Imposto sobre bebidas açucaradas terá “maior impacto negativo no canal alimentar”, antevê Sumol+Compal
A S+C prevê que o imposto sobre as bebidas açucaradas, que entrou em vigor a 1 de fevereiro deste ano, vai causar mossa no negócio e que o impacto será maior no canal alimentar. A produtora de bebidas não alcoólicas alcançou em 2016 um volume de negócios total de 355,8 milhões de euros, uma melhoria de 4,3% face ao ano anterior
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Ana Catarina Monteiro
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A Sumol+Compal prevê que o alargamento do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (IABA) às Bebidas Adicionadas de Açúcar ou outros Edulcorantes, que recai sobre o consumo de refrigerantes, tenha um “impacto negativo” no seu negócio. Em nota de imprensa com os resultados da atividade no último ano, a empresa revela “não ser aconselhável divulgar uma previsão da evolução do volume de negócios e da rendibilidade operacional para este ano”, devido à nova taxa que entrou em vigor a 1 de fevereiro deste ano. O efeito “negativo será certamente significativo e mais forte nas vendas no canal alimentar, uma vez que nos estabelecimentos deste canal o preço médio por litro da bebida tende a ser bastante inferior ao preço médio por litro de bebida nos estabelecimentos do canal Horeca”.
O imposto sobre bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes divide-se em dois escalões, consoante o teor de açúcar, que se podem traduzir em aumentos de 8,22 euros ou de 16,46 euros por hectolitro.
“Tendo em conta que o mercado dos refrigerantes é o que tem maior peso, em valor, na categoria das bebidas refrescantes e a importância que tem para a Sumol+Compal”, a empresa entende “não ser possível prever a evolução do volume de negócios em 2017, em Portugal”. O mercado interno pesa 70% da atividade da empresa, que no último ano gerou vendas no País de 245,1 milhões de euros, mais 5,4% que no ano antecedente. O valor das prestações de serviços fixou-se nos 9,7 milhões de euros (+7,1%).
No último ano, a produtora de mais de 20 marcas de bebidas não alcoólicas que exporta para mais de 70 países alcançou um volume de negócio total de 355,8 milhões de euros, uma melhoria de 4,3% face aos 341,3 milhões de euros registados em 2015. O lucro líquido cifrou-se em 10,5 milhões de euros, traduzindo uma subida de 24,7% relativamente aos 8,4 milhões alcançados no período homólogo.
Nos mercados internacionais, as vendas da Sumol+Compal atingiram um total de 101,0 milhões de euros, um aumento de 1,3% face ao obtido no ano anterior. A rubrica de fornecimentos e serviços nos mercados externos verifica um acréscimo homólogo de 2,4% para os 107,6 milhões de euros.
Ao longo de 2016, a produtora investiu 11,7 milhões de euros em ativos tangíveis, sendo que a maior do valor se destinou à maioria da fábrica de Bom Jesus, em Angola, com os objetivos de aumentar a capacidade produtiva e de modernizar as instalações. O investimento em ativos intangíveis ascendeu a 3,1 milhões de euros, “montante que corresponde a direitos contratuais celebrados com vista à fidelização de clientes”, dá conta.
Ainda que não se pronuncie sobre a performance prevista para o negócio em Portugal, a produtora nacional prevê este ano aumentar as vendas nos mercados internacionais. Ainda assim, o crescimento “está muito dependente da evolução das vendas em Angola, principal mercado de exportação da empresa”, no qual considera ser necessário “gerir, por um lado, a necessidade de alargar a oferta do tipo de embalagens disponíveis e de aumentar a capacidade instalada e, por outro lado, o risco de rutura no abastecimento de matérias-primas e materiais de embalagem à fábrica do Bom Jesus, em resultado da dificuldade na obtenção de divisas para o pagamento daquelas”. Em outros mercados africanos, nomeadamente nos países francófonos, a empresa espera “crescer em resultado da aposta que tem vindo a fazer nos últimos dois anos”.