Opinião

A crise no Brasil e o setor do retalho, por Miguel Murta Cardoso (consultor)

Miguel Murta Cardoso, Consultor Sénior especialista em retalho, faz um retrato do setor da distribuição no Brasil, revela os formatos com maior crescimento no país e levanta o véu do que esperar no futuro

Rita Gonçalves
Opinião

A crise no Brasil e o setor do retalho, por Miguel Murta Cardoso (consultor)

Miguel Murta Cardoso, Consultor Sénior especialista em retalho, faz um retrato do setor da distribuição no Brasil, revela os formatos com maior crescimento no país e levanta o véu do que esperar no futuro

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
Artigos relacionados
Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030
Retalho
Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente
Logística
Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp
Alimentar
Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais
Bebidas
Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses
Alimentar
Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito
Retalho
Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas
Bebidas
Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024
Retalho
Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril
Retalho
Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi
BRANDED
PUB

Miguel Murta Cardoso“As vendas dos três principais grupos de distribuição brasileiros ultrapassaram os 100 mil milhões de reais em 2014, o que representa uma fatia superior a um terço do setor alimentar”

Por Miguel Murta Cardoso, Consultor Sénior especialista em retalho

PUB

O Brasil, maior país da América Latina e sétima maior economia do Mundo, encontra-se atualmente a atravessar um cenário de crise, não estando previsto, pelos analistas, uma recuperação no curto-prazo.

A contração do PIB (Produto Interno Bruto) é um indicador que causa apreensão às agências de rating. Foi registada uma retração de 2,6% no segundo trimestre de 2015 face a igual período no ano anterior. A nível social, o desemprego é um dos indicadores mais preocupantes, tendo atingindo os 8,3% no segundo trimestre deste ano. Esta cifra representa o dobro do número de pessoas à procura de emprego no último ano.

O Brasil tem uma população estimada superior a 200 milhões de habitantes.  Encontra-se dividido em 27 unidades federativas onde se nota uma forte heterogeneidade politica, económica e social. O retalho revela uma importância acrescida neste ambiente, sendo o maior empregador do país.

A par da forte expansão e profissionalização do setor retalhista nos últimos anos, vive-se também um ritmo de aceleração na consolidação do mesmo. Porém, ainda não existem grandes redes presentes em todo o território e com uma posição de destaque na liderança do setor. Nesse sentido, têm sido observadas diversas movimentações no mercado nessa direção através de fusões e aquisições, como foi o caso das lojas do Grupo Sonae que foram adquiridas pelo Walmart em 2005. No entanto, nenhuma rede conseguiu ainda o destaque na liderança do retalho brasileiro devido a um conjunto de fatores entre os quais se inclui a diversidade cultural, a complexidade do sistema logístico e a heterogeneidade fiscal de cada região.

Poland Flag painted on grunge wallAs práticas ilegais no retalho: o Brasil revela uma forte transformação no setor encontrando-se no bom caminho

Uma problemática do setor retalhista e que tem afetado a concorrência no Brasil são as práticas ilegais. Além das notícias que têm circulado nos jornais nacionais e internacionais nos últimos anos relativamente a casos como o Mensalão e o Lava Jato, as práticas ilícitas mais comuns no setor do retalho são a sonegação de impostos, o desrespeito pelas leis de trabalho, as fugas fiscais, a manipulação dos dados de atividade e o suborno a terceiros, entre outros.

A sonegação, provavelmente a prática ilícita com maior impacto no retalho brasileiro, tem sido cada vez mais combatida o que, nos últimos anos, tem vindo a gerar um incremento irreal aos valores de crescimento do setor. Na realidade, há um forte crescimento do setor no Brasil nas últimas décadas, no entanto sem representar, provavelmente, as suas reais dimensões. Há cada vez mais retalhistas a declararem as suas vendas, o que não significa que antes não vendiam. Será portanto necessário acompanhar esta evolução. Geralmente, as empresas sonegadoras deixam de se focar na eficiência operacional do seu negócio para se concentrarem na melhor forma de pagar um menor valor de impostos. A tendência é evidente e não há como fugir. Esses retalhistas poderão continuar nessa prática ilícita mas acabarão com processos jurídicos e problemas que deviam ter sido solucionados enquanto era tempo de construírem uma base sólida para o futuro do seu negócio.

As boas notícias são os motivos que contribuem para uma rápida transformação desta problemática e a consequente formalização do trabalho no setor retalhista. Destacam-se a forte expansão das principais redes retalhistas formalizadas e desenvolvidas, o esforço do governo no combate à sonegação e a sua atuação mais incisiva, e o aumento das denúncias de corrupção. Estes fatores têm ajudado no combate a uma prática que é responsável pela redução de receitas para o estado equivalentes a 30% do valor arrecadado em impostos pelo país.

Concorrência: prevê-se a continuação de uma competição extremamente elevada pelosMiguel Murta Cardoso consultor lugares cimeiros no setor do retalho alimentar

O mercado brasileiro é composto por alguns dos principais players mundiais do retalho alimentar como o Carrefour (França), Grupo Pão de Açúcar (controlado pelo Grupo Casino de França) e Walmart (Estados Unidos da América). As vendas dos três grupos ultrapassaram os 100 mil milhões de reais em 2014, o que representa uma fatia superior a um terço do setor alimentar brasileiro. A quarta maior rede de supermercados é também estrangeira, a Cencosud (Chile). Só na quinta posição surge uma empresa brasileira, a rede de supermercados independentes SMART pertencente ao Grupo Martins, o maior distribuidor da América Latina. A rede Dia (Espanha), sexto maior player do setor alimentar, apesar de atuar em apenas quatro estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia), apresenta uma estrutura com mais de 800 lojas. O grande destaque desta rede está relacionado com a sua aposta em produtos de marca própria permitindo vendas de itens 20% mais baratos do que as marcas nacionais. A restante maioria das grandes empresas do setor alimentar são de origem brasileira e caracterizam-se por serem tipicamente cadeias regionais que atuam em apenas um ou dois estados brasileiros (casos da Zaffari, Muffato, Supermercados BH, Condor, entre outros).

A concorrência no setor dos supermercados é muito forte e a tendência é para se intensificar. Para responder a um cliente brasileiro menos fiel aos retalhistas que a média mundial, as redes apostam no multiformato com diferentes combinações possíveis entre preços, sortido e serviço. Os ‘top players’ apresentam diversos formatos entre lojas de proximidade, lojas de conveniência, supermercados, hipermercados e grossistas, entre outros. Assim, as grandes redes encontram no investimento em multiformato a solução para enfrentar a concorrência dos supermercados regionais que normalmente são a preferência do consumidor.

O Carrefour, maior player no setor alimentar com vendas a atingirem os 37,9 mil milhões de reais em 2014 e um total de 258 lojas, apresenta-se com as bandeiras Carrefour, Carrefour Bairro, Carrefour Express, Atacadão e Supeco. Por sua vez, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) que quase atingiu o nível de vendas do Carrefour em 2014 (37,6 mil milhões de reais) e tem quatro vezes o número de lojas do Carrefour (1112 lojas) detém as insígnias Pão de Açúcar, Minuto Pão de Açúcar, Extra, Extra Mini Mercado, Extra Super e Assaí. Por sua vez, o Walmart encerrou 2014 com vendas de 29,5 mil milhões de reais e 544 lojas e é representado pelas bandeiras Walmart, Maxxi, Big, Bom Preço, Mercadorama, Todo Dia e Sam’s Club.

 supermercados_brasilConsumo: a dificuldade em prever o comportamento do shopper brasileiro

Contrariamente às expectativas para 2015 o consumo tem vindo a cair, já que os brasileiros têm perdido poder de compra devido à inflação e à contração dos rendimentos, num contexto de insegurança face à situação de crise do país que tem afetado a confiança do consumidor. O acesso cada vez mais restrito ao crédito, numa sociedade onde o pagamento a prestações (“parcelamento”) é imprescindível, tem também um efeito inibidor no momento da compra.

Como consequência, o shopper tornou-se mais seletivo e dá maior importância à relação qualidade versus preço das suas compras.  Desta forma, começou a poupar nos produtos de “cesta básica” (como produtos de mercearia em geral e produtos de limpeza) para não perder o acesso ao conjunto de produtos supérfluos que entraram nas suas compras nos últimos anos  (cereais saudáveis e linhas gourmet).  Desta forma, há uma tendência bastante expressiva no crescimento das vendas de produtos básicos de marca própria em contrapartida das marcas líderes. Após de um crescimento de 11,6% em 2014 do setor de marcas próprias, prevê-se um crescimento de 10 a 15% desse setor em 2015.

A par dessa tendência também se observam novas tendências do shopper relativamente aos formatos de loja física mais procurados. Os modelos de “atacarejo” (nome dado no Brasil para lojas com misto de venda a grosso/atacado e venda a retalho/varejo) e as lojas de proximidade são os formatos que registam maior crescimento no setor. Os top players do setor alimentar estão presentes em ambos os formatos com bandeiras dedicadas. No caso das lojas de proximidade o Carrefour está presente com o Carrefour Express, o GPA com as bandeiras Extra Minimercado e o Minuto Pão de Açúcar  e o Walmart com a rede TodoDia. Também o Dia está presente nesse mercado com a insígnia Dia Market. No sentido inverso, o canal hipermercado vem perdendo espaço no retalho alimentar.

 Atacarejo: o modelo de retalho com maior crescimento no paísbrasil.jpg

O “atacarejo” é o formato físico que mais tem crescido no Brasil. A evolução real em 2014 foi de 3,2% atingindo os 34 mil milhões de reais de vendas, e em 2015 tem-se registado um percentual de crescimento de volume de vendas superior ao do ano passado. Este modelo apresenta diversas particularidades entre as quais destaque para os preços, em média 15% inferiores aos supermercados tradicionais, e também para a escassez de serviços oferecidos dentro do ponto de venda. Este é um modelo cada vez mais procurado pelo consumidor quando se trata dos produtos de “cesta básica”.

Os três top players do setor têm uma forte presença neste formato. No total os três “atacarejos” superaram um valor de vendas de 38 mil milhões de reais em 2014.

Em primeiro lugar encontra-se o Atacadão com um total de vendas de 23,2 mil milhões de reais em 2014. Esta bandeira foi adquirida pelo Carrefour em 2007, tornando-o líder no setor. Desde então, a disputa pela primeira posição nos rankings do retalho alimentar tem sido muito agressiva.

Na segunda posição surge o Assaí, adquirido em 2007 pelo Grupo Pão de Açúcar em resposta à movimentação do Carrefour nesse modelo, que obteve um total de vendas de 8,3 mil milhões de reais em 2014.

O Walmart, por sua vez, apresenta-se com a sua principal insígnia nesse modelo, o famoso Sam’s Club que faturou 7,3 mil milhões de reais em 2014.

Se excluirmos os valores das vendas do modelo de “atacarejo”, a ordem no pódio do setor alimentar altera-se. Assim, a liderança passa para o GPA, seguido do Walmart e o Carrefour na terceira posição.

 O futuro são as oportunidades do presente

A agência de rating Standard & Poor’s (S&P) que foi a primeira a conceder ao Brasil o grau de investimento, foi também a primeira a retirá-lo. A S&P acredita que o Brasil só retomará o crescimento, ainda de forma pouco acentuada, em 2017.

Perante este cenário desafiador que gera uma alta do custo de capital, as redes de retalho no Brasil deverão rever os seus planos de expansão para o futuro. A tendência que se prevê nos próximos tempos não passa apenas pelo encerramento de lojas menos lucrativas e pela diminuição do número de funcionários mas, também, pela adoção das melhores práticas operacionais, em linha com as metodologias atuais adotadas nos mercados mais desenvolvidos. Empresas que têm crescido nos últimos anos, terão que repensar o seu formato de expansão de uma forma mais seletiva no que diz respeito ao seu modelo de investimento.

No entanto, é imprescindível ter em conta que, mesmo com a retração do consumo e com a crise que o Brasil tem vindo a passar, as grandes redes estão a conseguir aumentar as suas vendas através do alargamento para novas regiões de atuação. O Brasil está a viver uma forte crise política, mas a realidade do país é de grandes áreas geográficas não atendidas, com consumidores ávidos da presença de oferta de retalho e com enorme potencial de crescimento económico. Neste cenário, os players devem focar-se na criação de bases sólidas para o futuro pós-crise não fechando portas às oportunidades do presente.

 Como diria Tom Jobin: “O Brasil não é para principiantes”!

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

Artigos relacionados
Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030
Retalho
Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente
Logística
Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp
Alimentar
Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais
Bebidas
Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses
Alimentar
Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito
Retalho
Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas
Bebidas
Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024
Retalho
Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril
Retalho
Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi
BRANDED
Retalho

Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030

Estudo da DS Smith revela que, até 2030, serão utilizados quase 22 mil milhões de sacos de plástico nas entregas online de artigos de moda em seis grandes economias europeias, o equivalente a mais de 400 000 sacos de plástico entregues por hora. As medidas para limitar a utilização de sacos de plástico reduziram significativamente a sua presença no comércio tradicional, mas o aumento das compras online fez aumentar a sua utilização no e-commerce.

Hipersuper

Apesar dos avanços no retalho físico na redução do uso de plásticos, o comércio eletrónico de moda está a gerar volumes alarmantes de resíduos plásticos. De acordo com uma análise da Development Economics, encomendada pela empresa de packaging sustentável DS Smith, uma empresa da International Paper, só em 2024, os seis principais mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Polónia) receberam 2,9 mil milhões de sacos de plástico “secundários” — utilizados para transporte — nas suas compras online, o equivalente a 7,8 milhões de unidades por dia.

Ao contrário do que se verifica no retalho tradicional, onde medidas como a cobrança obrigatória dos sacos reduziram significativamente o seu uso, o crescimento das vendas online tem impulsionado o consumo de embalagens plásticas. A tendência é preocupante: estima-se que, até 2030, o número de sacos secundários aumente 47%, atingindo os 4,2 mil milhões anuais, o que poderá resultar num total acumulado de 21,8 mil milhões de sacos nos próximos cinco anos.

O estudo revela também que apenas 7% destes sacos são atualmente reciclados ou reutilizados. Os restantes 93% — cerca de 2,6 mil milhões em 2024 — acabam em aterros ou incinerados. Mantendo-se o atual ritmo de crescimento do e-commerce e das baixas taxas de reciclagem, este número poderá ultrapassar os 3,8 mil milhões por ano até ao final da década.

“Em parceria com algumas das maiores marcas do mundo, estimamos que, nos últimos quatro anos, substituímos mais de mil milhões de elementos de plástico, mas precisamos de fazer mais”, refere Luis Serrano, sales, marketing & innovation Diretor da DS Smith Ibéria. “Embora as compras online tenham crescido, os retalhistas de e-commerce estão atrasados em relação às grandes superfícies no que diz respeito à substituição dos sacos de plástico”, acrescenta.

“As empresas podem sentir-se tentadas a focar-se apenas no preço, mas manter o plástico tem um custo: os consumidores não o querem e as marcas arriscam a sua reputação se o ignorarem. Acreditamos que a legislação pode e deve ser mais exigente para todos nós, eliminando gradualmente determinados plásticos para ajudar a criar um contexto de mercado que incentive a inovação e o investimento e gere uma concorrência saudável para os substituir”, sublinha ainda.

Algumas marcas já iniciaram a transição. A Zalando, por exemplo, substituiu desde 2020 os sacos de plástico por alternativas em papel com certificação FSC e conteúdo reciclado. A mudança teve impacto direto na perceção do consumidor: a satisfação com o packaging aumentou 16 pontos percentuais após a introdução da nova solução.

“A substituição dos sacos de plástico por sacos de papel mudou as regras do jogo. Após a introdução dos nossos primeiros sacos de papel nas entregas, a satisfação dos clientes com o nosso novo packaging registou um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A elevada taxa de aceitação deixa-nos confiantes de que estamos no caminho certo com sacos de papel que são fáceis de reciclar na maior parte da Europa.”, afirma David Fischer, director logistics sustainability & packaging da Zalando.

Contudo, e como sublinha a DS Smith em comunicado, persistem desafios. A escalabilidade das alternativas sustentáveis e o cumprimento dos requisitos logísticos continuam a limitar uma adoção mais abrangente. Ainda assim, o inquérito conduzido pela DS Smith revela que 74% dos consumidores apoiam a eliminação progressiva dos sacos de plástico, sempre que existam alternativas viáveis. E 68% preferem embalagens em papel ou cartão.

Além disso, metade dos inquiridos afirma sentir-se culpada pela quantidade de plástico recebida com as suas encomendas, e 55% mostra-se mais propensa a comprar a retalhistas que utilizem embalagens recicláveis.

A análise conduzida pela Development Economics avaliou o potencial de crescimento do mercado de embalagens secundárias – aquelas utilizadas para o transporte de produtos – no setor do e-commerce de moda em seis dos maiores mercados europeus. O estudo baseou-se em dados sobre o volume e valor do comércio eletrónico de moda, a utilização de embalagens plásticas, a proporção de embalagens de transporte, bem como nas taxas de reciclagem, reutilização e destino final dos resíduos plásticos, como a deposição em aterro ou a incineração.

Para sustentar as projeções até 2030, foram analisados dados publicados e não publicados, recolhidos através de uma pesquisa bibliográfica extensa, incluindo estatísticas do Eurostat e documentação política da União Europeia e do Governo do Reino Unido. O objetivo foi modelar cenários de evolução do setor em condições de mercado estáveis e em contextos de políticas mais ambiciosas. Complementarmente, foi realizada uma sondagem junto de 12.000 consumidores nos seis países abrangidos — Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia e Reino Unido — entre 19 e 24 de fevereiro de 2025, seguindo os princípios de rigor metodológico estabelecidos pelas normas da ESOMAR e da Market Research Society.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer”, defende Afonso Almeida, presidente da APLOG.

Apresentar, e discutir, os desafios e destacar as soluções para uma logística urbana mais eficiente, inovadora e sustentável é o objetivo da 6ª edição da conferência Cidades & Logística, que a APLOG (Associação Portuguesa de Logística) realiza esta quarta-feira, 2 de abril.

A logística urbana continua a ser um grande desafio para os players do setor. O aumento exponencial das entregas de artigos do compras on-line que veio influenciar a mobilidade na entrega de mercadorias, as infraestruturas, os meios de transporte, o aumento da frequência da entrega com consequências no aumento do tráfego e no congestionamento das cidades, são alguns desses desafios, aos quais as empresas estão a responder, mas que têm que ser trabalhados em parceria com autarquias.

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer. É um tema que nunca está terminado e deve ser importante envolver todas as partes interessada, no sentido de conseguir arranjar as melhores soluções para a cidade”, defendia o presidente da APLOG, Afonso Almeida, ao Hipersuper no seguimento da conferência Cidades & Logística de 2024.

A edição deste ano da conferência Cidades & Logística tem lugar no Templo da Poesia, Parque dos Poetas, em Oeiras, com início às 11h. Vai receber os profissionais e decisores “que querem estar na vanguarda da mobilidade urbana, logística sustentável e inovação nas cidades”, para um programa que ao longo do dia vai debater a logística urbana sustentável, a descarbonização na última milha, o estacionamento, o armazenamento urbano, as entregas silenciosas. Vai ainda apresentar a visão de quem abastece, as novas abordagens à última milha e ainda divulgar o projeto Standtrack.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Alimentar

Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp

O Chocolate do Dubai, a barra de chocolate de leite recheada de pistácio e Kadaif, que se tornou viral é a mais recente novidade na oferta de conveniência da Galp.

Hipersuper
A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes
Bebidas

Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais

O Grupo Bacalhôa anunciou uma reorganização estratégica na sua estrutura de Enologia, com o objetivo de reforçar a competitividade no mercado nacional e internacional.

Hipersuper

A medida, liderada por Luís Ferreira, CEO do grupo desde dezembro de 2024, integra a criação de uma nova direção e uma renovação significativa na equipa técnica, refletindo o compromisso da empresa com a inovação, a qualidade e a excelência enológica.

Nova Direção de Relações Institucionais sob liderança de Vasco Penha Garcia

Vasco Penha Garcia

Como parte desta reorganização, o grupo criou a Direção de Relações Institucionais, confiada a Vasco Penha Garcia, que durante décadas liderou a área de Enologia da Bacalhôa. A nova função terá como foco o fortalecimento dos laços com parceiros estratégicos e entidades do setor, num esforço de aproximação institucional que visa sustentar a presença da empresa junto dos principais atores do mercado.

Francisco Antunes lidera renovação geracional da Enologia

A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes, um dos nomes mais reconhecidos da enologia portuguesa. Com mais de 35 anos de experiência, o enólogo – distinguido com os prémios de Melhor Enólogo em 2006 (Essência do Vinho) e Enólogo do Ano em 2023 (revista Grandes Escolhas) – assume a missão de elevar a qualidade dos vinhos Bacalhôa. A sua carreira inclui a direção enológica da Aliança Vinhos de Portugal, abrangendo múltiplas regiões vitivinícolas, e é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma abordagem versátil à vinificação.

Continuidade e reforço nas adegas do grupo

A nova estrutura mantém figuras históricas como Filipa Tomaz da Costa, que, após 42 vindimas, cede a direção enológica da Adega de Azeitão, mantendo-se como Enóloga Consultora. João Ramos, com formação internacional em viticultura e enologia, assume agora a responsabilidade pelos vinhos produzidos em Azeitão.

Na Aliança Vinhos de Portugal, Magda Costa, Enóloga Assistente desde 2022, sucede a Francisco Antunes na liderança dos vinhos, espumantes e aguardentes das regiões do Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada. No Alentejo, Rui Vieira manterá a direção enológica da adega de Estremoz, assegurando a continuidade da certificação PSVA e o compromisso com a sustentabilidade.

Compromisso com a modernização e o legado

Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa

Para Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa, estas mudanças estratégicas reforçam o compromisso “com a inovação, a qualidade e a sustentabilidade e com o reforço desta nova geração de Enólogos na equipa de Enologia, estamos preparados para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo, mantendo o legado das gerações anteriores, quer na tradição de excelência na produção de vinhos, quer no compromisso de crescimento e transformação. Sendo a inovação um dos maiores desafios do nosso setor, estamos certos de que esta equipa dará continuidade à missão de posicionar a Bacalhôa na vanguarda do vinho português, reforçando a nossa modernidade e capacidade de marcar a agenda do setor.”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses

A Vitacress aliou-se à Flama para lançar um passatempo dirigido ao consumidor final, com o objetivo de promover a conveniência e versatilidade das Batatas Vitacress.

Hipersuper

A iniciativa decorre ao longo do mês de abril e inclui prémios diários e um prémio final: um Micro-ondas Air Fryer & Forno 3 em 1 da FLAMA.

Segundo Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress, esta ação procura valorizar a utilização das batatas em diferentes momentos de consumo: “Na Páscoa, a batata assume um protagonismo especial à mesa. Por isso, criámos um passatempo que destaca toda a versatilidade das Batatas Vitacress: podem ir diretamente ao micro-ondas, ficam especialmente estaladiças na air fryer e são ideais para os tradicionais assados no forno, pela sua textura e sabor únicos. Para celebrar esta tripla versatilidade, estabelecemos uma parceria com a FLAMA, cujo inovador eletrodoméstico 3 em 1 permite aos consumidores desfrutar plenamente das Batatas Vitacress em qualquer ocasião.”.

Para participar, basta adquirir uma embalagem de Batata Branca Vitacress (Mini 400g ou Média 500g), submeter o talão de compra e responder de forma criativa à pergunta: “Quais são as três razões que tornam as Batatas Vitacress práticas no seu dia a dia?”. A resposta mais original será premiada no final da campanha, com o vencedor anunciado a 9 de maio.

Durante os 31 dias da campanha, será atribuído diariamente um cabaz de produtos Vitacress ao participante que interagir com a marca no momento do passatempo. O prémio final – o eletrodoméstico 3 em 1 da FLAMA – pretende sublinhar a praticidade na preparação de refeições, reunindo três funções num único equipamento.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito

Este momento marca o início da comunicação oficial da celebração dos 100 anos da Portugália.

Hipersuper

Reabriu restaurante da Portugália de Alvalade, agora renovado e adaptado ao novo conceito e imagem da marca.

“A reabertura do restaurante de Alvalade é mais um importante momento na estratégia de transformação da marca Portugália. Mais uma vez demonstra que a marca se consegue modernizar e transportar para os dias de hoje sem perder aquilo que faz da Portugália uma marca única. Representa a harmonia entre a tradição e a modernidade, preservando o legado gastronómico que há mais de um século define a marca. Este momento também assinala o início das comemorações do centenário da Portugália, que será celebrado este ano.”, sublinha José Maria Carvalho Martins, diretor-geral da Portugália.

A arte continua a desempenhar um papel central nos espaços da Portugália. No restaurante de Alvalade, mantém-se o emblemático painel de azulejos de Júlio Pomar, uma obra que ocupa uma das paredes do interior do restaurante. Este painel foi idealizado pelo artista antes do seu falecimento, em maio de 2018, e concretizado pela Fábrica Viúva Lamego, reforçando a ligação da marca à cultura e ao património artístico.

O restaurante está aberto todos os dias das 12 às 23 horas e sextas, sábados e domingos das 12h00 às 00h00.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas

No âmbito da celebração dos seus 70 anos, a Adega de Borba promove, entre abril e setembro, visitas gratuitas às suas instalações.

Hipersuper

Para assinalar sete décadas de fundação, a Adega de Borba vai realizar visitas gratuitas e provas de vinhos, que decorrem no primeiro sábado de cada mês, de abril a setembro.

As visitas dão a conhecer ao público a história e os bastidores da produção vitivinícola alentejana e incluem uma prova de vinhos e azeite, mediante reserva prévia. “Com esta ação, a Adega de Borba convida o público a conhecer de perto a sua história, os processos de produção e a qualidade dos seus produtos, numa verdadeira viagem ao coração da enologia alentejana”, convida.

O percurso inicia-se no edifício original da Adega, onde os visitantes poderão explorar espaços como a garrafeira histórica e a cave de estágio em garrafa. Segue-se o edifício mais recente, que integra o centro de vinificação com diferentes tecnologias de fermentação e um imponente espaço dedicado ao envelhecimento em barricas de carvalho francês, americano e português.

A experiência inclui uma prova de três vinhos: Adega de Borba Reserva Branco, Montes Claros Reserva Tinto e Senses (à escolha entre as diferentes monocastas disponíveis). A degustação decorre na sala de provas da Adega de Borba, com vista para a sala de barricas e para o centro de vinificação, e além da prova de um vinho branco e de dois tintos, contempla também o azeite virgem extra da marca, servido com pão regional. A visita termina na loja da Adega, onde os participantes poderão adquirir os produtos degustados e outras referências da Adega de Borba.

As visitas guiadas realizam-se às 11h e às 15h, com capacidade limitada a 50 pessoas por grupo. As reservas devem ser feitas através do email enoturismo@adegaborba.pt ou do telefone 268 891 660.

Fundada em 1955, a Adega de Borba tem 230 viticultores associados que cultivam cerca de 2.200 hectares de vinha distribuídos por 75% de castas tintas e 25% de castas brancas. A par da produção vinícola, a diversificação do negócio sob a sua marca estende-se a produtos como o azeite e vinagre e ao enoturismo.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024

As vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja.

Hipersuper

O Grupo Decathlon fechou 2024 com um aumento de 5,2% face a 2023, tendo registado um volume de receitas de 16,2 mil milhões de euros, refere num comunicado onde revela ainda que as vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, “incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja”.

“Medidas rigorosas de controlo de custos mitigaram o impacto da inflação, permitindo que a Decathlon mantivesse o seu dinamismo comercial, ao mesmo tempo que assegurava preços acessíveis para os clientes. A otimização das despesas operacionais continua a ser uma prioridade para 2025, com o objetivo de apoiar o crescimento a longo prazo”, define ainda no comunicado.

Presente em 79 territórios, a Decathlon mantém o foco na expansão internacional. Na Índia, a empresa anunciou um investimento significativo de 100 milhões de euros nos próximos cinco anos para aumentar o número de lojas e melhorar a capacidade de produção. Na Alemanha, planeia investir até 100 milhões de euros até 2027, tanto na abertura de novas lojas como na modernização das já existente. Também a Fundação Decathlon ampliou a sua área de atuação, tendo apoiado, em 2024, “96 novos projetos em 21 países, beneficiando mais de 395 mil pessoas”, destaca a multinacional.

O Grupo, que tem mais de 101.000 colaboradores e 1.750 lojas em todo o mundo, destaca ainda o investimento em sustentabilidade no centro das operações, através, entre outras medidas, do aumento da colaboração com parceiros industriais para descarbonizar processos produtivos e expandir modelos de negócios circulares. “Prolongar a vida útil dos produtos continua a ser uma prioridade, tornando mais fácil para os clientes reutilizarem, repararem e reciclarem o seu equipamento”, assegura.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Foto de arquivo
Retalho

Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril

A Action vai abrir em Abril a 13ª, 14ª e 15ª lojas em Portugal, localizadas, respetivamente, em Ovar, Évora e Sintra.

Hipersuper

A Action, discount store de produtos não alimentares, abre a nova loja de Ovar no próximo dia 3 de abril, enquanto as de Évora e Sintra serão inauguradas a 24 de abril. Com estes novos espaços, a insígnia alarga a presença em Portugal.

A marca chega a estas três cidades com a mesma fórmula aplicada nas lojas já abertas: um protfólio de seis mil produtos em 14 categorias – como brinquedos e produtos para a casa, produtos de jardinagem, DIY (‘do it yourself’), alimentação – com o compromisso de preços mais baixos. “A Action oferece uma seleção de 150 novos produtos todas as semanas” e assume que “o preço médio de todos os produtos é inferior a 2 euros”, destaca.

“Estamos muito satisfeitos por abrir as primeiras lojas em Ovar, Évora e Sintra, apenas um ano depois de termos apresentado a nossa primeira loja em Portugal. Os clientes receberam-nos calorosamente e estamos felizes por podermos trazer a fórmula Action para mais perto deles. O nosso sucesso assenta na nossa fórmula forte e no empenho e compromisso das nossas equipas, de que muito nos orgulhamos. Quero agradecer a todos os que contribuíram para esta conquista: os nossos clientes, os nossos colegas, os nossos fornecedores e todos os que nos apoiaram,” afirma Sofia Mendoça, diretora-geral da Action em Portugal.

A nova loja de Ovar (Next Retail Park) tem 1088 metros quadrados, a de Évora terá 1125 metros quadrados e a de Sintra 1147 metros quadrados. A Action contratou uma equipa de 20 colaboradores para gerir a loja de Ovar, 24 para Évora (R. Armando Antunes da Silva) e 28 para a loja de Sintra ( Rua Do Urano, Rio de Mouro). As lojas estão abertas das 09h às 21hs, de segunda a domingo.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

BRANDED

Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi

Com vantagens como taxa de entrega de 100%, impressão biodegradável e uma frota exclusiva de pombos, a proposta promete revolucionar a comunicação digital.

BRANDED

Em plena era da inovação tecnológica, a E-goi, plataforma de marketing omnicanal, surpreende hoje com o lançamento da tecnologia “Pidgital“, o primeiro sistema de mensagens inteligentes via pombos-correio do mundo. Uma proposta que combina nostalgia, tecnologia e sustentabilidade.

Entre as vantagens do serviço, a E-goi destaca:

  • Taxa de entrega de 100% (exceto se o pombo se perder)
  • Impressão biodegradável
  • Frota exclusiva de pombos “alimentados com os melhores grãos”
  • Tracking 360º com registos de abertura e leitura
  • Envio otimizado por IA com o algoritmo “Sending Optimisation”
  • Geolocalização em tempo real das rotas dos pombos
  • Testes A/B com dois pombos para análise comparativa
  • Retargeting com um segundo pombo reforçando a comunicação

Fiel à sua reputação de alta entregabilidade, a E-goi garante que o serviço conta com as autenticações clássicas do email marketing: DKIM (para evitar adulterações), SPF (para identificar falsificações) e BIMI (para identificação imediata do remetente).

Saiba mais sobre o Pidigital aqui.

Sobre o autorBRANDED

BRANDED

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.