Comércio de rua transborda para novas zonas de Lisboa e Porto. Prevê-se “elevada” dinâmica de aberturas
Há uma expansão do comércio tradicional nas cidades do Porto e Lisboa para novas zonas que estão a consolidar-se como destinos “trendy” de compras, segundo estudo trimestral Market Pulse da consultora imobiliária JLL

Ana Catarina Monteiro
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Há uma expansão do comércio tradicional nas cidades do Porto e Lisboa para novas zonas que estão a consolidar-se como destinos “trendy” de compras, segundo estudo trimestral Market Pulse da consultora imobiliária JLL.
A consultora prevê uma dinâmica “elevada” de aberturas de lojas nas duas principais cidades portuguesas, em zonas como Cais do Sodré (Lisboa), Clérigos e Aliados (Porto) que se estão a reforçar como novos “destinos das compras de rua”, alargando assim o comércio a partir dos “clusters” comerciais da Avenida da Liberdade, na capital, e da Rua Santa Catarina, na invicta.
“Este é um movimento que se deve à expansão da regeneração urbana a mais zonas das duas cidades, ao boom do turismo e às alterações nos hábitos de consumo dos portugueses. A emergente vivência de bairro tem sido responsável por algum dinamismo em zonas quase exclusivamente residenciais, onde se denota atividade de operadores nacionais de conveniência com conceitos de comércio de bairro. Além disso, não são apenas as marcas consolidadas, quer nacionais quer internacionais, que escolhem este formato de proximidade para se instalarem. São também vários os exemplos de empreendedorismo de conceitos inovadores que estão a abrir lojas em Lisboa e no Porto”, comenta Patrícia Araújo, Head of Retail da JLL.
No Porto, evidenciam-se a zona dos Clérigos e Aliados, onde “deverão surgir novos projetos de reabilitação, especialmente habitacional, e a abertura de novas lojas até ao próximo ano no segmento premium”. As rendas das lojas de rua na cidade continuam a ser referenciadas pelo valor praticado na Rua de Santa Catarina, que registou o aumento mais elevado dos destinos de compras analisados em ambas as cidades. De acordo com a consultora, a renda “prime” das lojas de rua neste eixo da invicta cresceu 22% no terceiro trimestre face ao mesmo período de 2015, fixando-se agora em 55 euros/m2/mês (por metro quadrado e por mês).
Em Lisboa, o estudo destaca a ascensão do Cais do Sodré como destino de restauração no segmento “trendy/alternativo”. O local é um dos destinos preferidos dos turistas para entretenimento e apresenta uma renda “prime” no terceiro trimestre de 2016 de 35 euros/m2/mês, situando-se entre as rendas praticadas na Rua Castilho (30 euros/m2/mês) e no Príncipe Real (40 euros/m2/mês), cuja renda subiu 14% face ao terceiro trimestre do ano passado. Esta última zona e a Baixa (+13% para 90 euros/m2/mês) são as duas únicas zonas em Lisboa que registaram subidas homólogas das rendas no trimestre. A Baixa e o Chiado “estão atualmente mais limitadas em termos de disponibilidade de espaços, o que tem afetado a abertura de novas lojas”. No Chiado, onde a renda é a mais elevada do mercado – nos 120 euros/m2/mês -, os principais eixos estão “plenamente ocupados” e as ruas secundárias, onde as rendas são um pouco mais acessíveis, exibem também grande dinamismo.
Na Avenida da Liberdade, destino por excelência para o comércio de luxo, a renda prime atinge os 90 euros/m2/mês e existe atualmente alguma disponibilidade de novos espaços, devido ao aparecimento de projetos de reabilitação. Ainda antes do final do ano, a avenida espera a abertura da primeira loja Bulgari em Lisboa e o regresso da Versace à cidade. Além das marcas de luxo, também o segmento “premium” está a apostar nesta localização, com a Pinko e a Samsonite a protagonizarem novas aberturas no trimestre.