Confiança de investidores em Portugal faz rendas de imóveis dispararem em 2016
Portugal manteve no 3º trimestre de 2015 “um índice de confiança positivo”, no que diz respeito à recuperação da economia nacional que se “mantém em ascensão há cerca de 18 meses”, revela a organização profissional global RICS
Ana Catarina Monteiro
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Portugal manteve no 3º trimestre de 2015 “um índice de confiança positivo”, no que diz respeito à recuperação da economia nacional que se “mantém em ascensão há cerca de 18 meses”, revela a organização profissional global RICS.
O Índice do Imobiliário Comercial Global da RICS monitoriza, trimestralmente, as tendências do mercado imobiliário comercial, na ótica de investidores e ocupantes, através de questionários enviados a cerca de 1300 empresas a nível mundial.
O estudo indica que entre julho e setembro a economia portuguesa regista um dos maiores índices de confiança no segmento do investimento imobiliário, a nível mundial. Neste indicador, as melhores prestações são a de Portugal, Irlanda e Japão, em contraponto com o mercado russo e o brasileiro, cujas condições continuam progressivamente a degradarem-se. Também a China e vários mercados asiáticos revelam fraquezas crescentes.
Em relação ao mercado imobiliário nacional, o Índice de Confiança dos Ocupantes registou 42 pontos percentuais e o Índice de Confiança dos Investidores aumentou para os 48 pontos percentuais no terceiro trimestre deste ano.
Enquanto o nível de procura de espaços no setor industrial português cresceu “de forma moderada”, o nível da procura nos segmentos de escritórios e retalho aumentou “consideravelmente” no período de referência. Por outro lado, a “taxa de disponibilidade diminuiu”, assim como o “valor dos incentivos atribuídos pelos proprietários”. Este “desequilíbrio entre procura e oferta” leva a prever um aumento das rendas no próximo ano, sobretudo nas rendas ‘prime’ do retalho e dos escritórios, que terão um “crescimento considerável”.
A RICS diz que os preços de energia mais competitivos e a quebra na taxa de desemprego levaram ao “aumento do índice de confiança dos consumidores” em Portugal. No mercado laboral, as reformas efetuadas trouxeram “maior agilidade e um reforço na procura” por partes dos negócios que já operam em território nacional. No entanto, as empresas exportadoras ainda encontram, segundo a organização, “dificuldades em escoar produtos”, uma vez que as relações comerciais com os países emergentes são “mais débeis do que com os países da zona euro”.
A melhoria dos dados económicos, aliados à melhoria na obtenção de crédito, “têm captado a atenção dos investidores, tanto nacionais como internacionais”, o que reforça a previsão para 2016 de subida das rendas em todos os setores.
Os investidores nacionais e internacionais têm estado “muito ativos” em todos os segmentos do mercado imobiliário, porém os estrangeiros têm dominado os investimentos e reforçado a sua presença em Portugal “principalmente neste último trimestre”. A oferta de produto para venda não sofreu oscilações no segmento industrial, mas decaiu no mercado de escritórios e de retalho.
Apesar de esta ser a “maior recuperação do mercado imobiliário desde 2014”, a maior parte dos inquiridos (92%) afirma que o mercado imobiliário está subavaliado, o que faz de Portugal um mercado com potencial de crescimento e de valorização.