Febre de ‘Nutellarias’ chega a Portugal
Sérgio Santos, empresário de Leiria, abriu oito Nut’s num espaço de um ano e quer inaugurar mais seis, de preferência, no sul do País

Rita Gonçalves
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A febre parisiense de ‘Nutellerias’, lojas dedicadas ao mais famoso creme de chocolate e avelã à venda em supermercados de todo o Mundo, chegou a Bolonha (Itália), a Frankfurt (Alemanha), e também a Lisboa, entre outras cidades do País, embora com um conceito diferente daquele que foi importado por aquelas duas cidades europeias.
Não foi Paris, a capital francesa, que inspirou o empreendedor português Sérgio Santos a abrir a primeira Nut em Portugal, mas antes um produto em particular, da empresa italiana Techfood, concretamente a máquina Chocokebab, cuja representação exclusiva em Portugal está nas mãos deste empresário de Leiria.
A máquina, tal como o nome indica, tem a forma de um queimador de kebab, mas em lugar de ser um queimador é um frigorífico. “Lá dentro, duas faixas, uma com chocolate de leite e outra com avelã, juntam-se em forma de espiral, para produzir o recheio (lascas) de crepes e sobremesas”, explicou em entrevista ao Hipersuper um dos fundador da Nut, uma cadeia de creperias ou “bar de sobremesas”, como gosta de lhe chamar Sérgio Santos.
“Quando, em Agosto do ano passado, tivemos a ideia de criar um conceito de lojas para instalar estas máquinas estávamos muito longe de adivinhar o sucesso do conceito”, hoje com nove lojas em Portugal. Em quatro meses, abriu a primeira Nut, em Leiria, sede da Royal Kebab, que detém os direitos de franchising da Nut mas também de outros conceitos de restauração, como a Kebab&Co. De Leiria, o conceito viajou, em regime de franchising, para a capital de País, onde esta empresa já tem duas lojas, uma no Chiado e outra no Cais do Sodré. O espaço não tem qualquer ligação à marca Nutella, embora utilize o famoso recheio em muitos dos seus produtos, que vão desde os waffles às bolas de Berlim, entre muitos outros.
Os estabelecimentos Nut (lojas juntam ao nome a localidade onde estão instaladas) têm em comum os produtos vendidos, a decoração, nomeadamente a típica parede de xisto portuguesa, as cadeiras e mesas de madeira e o facto de estarem instaladas na rua, mas a área de venda, por exemplo, varia consoante a localização. “Temos lojas com 27 metros quadrados e outras com mais de 100, depende da oferta por que nas zonas mais cobiçadas é complicado encontrar espaços à medida do nosso negócio”.
O investimento para abrir uma loja varia entre os 90 e os 100 mil euros. O plano de expansão está de olhos postos no Sul do País (Alentejo e Algarve) e prevê a abertura de mais cinco ou seis lojas. “Queremos estar na rua, em capitais de distrito ou cidades com alguma dimensão, de preferência em áreas de grande circulação pedonal”. No primeiro ano de atividade, Sérgio Santos estima que a Nut permita duplicar o volume de negócios da Royal Kebab para os dois milhões de euros. Em média, foram criados sete postos de trabalho por loja. “Estamos muito orgulhosos porque criámos esta categoria em Portugal, já temos pelo menos três seguidores que estão a ajudar o País a criar emprego”. A insígnia criada por Sérgio Santos e a irmã, Sónia Duarte Santos, decidiram apostar numa política de preços que depende da zona onde a loja está instalada, uma política que “os consumidores compreendem”.
Duas lojas na capital
A última loja Nut abriu portas no número 94 da Rua de São Paulo, junto à Praça com o mesmo nome, nas traseiras do Mercado da Ribeira, em Lisboa, e vem juntar-se à Nut’Chiado para adoçar a boca dos alfacinhas. Com 120 metros quadrados, conta com um balcão de cerca de seis metros de comprimento e dispõe de 71 lugares sentados, incluindo os lugares da esplanada interior que dá as boas vindas a quem entra, com as já tradicionais cadeiras vermelhas e as mesas pretas. Além do mobiliário de esplanada, na nova loja de Lisboa mantêm-se elementos decorativos partilhados com as restantes lojas, como a parede de xisto ou as mesas e bancos em madeira “crua”. No entanto, a loja do Cais do Sodré surpreende com alguns pormenores que lhe conferem um “charme” muito próprio, com destaque para o teto, com arcadas, todo forrado a madeira de pinho.