Distribuição

Estudante português agiliza operações no retalho com circuitos impressos em papel

Hugo Miranda, estudante de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro, descobriu uma forma mais barata de imprimir circuitos electrónicos em papel. A solução está a ser testada no retalho e promete reduzir tempo e custos em toda a cadeia de valor

Ana Catarina Monteiro
Distribuição

Estudante português agiliza operações no retalho com circuitos impressos em papel

Hugo Miranda, estudante de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro, descobriu uma forma mais barata de imprimir circuitos electrónicos em papel. A solução está a ser testada no retalho e promete reduzir tempo e custos em toda a cadeia de valor

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Ana Catarina Monteiro
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Hugo Miranda, estudante da Universidade de Aveiro

Hugo Miranda, estudante de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro, descobriu uma forma mais barata de imprimir circuitos electrónicos em papel. A solução está a ser testada no retalho e promete reduzir tempo e custos em toda a cadeia de valor.

Imprimir circuitos electrónicos não é novidade. Imprimir em qualquer impressora, a preço reduzido, isso sim, é novidade. A descoberta aconteceu em Portugal, através da investigação académica de Hugo Miranda. Os circuitos impressos em papel têm potencial para aplicação em “tecnologias que exigem componentes com um peso cada vez menor e altamente moldáveis”, como drones, antenas, etiquetas inteligentes e sensores, por exemplo.

O segredo da impressão dos circuitos em papel não está na máquina mas dentro dos tinteiros. A tinta, constituída por nano partículas de material condutor de electricidade, permite que uma impressora tradicional tenha a capacidade de imprimir circuitos electrónicos em papel fotográfico. A partir da solução desenvolvida pelo estudante de Mestrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro, qualquer pessoa pode criar circuitos sem os problemas que a construção industrial de placas de circuito impresso implica, como o processo de encomenda, o preço elevado e o tempo de entrega.

Exemplos de circuitos impressos

“Inicialmente, adquirimos uma tinta, fizemos algumas modificações na composição e alteramos uma impressora comercial de tinta que tínhamos em casa, de maneira a imprimir circuitos e material condutor em papel fotográfico e outros tipos de materiais como plástico, e fizemos até alguns testes em vidro”. É desta forma que Hugo, em entrevista ao HIPERSUPER, resume o processo pelo qual passou até obter a tinta. “Em vez de pensarmos em mudar a impressora, resolvemos fazer o contrário e alterar a tinta, de maneira a funcionar em todas as impressoras. Alteramos as propriedades da nossa tinta, de forma a ter características muito parecidas, a nível da viscosidade, por exemplo, das tintas já existes para a impressora. Desta maneira, basta apenas encher os tinteiros com a tinta condutora e qualquer impressora está pronta para imprimir circuitos electrónicos em papel de maneira simples e eficiente. Actualmente, basta adquirirmos uma impressora de tinta normal e aplicar-lhe os nossos tinteiros e está pronta a funcionar”, explica.

O estudante teve a ideia “há mais de um ano” e começou a desenvolvê-la em 2014, “antes do Verão”, quando começou a trabalhar na tese académica e a reconhecer as potencialidades de aplicação destes sistemas. “Comecei a trabalhar na prototipagem de etiquetas inteligentes e de circuitos mais básicos, o que me ia fazer perder muito tempo. Então, resolvi criar uma solução mais rápida com o desenvolvimento desta tecnologia”.

Baixo custo e flexibilidade do material

Há “alguns anos”que a tecnologia de impressão de circuitos electrónicos chegouà indústria, funcionando de forma“um pouco similar às impressoras 3D, existentes há mais de dez ou vinte anos”. Os aparelhos são simplesmente “muito caros”, pelo que “para o utilizador comum era impensável adquiri-los”. Um dos objectivos do estudante é “fazer deste um produto acessível a qualquer pessoa, por um preço mais barato”.

Sendo que os circuitos electrónicos tradicionais, as conhecidas “plaquinhas verdes”, descreve Hugo, são produzidos em FR-4, “uma espécie de fibra de vidro” rija, pesada, não flexível, o papel torna os circuitos mais leves e tem também a “grande vantagem da flexibilidade”. Isto permite a incorporação em sistemas, nos quais a placa necessite de estar dobrada. Além de papel, a tinta condutora pode ser impressa em “alguns tipos de plástico”.

Depois de testes feitos em “etiquetas inteligentes com RFID (identificação por radiofrequência), antenas para captação de sinal”, a equipa de Hugo produziu também “alguns leitores capacitivos”, estando a trabalhar em “testes, melhoramentos e outras possíveis utilizações,como a pintura de paredes com sistemas de ‘tracking’ para leitores”. Considerada “útil para diversos mercados”, a tecnologia é uma“mais-valia” para as empresas, uma vez que permite a “prototipagem rápida e diminuição do tempo gasto nos processos de encomenda dos circuitos que, em geral, custam cêntimos, em relação aos cerca de 50 euros, por unidade, dos convencionais circuitos”.

Como este tipo de impressão“tem uma resistência muito baixa e pode ser utilizada em rádio frequência”, além dos circuitos digitais convencionais, produz ainda antenas, etiquetas inteligentes, que podem ser utilizadas no “sector automóvel, por exemplo, reduzindo o peso da estrutura do veículo. No futuro, pode-se reduzir os cabos necessários num carro, imprimindo os fios condutores na própria frame da viatura”.

Menos tempo em viagens no retalho

No retalho, existe potencial para uma “grande utilização” da tecnologia produzida através da tinta, “quando associadaao RFID”, trazendo uma “enorme vantagem” para o controlo dos artigos vendidos, quantificados de forma “fácil e eficiente, em tempo real”. A tecnologia RFID é um dos elementos que “traz mais competitividade às empresas”, que agora conseguem uma melhor prestação em relação a um dos componentes que “mais influencia o valor e os resultados finais”, a gestão de stock.

Os primeiros testes feitos foram em antenas e ‘tags’ com várias geometrias, de maneira a aplicar a tecnologia no sector do retalho, os quais alcançaram “bons resultados”, garante o investigador, enumerando várias situações em que o abastecimento e reposição de produtos em lojas se automatizam com a tecnologia.A saber:

– Impressão feita no local a um baixo preço. Não sendo necessário encomendar ou armazenar as etiquetas inteligentes para os produtos, o tempo que as operações demoram na gestão de stock encurtam-se. “O procedimento de encomenda de novas etiquetas inteligentes às fábricas que as produzem deixa de existir, imprime-se as antenas directamente nos produtos ou nas caixas, não sendo necessário o stock das mesmas.O RFID possui um campo de 96 bits, pelo qual se pode obter informações importantes sobre um produto, como o que é, de onde vem, a validade, entre outros”.

– Redução de produtos obsoletos e perdidos. Visto que temos o “tracking” do stock em tempo real, a vantagem está na “colocação imediata dos produtos na frente de loja visto que não têm que voltar a ser etiquetados”. Com o rastreamento em tempo real sabemos facilmente quando um produto não está na prateleira correcta e inverter de imediato a situação.

-Inventários mais precisos e rápidos. Ou seja, as empresas conseguem “poupar muito mais tempo, obter mais dados, analisar melhor e fazer mais estudos, por épocas, do que vendem mais e quando. Sabem, assim, do que necessitam numa pré-estação, dos acontecimentos do ano em que vendem mais ou menos, entre muitos outros factores que marcam o desempenho de uma empresa. “Visto que, nas grandes superfícies, o preço por metro quadrado para stock é muito elevado e os preços obsoletos são dinheiro parado, consegue-se desta forma fazer o mapeamento de todas as vendas, além de um estudo estatístico importante que pode trazer vantagens económicas e competitivas para as empresas”.

-Facilidade em identificar produtos. “Conseguimos ter leitores num ponto de venda, ligados a um ecrã, através dos quais o cliente pode saber muito mais informações sobre um determinado produto, sem recorrer aos funcionários”. As introduções automáticas de stock fazem também com que os processos de “vendas e pagamentos se tornem muitos mais rápidos”.

Tinta dá origem a drone

A tinta condutora já despertou o interesse por parte do departamento de investigação e desenvolvimento da Aeroprotechnik, empresa portuguesa de engenharia de inspecção aérea, que testou soluções para o retalho e para a agricultura com a tecnologia.

Drone com antenas em papel

Segundo o investigador, a empresa pretende fazer uso da tecnologia de impressão de circuitos com tinta condutora em UAV (veículo aéreo não tripulado), também conhecido por drone. Para prova de conceito e consequentes testes-piloto “usaram-se antenas RFID (identificação por radiofrequência) em papel/PET film, por serem leves, assim como também as etiquetas RFID ‘lowcost’ impressas em papel e outros substratos”.

Dos testes realizados, concluiu-se que a tecnologia é útil para a área do retalho, uma vez que permite “obter inventários e localização de objectos de uma forma autónoma”. A empresa usou um UAV com um leitor RFID UHF (Ultra High Frequency) embutido, com antenas “super leves” criadas com a tecnologia de impressão de tinta condutora. Com uma rota pré-programada, o drone percorreu, de forma autónoma ou pilotada, as duas vertentes testadas, as prateleiras de armazém e leu o ID (identificação) das etiquetas RFID, criadas com a impressão de tinta condutora. “O aparelho consegue enviar a informação para um sistema informático, conseguindo leituras de alguns metros”.

Os testes realizados para aplicação na agricultura, por sua vez, pretendiam recolher informações de humidade e temperatura da terra. Para tal, “foram colocados sensores ‘lowcost’ num terreno agrícola e, com a utilização de um drone com antenas, criadas a partir da tinta condutora, e um leitor embutido no aparelho, conseguiu-se recolher informação das zonas do campo agrícola, de uma forma autónoma”. O drone pré-programado, ao passar pelos sensores a alguns metros de distância, “recolhia a informação e enviava para a estação base com ligação a um sistema informático”.

Em suma, estes foram testes “realizados com sucesso”, sublinha Hugo, que pretende “aumentar a robustez do sistema, melhorando-o no sentido de funcionar em outros tipos de materiais”, além de papel e plástico. Apesar da impressão já estar estável, o circuito em papel é “muito menos robusto e tem um tempo de vida mais curto”, pelo que a pesquisa continuará, privilegiando a “redução dos preços das tecnologias e o aumento da eficiência da indústria”.

Circuito feito com a caneta

A par da pesquisa, o investigador materializou a tinta condutora numa caneta que, para já, é o único produto, desenvolvido a partir da tinta, que pode ser comercializado. O artigo poderá despertar o interesse, essencialmente, “de escolas” ou mesmo “aproveitado para kits didácticos”. Com a caneta, “uma criança ou qualquer pessoa facilmente consegue fazer a iniciação à electrónica de uma forma engraçada e didáctica”.

Hugo pensa ainda que a ideia pode cruzar-se com interesses a nível aeroespacial, como é o caso na NASA, que “está a criar aparelhos biodegradáveis para algumas missões espaciais como a Marte, por exemplo, onde não se quer poluir”.

A impressão de circuitos electrónicos em papel e outros materiais pode permitir a produção de drones biodegradáveis, que “depois de cumprirem a missão, o seu voo, vão se deteriorando sem contaminar o planeta, que pode e examinar sem libertar microrganismos da Terra ou outras origens”. O estudante revela ainda que “há algum interesse da aplicação da tecnologia em painéis solares”.

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030

Estudo da DS Smith revela que, até 2030, serão utilizados quase 22 mil milhões de sacos de plástico nas entregas online de artigos de moda em seis grandes economias europeias, o equivalente a mais de 400 000 sacos de plástico entregues por hora. As medidas para limitar a utilização de sacos de plástico reduziram significativamente a sua presença no comércio tradicional, mas o aumento das compras online fez aumentar a sua utilização no e-commerce.

Hipersuper

Apesar dos avanços no retalho físico na redução do uso de plásticos, o comércio eletrónico de moda está a gerar volumes alarmantes de resíduos plásticos. De acordo com uma análise da Development Economics, encomendada pela empresa de packaging sustentável DS Smith, uma empresa da International Paper, só em 2024, os seis principais mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália e Polónia) receberam 2,9 mil milhões de sacos de plástico “secundários” — utilizados para transporte — nas suas compras online, o equivalente a 7,8 milhões de unidades por dia.

Ao contrário do que se verifica no retalho tradicional, onde medidas como a cobrança obrigatória dos sacos reduziram significativamente o seu uso, o crescimento das vendas online tem impulsionado o consumo de embalagens plásticas. A tendência é preocupante: estima-se que, até 2030, o número de sacos secundários aumente 47%, atingindo os 4,2 mil milhões anuais, o que poderá resultar num total acumulado de 21,8 mil milhões de sacos nos próximos cinco anos.

O estudo revela também que apenas 7% destes sacos são atualmente reciclados ou reutilizados. Os restantes 93% — cerca de 2,6 mil milhões em 2024 — acabam em aterros ou incinerados. Mantendo-se o atual ritmo de crescimento do e-commerce e das baixas taxas de reciclagem, este número poderá ultrapassar os 3,8 mil milhões por ano até ao final da década.

“Em parceria com algumas das maiores marcas do mundo, estimamos que, nos últimos quatro anos, substituímos mais de mil milhões de elementos de plástico, mas precisamos de fazer mais”, refere Luis Serrano, sales, marketing & innovation Diretor da DS Smith Ibéria. “Embora as compras online tenham crescido, os retalhistas de e-commerce estão atrasados em relação às grandes superfícies no que diz respeito à substituição dos sacos de plástico”, acrescenta.

“As empresas podem sentir-se tentadas a focar-se apenas no preço, mas manter o plástico tem um custo: os consumidores não o querem e as marcas arriscam a sua reputação se o ignorarem. Acreditamos que a legislação pode e deve ser mais exigente para todos nós, eliminando gradualmente determinados plásticos para ajudar a criar um contexto de mercado que incentive a inovação e o investimento e gere uma concorrência saudável para os substituir”, sublinha ainda.

Algumas marcas já iniciaram a transição. A Zalando, por exemplo, substituiu desde 2020 os sacos de plástico por alternativas em papel com certificação FSC e conteúdo reciclado. A mudança teve impacto direto na perceção do consumidor: a satisfação com o packaging aumentou 16 pontos percentuais após a introdução da nova solução.

“A substituição dos sacos de plástico por sacos de papel mudou as regras do jogo. Após a introdução dos nossos primeiros sacos de papel nas entregas, a satisfação dos clientes com o nosso novo packaging registou um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A elevada taxa de aceitação deixa-nos confiantes de que estamos no caminho certo com sacos de papel que são fáceis de reciclar na maior parte da Europa.”, afirma David Fischer, director logistics sustainability & packaging da Zalando.

Contudo, e como sublinha a DS Smith em comunicado, persistem desafios. A escalabilidade das alternativas sustentáveis e o cumprimento dos requisitos logísticos continuam a limitar uma adoção mais abrangente. Ainda assim, o inquérito conduzido pela DS Smith revela que 74% dos consumidores apoiam a eliminação progressiva dos sacos de plástico, sempre que existam alternativas viáveis. E 68% preferem embalagens em papel ou cartão.

Além disso, metade dos inquiridos afirma sentir-se culpada pela quantidade de plástico recebida com as suas encomendas, e 55% mostra-se mais propensa a comprar a retalhistas que utilizem embalagens recicláveis.

A análise conduzida pela Development Economics avaliou o potencial de crescimento do mercado de embalagens secundárias – aquelas utilizadas para o transporte de produtos – no setor do e-commerce de moda em seis dos maiores mercados europeus. O estudo baseou-se em dados sobre o volume e valor do comércio eletrónico de moda, a utilização de embalagens plásticas, a proporção de embalagens de transporte, bem como nas taxas de reciclagem, reutilização e destino final dos resíduos plásticos, como a deposição em aterro ou a incineração.

Para sustentar as projeções até 2030, foram analisados dados publicados e não publicados, recolhidos através de uma pesquisa bibliográfica extensa, incluindo estatísticas do Eurostat e documentação política da União Europeia e do Governo do Reino Unido. O objetivo foi modelar cenários de evolução do setor em condições de mercado estáveis e em contextos de políticas mais ambiciosas. Complementarmente, foi realizada uma sondagem junto de 12.000 consumidores nos seis países abrangidos — Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia e Reino Unido — entre 19 e 24 de fevereiro de 2025, seguindo os princípios de rigor metodológico estabelecidos pelas normas da ESOMAR e da Market Research Society.

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Logística

Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer”, defende Afonso Almeida, presidente da APLOG.

Apresentar, e discutir, os desafios e destacar as soluções para uma logística urbana mais eficiente, inovadora e sustentável é o objetivo da 6ª edição da conferência Cidades & Logística, que a APLOG (Associação Portuguesa de Logística) realiza esta quarta-feira, 2 de abril.

A logística urbana continua a ser um grande desafio para os players do setor. O aumento exponencial das entregas de artigos do compras on-line que veio influenciar a mobilidade na entrega de mercadorias, as infraestruturas, os meios de transporte, o aumento da frequência da entrega com consequências no aumento do tráfego e no congestionamento das cidades, são alguns desses desafios, aos quais as empresas estão a responder, mas que têm que ser trabalhados em parceria com autarquias.

“As cidades deverão dar cada vez mais atenção a este tema da logística urbana. Existem medidas que têm sido tomadas e projetos em curso, mas existe um longo caminho a percorrer. É um tema que nunca está terminado e deve ser importante envolver todas as partes interessada, no sentido de conseguir arranjar as melhores soluções para a cidade”, defendia o presidente da APLOG, Afonso Almeida, ao Hipersuper no seguimento da conferência Cidades & Logística de 2024.

A edição deste ano da conferência Cidades & Logística tem lugar no Templo da Poesia, Parque dos Poetas, em Oeiras, com início às 11h. Vai receber os profissionais e decisores “que querem estar na vanguarda da mobilidade urbana, logística sustentável e inovação nas cidades”, para um programa que ao longo do dia vai debater a logística urbana sustentável, a descarbonização na última milha, o estacionamento, o armazenamento urbano, as entregas silenciosas. Vai ainda apresentar a visão de quem abastece, as novas abordagens à última milha e ainda divulgar o projeto Standtrack.

Sobre o autorAna Grácio Pinto

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O Chocolate do Dubai, a barra de chocolate de leite recheada de pistácio e Kadaif, que se tornou viral é a mais recente novidade na oferta de conveniência da Galp.

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A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes
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Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais

O Grupo Bacalhôa anunciou uma reorganização estratégica na sua estrutura de Enologia, com o objetivo de reforçar a competitividade no mercado nacional e internacional.

Hipersuper

A medida, liderada por Luís Ferreira, CEO do grupo desde dezembro de 2024, integra a criação de uma nova direção e uma renovação significativa na equipa técnica, refletindo o compromisso da empresa com a inovação, a qualidade e a excelência enológica.

Nova Direção de Relações Institucionais sob liderança de Vasco Penha Garcia

Vasco Penha Garcia

Como parte desta reorganização, o grupo criou a Direção de Relações Institucionais, confiada a Vasco Penha Garcia, que durante décadas liderou a área de Enologia da Bacalhôa. A nova função terá como foco o fortalecimento dos laços com parceiros estratégicos e entidades do setor, num esforço de aproximação institucional que visa sustentar a presença da empresa junto dos principais atores do mercado.

Francisco Antunes lidera renovação geracional da Enologia

A liderança da equipa de Enologia passa agora para Francisco Antunes, um dos nomes mais reconhecidos da enologia portuguesa. Com mais de 35 anos de experiência, o enólogo – distinguido com os prémios de Melhor Enólogo em 2006 (Essência do Vinho) e Enólogo do Ano em 2023 (revista Grandes Escolhas) – assume a missão de elevar a qualidade dos vinhos Bacalhôa. A sua carreira inclui a direção enológica da Aliança Vinhos de Portugal, abrangendo múltiplas regiões vitivinícolas, e é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma abordagem versátil à vinificação.

Continuidade e reforço nas adegas do grupo

A nova estrutura mantém figuras históricas como Filipa Tomaz da Costa, que, após 42 vindimas, cede a direção enológica da Adega de Azeitão, mantendo-se como Enóloga Consultora. João Ramos, com formação internacional em viticultura e enologia, assume agora a responsabilidade pelos vinhos produzidos em Azeitão.

Na Aliança Vinhos de Portugal, Magda Costa, Enóloga Assistente desde 2022, sucede a Francisco Antunes na liderança dos vinhos, espumantes e aguardentes das regiões do Douro, Beira Interior, Dão e Bairrada. No Alentejo, Rui Vieira manterá a direção enológica da adega de Estremoz, assegurando a continuidade da certificação PSVA e o compromisso com a sustentabilidade.

Compromisso com a modernização e o legado

Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa

Para Luís Ferreira, CEO do Grupo Bacalhôa, estas mudanças estratégicas reforçam o compromisso “com a inovação, a qualidade e a sustentabilidade e com o reforço desta nova geração de Enólogos na equipa de Enologia, estamos preparados para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo, mantendo o legado das gerações anteriores, quer na tradição de excelência na produção de vinhos, quer no compromisso de crescimento e transformação. Sendo a inovação um dos maiores desafios do nosso setor, estamos certos de que esta equipa dará continuidade à missão de posicionar a Bacalhôa na vanguarda do vinho português, reforçando a nossa modernidade e capacidade de marcar a agenda do setor.”.

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Alimentar

Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses

A Vitacress aliou-se à Flama para lançar um passatempo dirigido ao consumidor final, com o objetivo de promover a conveniência e versatilidade das Batatas Vitacress.

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A iniciativa decorre ao longo do mês de abril e inclui prémios diários e um prémio final: um Micro-ondas Air Fryer & Forno 3 em 1 da FLAMA.

Segundo Nuno Crispim, diretor de marketing da Vitacress, esta ação procura valorizar a utilização das batatas em diferentes momentos de consumo: “Na Páscoa, a batata assume um protagonismo especial à mesa. Por isso, criámos um passatempo que destaca toda a versatilidade das Batatas Vitacress: podem ir diretamente ao micro-ondas, ficam especialmente estaladiças na air fryer e são ideais para os tradicionais assados no forno, pela sua textura e sabor únicos. Para celebrar esta tripla versatilidade, estabelecemos uma parceria com a FLAMA, cujo inovador eletrodoméstico 3 em 1 permite aos consumidores desfrutar plenamente das Batatas Vitacress em qualquer ocasião.”.

Para participar, basta adquirir uma embalagem de Batata Branca Vitacress (Mini 400g ou Média 500g), submeter o talão de compra e responder de forma criativa à pergunta: “Quais são as três razões que tornam as Batatas Vitacress práticas no seu dia a dia?”. A resposta mais original será premiada no final da campanha, com o vencedor anunciado a 9 de maio.

Durante os 31 dias da campanha, será atribuído diariamente um cabaz de produtos Vitacress ao participante que interagir com a marca no momento do passatempo. O prémio final – o eletrodoméstico 3 em 1 da FLAMA – pretende sublinhar a praticidade na preparação de refeições, reunindo três funções num único equipamento.

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Retalho

Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito

Este momento marca o início da comunicação oficial da celebração dos 100 anos da Portugália.

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Reabriu restaurante da Portugália de Alvalade, agora renovado e adaptado ao novo conceito e imagem da marca.

“A reabertura do restaurante de Alvalade é mais um importante momento na estratégia de transformação da marca Portugália. Mais uma vez demonstra que a marca se consegue modernizar e transportar para os dias de hoje sem perder aquilo que faz da Portugália uma marca única. Representa a harmonia entre a tradição e a modernidade, preservando o legado gastronómico que há mais de um século define a marca. Este momento também assinala o início das comemorações do centenário da Portugália, que será celebrado este ano.”, sublinha José Maria Carvalho Martins, diretor-geral da Portugália.

A arte continua a desempenhar um papel central nos espaços da Portugália. No restaurante de Alvalade, mantém-se o emblemático painel de azulejos de Júlio Pomar, uma obra que ocupa uma das paredes do interior do restaurante. Este painel foi idealizado pelo artista antes do seu falecimento, em maio de 2018, e concretizado pela Fábrica Viúva Lamego, reforçando a ligação da marca à cultura e ao património artístico.

O restaurante está aberto todos os dias das 12 às 23 horas e sextas, sábados e domingos das 12h00 às 00h00.

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Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas

No âmbito da celebração dos seus 70 anos, a Adega de Borba promove, entre abril e setembro, visitas gratuitas às suas instalações.

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Para assinalar sete décadas de fundação, a Adega de Borba vai realizar visitas gratuitas e provas de vinhos, que decorrem no primeiro sábado de cada mês, de abril a setembro.

As visitas dão a conhecer ao público a história e os bastidores da produção vitivinícola alentejana e incluem uma prova de vinhos e azeite, mediante reserva prévia. “Com esta ação, a Adega de Borba convida o público a conhecer de perto a sua história, os processos de produção e a qualidade dos seus produtos, numa verdadeira viagem ao coração da enologia alentejana”, convida.

O percurso inicia-se no edifício original da Adega, onde os visitantes poderão explorar espaços como a garrafeira histórica e a cave de estágio em garrafa. Segue-se o edifício mais recente, que integra o centro de vinificação com diferentes tecnologias de fermentação e um imponente espaço dedicado ao envelhecimento em barricas de carvalho francês, americano e português.

A experiência inclui uma prova de três vinhos: Adega de Borba Reserva Branco, Montes Claros Reserva Tinto e Senses (à escolha entre as diferentes monocastas disponíveis). A degustação decorre na sala de provas da Adega de Borba, com vista para a sala de barricas e para o centro de vinificação, e além da prova de um vinho branco e de dois tintos, contempla também o azeite virgem extra da marca, servido com pão regional. A visita termina na loja da Adega, onde os participantes poderão adquirir os produtos degustados e outras referências da Adega de Borba.

As visitas guiadas realizam-se às 11h e às 15h, com capacidade limitada a 50 pessoas por grupo. As reservas devem ser feitas através do email enoturismo@adegaborba.pt ou do telefone 268 891 660.

Fundada em 1955, a Adega de Borba tem 230 viticultores associados que cultivam cerca de 2.200 hectares de vinha distribuídos por 75% de castas tintas e 25% de castas brancas. A par da produção vinícola, a diversificação do negócio sob a sua marca estende-se a produtos como o azeite e vinagre e ao enoturismo.

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Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024

As vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja.

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O Grupo Decathlon fechou 2024 com um aumento de 5,2% face a 2023, tendo registado um volume de receitas de 16,2 mil milhões de euros, refere num comunicado onde revela ainda que as vendas digitais representam agora 20% das receitas totais, “incluindo e-commerce, marketplace e pedidos realizados em loja”.

“Medidas rigorosas de controlo de custos mitigaram o impacto da inflação, permitindo que a Decathlon mantivesse o seu dinamismo comercial, ao mesmo tempo que assegurava preços acessíveis para os clientes. A otimização das despesas operacionais continua a ser uma prioridade para 2025, com o objetivo de apoiar o crescimento a longo prazo”, define ainda no comunicado.

Presente em 79 territórios, a Decathlon mantém o foco na expansão internacional. Na Índia, a empresa anunciou um investimento significativo de 100 milhões de euros nos próximos cinco anos para aumentar o número de lojas e melhorar a capacidade de produção. Na Alemanha, planeia investir até 100 milhões de euros até 2027, tanto na abertura de novas lojas como na modernização das já existente. Também a Fundação Decathlon ampliou a sua área de atuação, tendo apoiado, em 2024, “96 novos projetos em 21 países, beneficiando mais de 395 mil pessoas”, destaca a multinacional.

O Grupo, que tem mais de 101.000 colaboradores e 1.750 lojas em todo o mundo, destaca ainda o investimento em sustentabilidade no centro das operações, através, entre outras medidas, do aumento da colaboração com parceiros industriais para descarbonizar processos produtivos e expandir modelos de negócios circulares. “Prolongar a vida útil dos produtos continua a ser uma prioridade, tornando mais fácil para os clientes reutilizarem, repararem e reciclarem o seu equipamento”, assegura.

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Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril

A Action vai abrir em Abril a 13ª, 14ª e 15ª lojas em Portugal, localizadas, respetivamente, em Ovar, Évora e Sintra.

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A Action, discount store de produtos não alimentares, abre a nova loja de Ovar no próximo dia 3 de abril, enquanto as de Évora e Sintra serão inauguradas a 24 de abril. Com estes novos espaços, a insígnia alarga a presença em Portugal.

A marca chega a estas três cidades com a mesma fórmula aplicada nas lojas já abertas: um protfólio de seis mil produtos em 14 categorias – como brinquedos e produtos para a casa, produtos de jardinagem, DIY (‘do it yourself’), alimentação – com o compromisso de preços mais baixos. “A Action oferece uma seleção de 150 novos produtos todas as semanas” e assume que “o preço médio de todos os produtos é inferior a 2 euros”, destaca.

“Estamos muito satisfeitos por abrir as primeiras lojas em Ovar, Évora e Sintra, apenas um ano depois de termos apresentado a nossa primeira loja em Portugal. Os clientes receberam-nos calorosamente e estamos felizes por podermos trazer a fórmula Action para mais perto deles. O nosso sucesso assenta na nossa fórmula forte e no empenho e compromisso das nossas equipas, de que muito nos orgulhamos. Quero agradecer a todos os que contribuíram para esta conquista: os nossos clientes, os nossos colegas, os nossos fornecedores e todos os que nos apoiaram,” afirma Sofia Mendoça, diretora-geral da Action em Portugal.

A nova loja de Ovar (Next Retail Park) tem 1088 metros quadrados, a de Évora terá 1125 metros quadrados e a de Sintra 1147 metros quadrados. A Action contratou uma equipa de 20 colaboradores para gerir a loja de Ovar, 24 para Évora (R. Armando Antunes da Silva) e 28 para a loja de Sintra ( Rua Do Urano, Rio de Mouro). As lojas estão abertas das 09h às 21hs, de segunda a domingo.

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Pombos-correio no marketing? Essa é a proposta da E-goi

Com vantagens como taxa de entrega de 100%, impressão biodegradável e uma frota exclusiva de pombos, a proposta promete revolucionar a comunicação digital.

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Em plena era da inovação tecnológica, a E-goi, plataforma de marketing omnicanal, surpreende hoje com o lançamento da tecnologia “Pidgital“, o primeiro sistema de mensagens inteligentes via pombos-correio do mundo. Uma proposta que combina nostalgia, tecnologia e sustentabilidade.

Entre as vantagens do serviço, a E-goi destaca:

  • Taxa de entrega de 100% (exceto se o pombo se perder)
  • Impressão biodegradável
  • Frota exclusiva de pombos “alimentados com os melhores grãos”
  • Tracking 360º com registos de abertura e leitura
  • Envio otimizado por IA com o algoritmo “Sending Optimisation”
  • Geolocalização em tempo real das rotas dos pombos
  • Testes A/B com dois pombos para análise comparativa
  • Retargeting com um segundo pombo reforçando a comunicação

Fiel à sua reputação de alta entregabilidade, a E-goi garante que o serviço conta com as autenticações clássicas do email marketing: DKIM (para evitar adulterações), SPF (para identificar falsificações) e BIMI (para identificação imediata do remetente).

Saiba mais sobre o Pidigital aqui.

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