Arcádia estuda internacionalização
À boleia dos turistas que visitam o nosso País, os chocolates da Arcádia começam a ganhar projecção internacional. A empresa do Norte pondera internacionalizar o negócio a prazo
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À boleia dos turistas que visitam o nosso País, os chocolates da Arcádia começam a ganhar projecção internacional. A empresa do Norte pondera internacionalizar o negócio a prazo
A Arcádia Casa do Chocolate tem vindo a ganhar notoriedade junto dos turistas que visitam as suas lojas e está a ponderar a internacionalização do negócio de retalho, revela em entrevista ao HIPERSUPER João Bastos, administador da empresa com 81 anos de vida.
“Na sequência da crescente procura por parte dos turistas e da notoriedade que a marca começa a ter fora do país, temos recebido algumas propostas que nos fazem pensar no processo de internacionalização. É um dossier que começa a estar em cima da mesa, a concretizar a médio e longo prazo. Os mercados com afinidade linguística, como o Brasil e Angola, e os de proximidade geográfica, como Espanha, são os prioritários. Os turistas, nomeadamente os espanhóis e brasileiros, indentificam a Arcádia como sendo uma marca de luxo”.
O negócio corre de feição. Em 2013, a Arcádia alcançou um volume de negócios de 5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 7% face ao período homólogo. A empresa terminou o ano com um total de 24 lojas, 14 próprias, 6 em regime de franchising e 4 sob a insígnia Coffee Box, uma marca também da Arcádia.
O objectivo é crescer entre 5 a 10% este ano, revela João Bastos. “Estamos convictos de que a elevada procura quer a nível nacional quer internacional, tem a ver com a capacidade de a empresa se manter fiel às suas tradicionais receitas, mas também ao empenho em inovar e supreender o mercado com o lançamento de novos produtos, embalagens e parcerias que reforçam a identidade da marca e o orgulho em Portugal. Por exemplo, em parceria com a Calém, lançámos um bombom de chocolate com vinho do Porto que vendeu 250 mil unidades num ano”.
Novas lojas
A Arcádia já inaugurou este ano duas lojas de rua no Porto, no centro da Invicta, e prepara-se para abrir uma confeitaria em Junho, na emblemática Rua de Santa Catarina. Em Lisboa, abriu recentemente no renovado mercado da Ribeira, com a empresa parceira que detém o franchising das lojas de Cascais e do Estoril. “Estamos ainda a criar um espaço nas nossas instalações, no Porto, onde as pessoas podem conhecer a história da marca, assim como participar em workshops de degustação e outras actividades relacionadas com os nossos produtos”.
Presente em algumas das mais importantes cidades do País – Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Coimbra, Cascais/Estoril e Viseu – em localizações premium, a estratégia passa agora por implementar-se em lojas de rua, depois de marcar presença nos “principais centros comerciais do País”. O Porto é localização onde “queremos apostar a curto prazo, por ser a cidade de origem da marca e porque está a registar um crescente foco de turistas, tanto nacionais como estrangeiros, através da abertura de lojas diferenciadas das que já temos no Norte”.
A dimensão média das bombonarias é de 40/50 m2, sendo que a dimensão das lojas com cafetaria varia entre os 100 e os 300 m2.
Online a crescer
Além das lojas físicas, e da presença sazonal nas grandes superfícies comerciais, a grande aposta reside também no crescimento da loja online. “Temos sentido cada vez mais interesse por parte dos consumidores nesta plataforma, algo que se tem registado através de um ligeiro aumento de vendas e, sobretudo, através do pedido de informações sobre o embalamento e condicionamento dos produtos neste processo. Depois de esclarecidos e percebendo da total garantia e qualidade da entrega, as pessoas não só compram como recomendam a experiência”.
Os chocolates e as amêndoas são fabricados nas instalações da Rua do Almada, no Porto e, de lá, distribuídos para todas as lojas – próprias e franchisadas – através de um sistema de transporte e entregas interno. “Devido à expansão do número de lojas, na última década, a produção anual passou das três toneladas para as actuais 70 toneladas de chocolate. Na sequência do crescimento do negócio, concentramos, em Agosto de 2013, toda a vertente logística em Grijó. Trata-se de um espaço que, nesta fase, começa já a tornar-se pequeno”.
A empresa comercializa 70 referências de bombons e perto de 30 referências de amêndoas. “O tradicional Sortido de Chocolate, cuja receita se mantém desde 1933, as Línguas de Gato, os Bombons de Vinho do Porto e as Drageias Bonjour, mais conhecidas como amêndoas de licor, são, sem dúvida, os produtos estrela”.