A primeira embalagem “totalmente renovável” da Tetra Pak
O produtor finlandês de lacticínios Valio é a primeira empresa a utilizar as embalagens de base biológica da Tetra Pak. Com estreia em Janeiro de 2015, a ‘Rex’ é a mais recente inovação da multinacional para um comércio mais sustentável
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Ana Catarina Monteiro
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O produtor finlandês de lacticínios Valio é a primeira empresa a utilizar as embalagens de base biológica da Tetra Pak. Com estreia em Janeiro de 2015, a ‘Rex’ é a mais recente inovação da multinacional para um comércio mais sustentável.
ATetra Pak desenvolveu uma combinação de cartão e plásticos derivados de fontes renováveis, nomeadamente a cana-de-açúcar, para produzir a Tetra Rex, uma embalagem de base biológica para alimentos líquidos. Dependendo do produto que acondiciona, a embalagem conserva os produtos até cerca de 45 dias, a uma temperatura de aproximadamente sete graus centígrados, sendo a “escolha perfeita para o enchimento de produtos lácteos pasteurizados e sumos frescos”, segundo Ingrid Falcão. A responsável de ambiente da Tetra Pak em Portugal deu a conhecer ao HIPERSUPER os contornos do desenvolvimento da “primeira embalagem de cartão para alimentos líquidos totalmente renovável”, a nível mundial.
Presente no portefólio da empresa “desde os anos 60”, a ‘Rex’ foi alvo de refinações por parte dos 11 Centros de Investigação e Desenvolvimento do Grupo, ao longo do tempo, tornando-se agora totalmente fabricada a partir de materiais de origem biológica.
Na rede retalhista finlandesa, a Valio lançou a nova embalagem, identificada pela expressão “Bio-based” (de base bio) impressa no topo, com a sua marca Valio Eila, bebida láctea sem lactose, disponível no linear até meados de Março. O período será de teste à receptividade dos consumidores, que pode alargar a soluçãoecológica a toda a gama de pasteurizados. Apesar de estarem a ser produzidas na Finlândia, o polietileno proveniente da cana-de-açúcar, que materializa a solução ecológica, é produzido no Brasil pela empresa Braskem. Por ser um lançamento recente, “não existem ainda dados” em relação às vendas, mas já há “outras marcas interessadas”, que a Tetra Pak espera que “em breve” lancem produtos com este novo tipo de acondicionamento no mercado, uma vez que se antecipa um consumidor mais preocupado com questões ambientais. “Nota-se, cada vez mais, uma maior procura por parte do consumidor por sistemas de embalagem que apresentem um perfil ambiental sustentável. O consumidor está mais atento a esta área e, se puder optar por uma embalagem mais ecológica sem pagar mais por isso, fará essa escolha. Todas as partes podem sair a ganhar, sobretudo o ambiente”, explica a responsável.
“Aumenta procura por embalagens funcionais”
Ainda a fechar os resultados de 2014, a Tetra Pak estima ter obtido resultados “muito positivos” à semelhança do anterior ano. Em 2013, a empresa vendeu mais de 7,5 mil milhões de embalagens em Portugal e Espanha, o que equivale a 5,3 mil milhões de litros de alimentos embalados, atingindo uma facturação de 580 milhões de euros. “O facto de operar em categorias de produto base no cabaz de compras dos consumidores portugueses tem atenuado o impacto da crise no consumo”, explica Ingrid Falcão.
Em 2015, as tendências apontam para um “aumento da procura de embalagens mais funcionais, adaptadas às novas tendências de consumo e dinâmicas familiares como, por exemplo, embalagens que facilitem o consumo fora do lar e embalagens adaptadas a agregados familiares mais pequenos”.
A responsável pensa que, no futuro, vai-se “produzir plástico a partir de outras fontes que não somente a cana-de-açúcar”, mas para já, esta é a única solução 100% sustentável do grupo, que definiu “uma estratégia ambiental até 2020”, no sentido de “melhorar continuamente o desempenho ambiental, associando inovação a soluções de elevado valor com uma significativa redução do impacte ambiental”. O grupo conta com 229 diferentes sistemas de embalagens, mais de 7 000 combinações de formatos, volumes e aberturas, 8 700 diferentes unidades de enchimento e mais de 66 000 equipamentos de tratamento, que se traduzem em cerca de 5 100 patentes tecnológicas para embalagens e soluções de tratamento para alimentos líquidos e semi-líquidos.