Portos nacionais atingem “maior volume de sempre” de carga movimentada
Os dois primeiros meses de 2016 registaram “o maior volume de sempre de carga movimentada” pelo mercado portuário nacional. Nestes dois meses, os portos movimentaram 13,6 milhões de toneladas nas diversas formas de acondicionamento, um crescimento homólogo de 1,4% face a 2015
Ana Catarina Monteiro
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Os dois primeiros meses de 2016 registaram “o maior volume de sempre de carga movimentada” pelo mercado portuário nacional. Nestes dois meses, os portos movimentaram 13,6 milhões de toneladas nas diversas formas de acondicionamento, um crescimento homólogo de 1,4% face a 2015.
De acordo com a Autoridade de Mobilidade e dos Transportes (AMT), entre Janeiro e Fevereiro os portos portugueses registam “a maior atividade de sempre”, no que diz respeito ao volume de carga movimentada, que ascendeu nestes meses a 13,6 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,4% face ao período homólogo de 2015.
O porto de Sines mantém a posição cimeira representando cerca de 51,5% do total da carga movimentada, tendo registado no conjunto das cargas um crescimento homólogo de 6,1% nos primeiros dois meses do ano face a 2015. Seguem-se o porto de Leixões (20,6%), Lisboa (11,2%) e Setúbal (8,5%).
Entre as diversas formas de acondicionamento, as atividades que mais contribuíram para esta dinâmica positiva são as de Carga Contentorizada, segmento que neste período teve um crescimento homólogo de 19,1%, e de Carvão concretamente no porto de Sines, onde regista um aumento de 38,3%. Durante o período entre Janeiro e fevereiro, os portos de Viana do Castelo e Leixões registaram variações de 51,8% e 2,7%, respetivamente, o que contribuiu também para a variação global observada.
Nos restantes portos, o volume de carga movimentada sofreu uma diminuição face a 2015. A atividade nos portos de Figueira da Foz e Lisboa caiu cerca de 12%, nos portos de Aveiro e Setúbal 2%. Por sua vez, o porto de Faro, com uma “reduzida dimensão”, perdeu 60% da atividade, em comparação com os primeiros dois meses do ano transato.
Entre os meses de Janeiro e fevereiro de 2016 foram registadas 1611 escalas de navios das diversas tipologias, menos quatro escalas (0,2%) do que no período homólogo, correspondentes a uma arqueação bruta (GT) de 27,5 milhões. A melhor marca “desde sempre”, determinada pelo comportamento dos portos do Douro e Leixões e Sines, que corresponde a um acréscimo de 5,7% face a 2015.
No que respeita ao mercado de cargas movimentadas, merece particular destaque o dos Granéis Sólidos, com um aumento de 10,7% face a janeiro e fevereiro de 2015, onde o mercado do Carvão registou a importação de 1,2 milhões de toneladas, representando um acréscimo de 38,5%. “O valor mais elevado de sempre nos períodos homólogos”. Também o mercado dos Produtos Agrícolas registou um aumento neste período de 31,3%.
No mercado de Carga Geral, a marca dos 5,5 milhões de toneladas foi ultrapassada “pela primeira vez” nos dois primeiros meses do ano, registando um acréscimo de 3,3% face a 2015. Este fenómeno é explicado pelo comportamento dos mercados de carga Contentorizada e Ro-Ro que cresceram, face a 2015, 9,2% e 19,4%, respetivamente.
No que respeita ao mercado de contentores, verificou-se uma redução, a nível global, de 1,7% TEU (20 foot equivalent unit – unidade equivalente a 20 Pés) movimentados. Apesar de se verificar um crescimento nos portos de Leixões (6,7%) e Sines (4%), os portos de Figueira da Foz (-22%), Lisboa (-20,1%) e Setúbal (-28,9%), observam variações negativas neste segmento.
De sublinhar ainda que o movimento de contentores do porto de Sines representa o “valor mais elevado de sempre”, cerca de 199 mil TEU, sendo que o tráfego de ‘transhipment’ atingiu os 157 mil TEU, correspondente a 79% do total.
Ainda no segmento de ‘transhipment’, o porto de Sines reforça a posição de líder, onde representa 53% do total (41,9% da responsabilidade de transhipment e 11,1% de hinterland como origem e destino), seguindo-se Leixões (27%), Lisboa (16,1%) e Setúbal (3,2%).
Carga embarcada (exportações) e desembarcada (importações)
A carga embarcada, com origem no ‘hinterland’ dos portos comerciais, na qual as “exportações” assumem um “peso importante”, registou um volume estimado de cerca de 4,3 milhões de toneladas no período janeiro-fevereiro de 2016, um decréscimo de cerca -12% face ao período homólogo de 2015.
Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as “importações” representam em regra mais de 90%, verificou-se um aumento de 8,3% face ao valor registado entre Janeiro e fevereiro de 2015, muito influenciado pelo aumento da importação de Carvão e de Produtos Agrícolas que apresentaram um aumento de 39% e 29,9%, respetivamente. Nos dois primeiros meses de 2016, a carga Contentorizada atingiu 1,95 milhões de toneladas, aumentando 13,1%, e o mercado do Petróleo Bruto ultrapassou os dois milhões de toneladas, registando um aumento de 4,7%.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro continuam a ser os portos que registam um maior número de embarques (carga embarcada) superior aos dos desembarques (carga desembarcada), com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 76,2%, 67,4%, 50,3% e 100%, respetivamente.