Príncipe Real destaca-se pela aposta em novos conceitos portugueses no comércio de rua
Com conceitos inovadores e alternativos a destacarem-se dos outros clusters de Lisboa, na zona do Príncipe Real, 87% dos lojistas presentes são portugueses, que vendem sobretudo a estrangeiros
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Ana Catarina Monteiro
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Com conceitos inovadores e alternativos a destacarem-se dos outros clusters de Lisboa, na zona do Príncipe Real 87% dos lojistas presentes são portugueses, que vendem sobretudo a estrangeiros.
O estudo “Lisbon Street Shopping”, da JLL, que analisa em detalhe cinco clusters de comércio de rua em Lisboa, revela que esta zona comercial conta com 8.700 metros quadrados de espaços comerciais ocupados, que vendem mais de 80% das mercadorias a estrangeiros.
“Conceitos inovadores, ateliers de moda e espaços alternativos têm vindo a implementar-se no Príncipe Real, onde o lema a união faz a força está cada vez mais presente, com conceitos tipicamente de rua a juntarem-se em palacetes dotados das funcionalidades típicas de uma galeria comercial”, comentou a Head of Retail da JLL Portugal, Patrícia Araújo, que considera que “o Príncipe Real representa hoje a inovação e a diferença no que diz respeito quer à oferta de espaços quer aos conceitos comerciais. Boémio, alternativo, autêntico e chic são os adjectivos que melhor caracterizam esta zona, que tem vindo a emergir ao longo dos últimos cinco anos e que está definitivamente no radar de compras e turismo de Lisboa”.
Os “palacetes” referidos pela responsável são os projectos Embaixada e Entre Tanto. O primeiro focado na manufactura nacional e o segundo mais centrado na moda, conveniência e espontaneidade. De acordo com a JLL, do total dos 8,700 metros quadrados ocupados pelo comércio de rua, área da qual se excluem estes dois projectos comerciais, 55% são para novos conceitos ou lojas únicas, contra 10% ocupados por cadeias de retalho quer nacionais quer internacionais, e 35% pelo comércio tradicional.
Catarina Lopes, da Eastbanc, empresa de promoção imobiliária que tem investido no Príncipe Real e é responsável pela dinamização dos dois palacetes e do próprio bairro, nota que esta “é uma zona cosmopolita onde, simultaneamente, se respira um ambiente de bairro. Somos suspeitos, com quase 20 prédios investidos aqui, mas achamos esta a zona mais atraente de Lisboa, totalmente transversal em culturas urbanas, estratos etários e níveis socio-económicos. Estas características reflectem-se no comércio de rua, onde se pode encontrar, como em nenhum outro bairro, inovação e o “trendy-chic” autenticamente português, dinamizado por uma nova geração de empreendedores nacionais”.
O sector de moda e acessórios é o mais representativo (42% da oferta), sendo que grande parte destas lojas se dirigem ao segmento premium e, mais concretamente, ao premium alternativo, caracterizado pelo estilo hippie chic. Os produtos para casa e a decoração também têm vindo a ganhar expressão, contando com mais de 10 das 27 lojas presentes (contagem que considera o Entre Tanto e a Embaixada como dois espaços e não contabiliza o número de espaços aí integrados).
A restauração mais trendy é outra marca da oferta desta zona, onde têm aberto portas diversos novos restaurantes com este posicionamento, como são os casos do Prego da Peixaria, o The Decadente ou o recente Fluid.
Além da Embaixada, inaugurada em 2013, e do Entre Tanto, inaugurado em 2014, abriram 21 novas lojas desde 2012 nesta zona de Lisboa, onde a renda prime se situa atualmente nos 35 euros por metro quadrado, cada mês, com uma disponibilidade de apenas 860 metros quadrados de espaços para lojas.