O que três dos maiores retalhistas têm a ensinar sobre comércio online
O que três dos maiores retalhistas – Target, Amazon e Macy’s – têm a ensinar sobre comércio online

Rita Gonçalves
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Para provar que os melhores desempenhos não estão necessariamente entre os retalhistas que apostaram na desenfreada ‘guerra de preços’ que carateriza hoje o grande consumo um pouco por todo o mundo, a Econsultancy reuniu três exemplos de sucesso no mercado norte-americano.
Saiba o que três dos maiores retalhistas têm a ensinar sobre comércio online, apostando em outras variáveis, como o ‘branding’ e o luxo, com produtos sofisticados, originais e únicos.
- TARGET
O futuro da cadeia de retalho norte-americana Target revelava-se incerto durante a recessão económica. A retalhista tentava – embora sem sucesso – competir com a Walmart, numa altura em que os consumidores estavam muito hesitantes em desembolsar dinheiro para consumir. A estratégia não encontrava frutos por uma simples razão: a audiência da Target era diferente da sua concorrente Walmart, a maior retalhista do Mundo, sublinha a mesma fonte.
Assim, a Target resolveu tirar partido desta diferenciação e revolucionou o negócio que teve início com a experiência em loja. Colocou manequins nos pontos de venda, desenvolveu uma aplicação que melhora a experiência em loja e fez parcerias com reconhecidos designers, como Lilly Pulitzer, para vender linhas de roupa com design exclusivo.
A Target está a transformar as lojas em locais de venda de produtos únicos, em lugar de bens ‘commodity’.
E, segundo a consultora, está a dar resultados. Apesar de ainda não serem conhecidos os resultados do segundo trimestre, nos primeiros três meses do ano a retalhista conseguiu aumentar a compra de itens (+3,6%) por cada ida à loja e os lucros subiram 30% face ao mesmo período de 2014.
Por outro lado, não é à custa de preços baixos que a cadeia tem conseguido este desempenho. Os consumidores pagam em média mais 5,1% por cada viagem à loja, “o que prova o valor da marca quando se fala em decisões de compra”.
“Your margin is my opportunity,” costuma dizer Jeff Bezos, CEO da Amazon, quando debate com os seus concorrentes. A gigante online é conhecida por sacrificar as margens de venda. É uma dor de cabeça para os retalhistas concorrentes sem capacidade para praticar a mesma política de preço. E o último destino dos baixos preços online, na cabeça dos consumidores.
No entanto, não é exatamente assim. A Amazon nem sempre é líder do preço baixo. Em produtos como televisões os preços são os mais baixos, mas nos produtos complementares, como os cabos, por exemplo, os preços estão ao mesmo nível ou mais elevados face aos principais concorrentes.
É a perceção que os consumidores têm sobre o preço que garante o sucesso à retalhista online. No segundo trimestre de 2015, a Amazon alcançou lucros líquidos de 92 milhões de dólares, contra perdas de 126 milhões no mesmo período do ano anterior.
Os membros Premium e o alojamento na nuvem, são alguns dos negócios com mais rentabilidade, a par da expansão geográfica que tem vindo a dar frutos.
A Macy’s, tal como a Target, está muito atenta ao papel da loja física e tem em marcha um plano para revolucionar algumas das suas lojas de maior dimensão. A estratégia passa por eliminar algumas áreas tradicionais dos ‘department store’ e dotar essas zonas com produtos sofisticados, vendidos sob uma marca que pretende criar para competir com o Nordstrom Rack , entre outros retalhistas. Além de pretender contratar funcionários formados para ajudar a melhorar a experiência de compra do cliente no ponto de venda.
As mudanças começam a ser visíveis em 30 das lojas com melhor performance nos EUA. A filosofia é simples: uma forte identidade permite à marca aumentar os preços e, consequentemente, as vendas a longo prazo, sublinha a consultora.
Um simples ‘lifting’ no site pode fazer maravilhas, garante a mesma fonte. Sites com o Shopify e Squarespace são bons exemplos a ter em conta para costumizar a frente de loja. Oferecer um ‘chat’ é mais uma dica. Aqui podem ser respondidas a dúvidas sobre os produtos por um vendedor, em tempo real, por exemplo.