Mercado laboral português apresenta elevado “desajuste no talento”
Portugal continua a figurar entre os cinco países com maior desequilíbrio entre oferta e procura de profissionais, segundo o novo relatório da Hays. O País apresenta ainda dos maiores níveis de pressão salarial em setores altamente qualificados

Ana Catarina Monteiro
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Portugal continua a figurar entre os “cinco países com maior desequilíbrio entre oferta e procura de profissionais”, segundo o novo relatório da Hays. O País apresenta ainda dos maiores níveis de pressão salarial em setores altamente qualificados.
Apesar dos elevados níveis de desemprego em Portugal, os profissionais disponíveis no mercado de trabalho não possuem as ‘skills’, formação ou experiência que os empregadores procuram neste momento.
A incapacidade de solucionar este problema pode prejudicar os planos de crescimento das empresas, segundo o Global Skills Index 2015, um relatório produzido pela Hays, em parceria com o Oxford Economics, que analisa as dinâmicas do mercado de trabalho em 31 países.
O estudo atribui uma pontuação entre 0 e 10 a cada país para medir as dificuldades e restrições do mercado de mão-de-obra qualificada. Este valor é calculado através de uma análise de sete componentes, cobrindo áreas como os níveis de ensino, a flexibilidade do sistema educativo e do mercado de trabalho, participação no mercado de trabalho, desajuste no talento, no qual Portugal apresenta a classificação máxima, e as pressões salariais em termos globais, além de em perfis e em funções altamente qualificadas.
Com a pontuação 5,9, Portugal está entre os cinco piores países a nível mundial em termos de desajuste entre a oferta e procura de competências. Em situação semelhante encontram-se países como o Japão, Estados Unidos da América, a Irlanda ou Espanha. Portugal apresenta ainda um dos maiores níveis de pressão salarial em setores altamente qualificados.
O mercado laboral no País reflete como principais problemas o desajuste de talento e as pressões salariais em setores altamente qualificados. O relatório alerta ainda para “períodos continuados de desemprego de longa duração”, que podem agravar o problema de escassez de competências, “conforme parecem indicar as tendências salariais em setores altamente qualificados”.
“Há ainda muito por fazer, mas acreditamos que a discussão necessária sobre o desajuste de competências começa a ter lugar na sociedade portuguesa”, afirma Paula Baptista, managing diretor da Hays Portugal. “Trata-se de uma oportunidade única para universidades, empregadores e autoridades nacionais chegarem a acordo sobre a melhor forma de criar e desenvolver a base para um mercado de trabalho mais forte e mais resiliente, que crie competências para o futuro”.