milhão de euros” em 2017, após ter alcançado uma “evolução de 30%” no exercício transato.
Quatro anos volvidos desde o arranque do negócio, os artigos da empresa lusa já não são produzidos em casa do fundador, mas na cozinha a que chama “Milkhouse”, instalada na Venda do Pinheiro, para a qual o responsável tem planos para expandir o atual volume de produção de “mais de 100 mil porções” por mês.
A marca mostra o desígnio de levar o produto português para o mundo, a curto prazo, sendo que este mês já será possível encontrá-la em lineares de supermercados angolanos. “Iremos também explorar a nossa relação com o El Corte Inglés para entrar em Espanha e, em junho, vamos expor na feira Alimentaria, em Lisboa, para estabelecer contactos com potenciais clientes internacionais”, conjetura o fundador.