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FMCG

Primeiro azeite com algas da costa portuguesa

A Nono Sentido lançou os primeiros azeites do Mundo enriquecidos com antioxidantes de origem marinha. Ricardo, CEO da Nono Sentido, conta como nasceu este projecto

Rita Gonçalves
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Primeiro azeite com algas da costa portuguesa

A Nono Sentido lançou os primeiros azeites do Mundo enriquecidos com antioxidantes de origem marinha. Ricardo, CEO da Nono Sentido, conta como nasceu este projecto

Rita Gonçalves
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O projecto de investigação para o desenvolvimento do novo produto custou cerca de 50 mil euros, revela em entrevista ao HIPERSUPER Ricardo, CEO da Nono Sentido, acrescentando que a amortização do investimento deverá ter lugar em 2015.

No final de 2010 criou a Nono Sentido para comercialiar azeites aromatizados produzidos em Vila Flor, Trás-os-Montes. Que balanço faz dos últimos três anos?

Sou um desempregado que resulta da chamada crise do ‘sub-prime’. Foi em 2008. Ao longo do meu percurso profissional sempre desempenhei funções de ‘corporate worker’ em empresas de grande dimensão.

Quando fiquei sem emprego, apercebi-me que havia chegado o momento de lançar um conjunto de projectos tendo por base os princípios que defendia nas grandes empresas.

E um dos projectos que criei – a Nono Sentido – é muito subordinado à minha convicção de que é possível agarrar num produto de qualidade português e adicionar-lhe valor. Retrabalhá-lo e colocá-lo no mercado internacional.

Portugal é um País de qualidade, quer do ponto de vista dos produtos quer das suas próprias caracteríticas.

Na verdade, criar o produto revelou-se mais fácil do que alcançar a minha verdadeira vontade, a de promover o País e atrair estrangeiros a Portugal para vender o melhor do nosso País: clima, cultura, gastronomia, as pessoas, entre outros.

Escolhi o azeite por ser um produto nobre e biblíco. Procurei alguns amigos em instituições de ensino e criámos um produto diferente: os primeiros azeites do Mundo enriquecidos com antioxidantes de origem marinha.

Não existe um produto semelhante no mercado nacional?

Não. Criámos uma disrupção. Este produto é inovador em duas abordagens: primeiro, porque vai usar um tipo de elemento estranho ao azeite, um produto que vem do mar, as algas. E depois, mesmo na concepção e apresentação do produto, no marketing mix, fizémos uma disrupção em relação ao mercado. Criámos um produto muito dirigido, vendido sobre o fim a que se destina e não sobre as suas qualidades técnicas. Isto é, criámos um azeite para peixe e um para saladas. Isto é uma disrupção face ao que existe no mercado do azeite. Conseguimos chamar sobre nós a atenção de muitos especialistas, nomeadamente ligados à gastronomia, que há muito mostravam vontade de ter nos seus restaurantes azeites dirigidos a fins específicos.

Há aqui dois tipos de inovação: uma de produto, de enriquecimento com antioxidantes, através de uma tecnologia que aprimoramos – a aromatização por infusão – que desenvolvemos em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria e a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar. Foi um trabalho de um ano e meio.

Como se desenrolou no tempo?

A fase inicial consiste num trabalho com chefes de cozinha onde se exprimentam diferentes combinações de algas e ervas aromáticas. Depois, a fase dos painéis de provadores que, embora amadores, nos vão dirigido para os níveis aceitação do produto. De seguida, a parte de engenharia alimentar para estabilizar o produto para ser vendido com taxas de validade.

O processo de infusão das algas é semelhante ao do chá mas aqui a infusão é feita em quantidades gigantestas. Os mecanismos de vibração e agitação impendem a oxidação do azeite e são controlados através da injecção de azoto. A água e o oxigénio são dois inimigos do azeite no processo de tratamento que dá origem ao virgem-extra.

A alga no interior da garrafa é puramente decorativa. Todos os azeites aromatizados são feitos ‘in cuba’ e não ‘in vitro’. A aromatização na garrafa significa problemas no mercado gourmet por causa das alterações de sabor. É preciso embalar um produto estável ao longo do tempo.

Quando nasceu o primeiro azeite com algas?

No final de 2011 e entrámos no mercado comercial na Primavera de 2012. Estivemos mais de uma ano e meio em laboratório. Houve muitos caminhos interrompidos, muita aprendizagem. O processo de infusão foi muito estudado.

Qual o investimento?

Não está pago ainda. O projecto de investigação custou cerca de 50 mil euros.

Quando estima o break-even?

O investimento é o valor pago às universidades, uma parte apoiada pelo IAPMEI. O custo de I&D (Investigação&Desenvolvimento) só será amortizado em 2015, independentemente de termos vindo a dobrar facturações todos os anos. Durante mais de um ano, não vendemos nada, apenas discutiamos com os cozinheiros.

Só vendem azeites aromatizados?

Quando nasceu a empresa tinha apenas dois produtos. Depois, entendemos que era importante ter um azeite virgem-extra de qualidade. Há uns velhos do Restelo no mercado que defendem que quem aromatiza azeite é porque vende um produto de má qualidade e quer esconder os seus defeitos. Então, numa segunda fase, em parceria com o Instituto Superior de Agronomia, fomos aprender a lotear e fazer azeite virgem-extra de qualidade. Este produto, aliás, vai receber um diploma de uma organização francesa que premeia produtos de qualidade. É um diploma gourmet.

A pedido de algumas superfícies comerciais com as quais trabalhámos criámos no ano passado mais duas referências para o mercado gourmet: um azeite com cogumelos e outro com trufas brancas.

Comercializam outros produtos?

Sim, lançámos ainda uma gama de compotas, no Verão de 2012. Para ganhar espaço em linear. Ter mais formas de mostrar a marca. Grande parte do nascimento destes podutos decorre também de alguma abertura das superfícies comerciais com as quais trabalhamos, nomeadamente gourmets.

No ano seguinte, fizémos patés de azeitona com algas e uma compota de azeitona doce. As algas são gelificantes naturais e estabilizadores e fazem a ligação de elementos na própria textura da massa, o que resulta num paté muito mais aveludado e ligado, menos granulado e ácido.

Continua a existir uma lacuna em produtos ligados às azeitonas nas superficies gourmets, por isso lançámos azeitonas de Trás-os-Montes, recheadas com amendôa e pimento verde.

Qual é o produto estrela?

O Reserva Virgem-Extra e o Especial Saldas.

Onde compra a matéria-prima?

O azeite é produzido pela Cooperativa de Vila Flor. As as algas são apanhadas na costa portuguesa, a Sul de Caminha muitas vezes, mas são processadas na Galiza. Em Portugal, não há grandes empresas de processamente de algas, são todas experimentais, alguma com carácter científico. Mas não há história de indústria de processamento de algas em Portugal. Porque a costa portuguesa é mais arenosa do que a costa espanhola. A empresa galela com a qual trabalho é reconhecida para a produção de alimentos biológicos desde 1988. E não há ninguém em Portugal que faça isso. Os espanhóis são o maior produtor de algas na Europa.

O azeite aromatizado com algas trás benefícios para a saúde?

Nós acreditamos que sim, mas não estão provados e como temos uma base científica queremos ter alguma. O consumo de azeite traz benefícios para a saúde. Isso é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, pela presença de vitamina E e polifenóis, um antioxidante.

Acontece que os mesmos elementos existem nas algas, em quantidades substânciais. As algas são ricas em minerais, polifenóis, vitamina E. Através do enriquecimento com os antioxidantes marinhos, sabemos que há transferência desses ingredientes para o azeite até porque os estudos que fizémos na universidade mostra algum retardamento do envelhecimento do azeite quando enriquecido com as algas.

 Retarda a oxidação?

Sim, isso foi constatado, ao longo do trabalho universitário. Existe transferências de aromas e anti-oxidantes das algas para o azeite e o próprio azeite o envelhecimento é retardado.

Aliás, há imensos trabalhos universitários que espelham a tentativa de utilização de elementos extraídos de macro-algas para aumentar o ‘shelf time’ de alguns alimentos, o tempo de vida de certos produtos na prateleira.

O azeite é também aromatizado na cooperativa?

O produto sai da cooperativa embalado, é lá processado mas a extracção dos aromas não. A cooperativa produz o azeite e faz a junção do concentrado de aromas extraído por nós de forma natural. São equivalentes aos óleos essenciais extraídos quimicamente. Mas, não usamos químicos, o produto é natural.

Quais são os canais de distribuição?

Não há um mercado tão grande em Portugal como nós gostariamos para os nossos produtos, pese embora, quando começámos a conceptualizar os nossos produtos, por detrás da necessidade de susbsistência, havia numa vontade de democratizar o conceito do gourmet. A internacionalização é, por isso, desde sempre um dos nossos objectivos. Até 2016, queremos o mercado internacional a valer 80% do volume de negócios.

Por onde começaram, em Portugal?

Pelo Club del Gourmet do El Corte Inglés, a área Gourmet da Auchan e os Supermercados Apolónia, no Algarve. Depois, avançamos para as pequenas lojas gourmet, mercearias finas, lojas da especialidade. Estas pequenas empresas têm clientelas muito fiéis, às vezes há cerca de 40 anos, e quando conseguimos entrar garantimos sempre alguma rotação de produto.

Para onde exportam, actualmente?

Macau, Suécia, Rússia, Angola e França, que vai começar agora. Estou há dois anos envolvido com o mercado japonês, mas é um mercado duro: tem padrões de qualidade elevadíssimos, a concorrência é brutal e a imagem de Portugal enquanto marca é muito fraca. Não há produtos portugueses nos ‘departmanent stores’ de luxo. Os azeites vendidos são na sua maioria italianos. Chegam a classificar os azeites consoante o sítio onde são produzidos em Itália. O axeite mais leve é do sul e o forte do norte. Exportar é uma coisa muita mais complicada do que nós pensamos. Às vezes, é mais fácil trabalhar o mercado português.

Quando começou?

Em 2013.

Quanto representam as exportações face ao volume de negócio?

5%.

Qual o volume de negócio?

70 mil euros.

Qual é o objectivo para o final de 2014?

O objectivo é dobrar a facturação e que as exportações atinjam cerca de 20% do volume de negócios. Não é impossível, basta que alguns dos mercados que temos estado a trabalhar dêem frutos: o Brasil, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Japão.

 

Sobre o autorRita Gonçalves

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Young parents and their small kids talking while having breakfast in dining room.

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Nestlé Portugal lança série dedicada à literacia alimentar

A iniciativa ‘Alimentologia’ visa “contribuir para a literacia alimentar, saúde e bem-estar dos portugueses”, desmistificando mitos associados a alimentos e respetivos hábitos alimentares.

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Sob o mote ‘Alimentologia: A ciência por detrás dos mitos’, os conteúdos desta iniciativa da Nestlé Portugal foram desenvolvidos por especialistas em nutrição, que explicam, de forma clara e acessível, os princípios científicos que sustentam ou refutam crenças alimentares comuns.

Segundo a Nestlé Portugal, os conteúdos abordam temas essenciais para uma alimentação equilibrada e sustentável, esclarecendo dúvidas, como o papel do açúcar num padrão alimentar saudável, o impacto do consumo de café na saúde, a inclusão dos hidratos de carbono e outros aspetos fundamentais da nutrição, como a leitura e compreensão dos rótulos dos alimentos, ajudando os portugueses a fazer escolhas informadas.

“Dados recentes do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção Geral da Saúde revelam que os hábitos alimentares inadequados são o segundo fator de risco para a mortalidade precoce em Portugal. Dessa forma, a Nestlé pretende ser um agente promotor de impacto positivo e a nossa missão é tornar a informação baseada na ciência acessível aos consumidores, permitindo-lhes tomar decisões alimentares mais conscientes e saudáveis. Com o projeto Alimentologia, pretendemos aumentar o conhecimento sobre alimentação, contribuir para escolhas mais informadas, identificar mitos e clarificar conceitos, e, assim, promover a saúde das gerações atuais e futuras, e do nosso planeta.”, destaca Ana Leonor Perdigão, responsável de Nutrition, Health & Wellness da Nestlé Portugal

A iniciativa já se encontra disponível na plataforma digital Alimentologia, onde os consumidores podem aceder a conteúdos educativos e esclarecedores sobre nutrição.

Sobre o autorHipersuper

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Bebidas

Casa Relvas aumenta o portfólio com três novos monocastas

Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024, Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 e Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023, são as novidades do produtor.

Hipersuper

Os novos Casa Relvas Chardonnay, Syrah Sem Cor e Trincadeira reforçam a oferta de vinhos monocastas, “destacando a diversidade e qualidade das vinhas da região, assim como a busca e novos terroirs”, apresenta a Casa Relvas. A gama de monovarietais do produtor alentejano passa a contar com 11 referências. Das colheitas de 2023 no vinho tinto, e 2024 nos brancos, estes novos vinhos vieram juntar-se às referências de monocastas apresentadas em 2022. Para além da própria casta, os rótulos destes vinhos têm também a indicação da vinha de onde são provenientes as uvas, bem como a sua localização.

“Nos últimos anos temos vindo a adquirir e plantar novas vinhas em diferentes terroirs que se têm vindo a provar de exceção, e por isso decidimos ir aumentando a nossa gama de monocastas com uvas provenientes de outros lugares, que achamos que têm resultados em vinhos muito interessantes”, explica Alexandre Relvas, CEO da Casa Relvas. “A produção de monovarietais é sempre um grande desafio, porque cada casta tem as suas especificidades, o seu tempo de maturação e diferentes níveis de adaptação aos solos, o que também é um estímulo para a equipa da Casa Relvas”, acrescenta.

O Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024 é produzido com uvas da Vinha do Vale, na Aldeia da Serra, num vale do sopé Sul da Serra d’Ossa. A Vinha do Vale está plantada em solos argilo-xistosos pouco profundos, que obrigam as plantas a lançarem as raízes na profundidade do xisto, o que origina vinhos com muita mineralidade e grande frescura. O Vinha do Vale Chardonnay 2024, com produção de dez mil garrafas, estagiou quatro meses em barricas de carvalho francês. “É um vinho amarelo citrino, de aroma fresco e vibrante, a maçã verde, melão, pêssego e aromas cítricos, em equilíbrio com notas de baunilha, muito discretas. Apresenta bom volume de boca e acidez muito equilibrada, a terminar num fim de boca longo”, apresenta o produtor.

Com uvas da Vinha do Ribeiro, plantada em 2015 em Orada, na região de Borba, o Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 é um Blanc de Noirs, um vinho branco feito exclusivamente a partir de uvas tintas, neste caso da casta Syrah. “O principal objetivo de se produzir um Blanc de Noirs vai muito para além do aspeto comercial, pois é através desta técnica que se conseguem obter vinhos brancos com mais estrutura e complexidade”, explica o produtor. Depois de um estágio de quatro meses ‘sur lies’ (manter o vinho em contato com as borras finas, ou seja, as leveduras) o resultado é um vinho de cor amarela, com laivos dourados. Com aroma complexo de pêssego, damasco, maçã verde, pera e frutas cítricas, é possível também identificar algumas notas de flores brancas, como jasmim e flor de laranjeira. Foram produzidas 40 mil garrafas deste Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024.

Por último, o Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023 é feito com uvas da Herdade de São Miguel, Redondo, onde começou a a história da Casa e Família Relvas. A Vinha de São Miguel foi plantada em 2003, junto à barragem da Herdade de São Miguel, numa encosta virada a norte. Com uma estágio de 12 meses em tonel, “este é um vinho de cor rubi com reflexos violeta, que apresenta um aroma intrigante e sofisticado com delicadas notas de flores brancas, que lhe conferem um toque de leveza e frescura. “Revela também nuances de floresta molhada e, por fim, os aromas evoluem para subtis notas de tabaco, adicionando profundidade e elegância. Na boca sentem-se taninos sedosos e ligeiros com excelente persistência e mineralidade”, apresenta a Casa Relvas, que produziu 12.500 garrafas deste monovarietal.

 

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Alimentar

CONFAGRI diz ser “incompreensível” a redução do apoio à horticultura

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal considera “incompreensível” a exclusão das culturas em regime de sequeiro, dos apoios dados à horticultura.

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A CONFAGRI afirma ser “incompreensível” que, só após os agricultores assumirem os custos de produção das sementeiras realizadas, “o grupo de pagamento ‘Horticultura’ deixe de conter, através de uma Orientação Técnica, as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro”. Essa alteração que incluí, agora, apenas apoios para as culturas de regadio, “irá traduzir-se numa impactante redução de apoio aos agricultores nacionais e deve, por isso, ser alvo de alteração por parte da tutela”, defende a Confederação.

“De facto, a alteração do grupo de pagamento para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro indicada no ponto 2.2.4 da OT AG PEPACC N.º 16/2025, traduzir-se-ia numa redução do apoio em cerca de seis vezes, no caso da intervenção C.1.1.8 – ‘Agricultura biológica (reconversão e manutenção)’, e em cerca de 12 vezes no caso da intervenção C.1.1.7 – ‘Produção integrada (PRODI) – Culturas agrícolas'”, sublinha a CONFAGRI.
Para a Confederação, esta alteração carece de discussão e justificação técnica, “devendo ser objeto de decisão em sede de reprogramação do PEPAC e não apenas apresentada aos agricultores após estes terem assumido os custos de produção das sementeiras já realizadas”.

“Medidas como esta não trazem a previsibilidade desejada e prometida aos agricultores”, alerta Nuno Serra. O secretário-geral da CONFAGRI defende ser “urgente” que o Ministério da Agricultura e Pescas altere a Orientação Técnica em causa, “repondo os apoios previstos para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro conforme disposto na Portaria n.º 360/2024/1, de 30 de dezembro”.

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Alimentar

Snacking é uma forma de conexão segundo estudo de tendências da Mondelēz

O estudo ‘State of Snacking’, da Mondelēz International conclui que os consumidores veem este produto “como uma forma de conexão e partilha”.

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A multinacional alimentar divulgou as informações sobre o amor, a conexão e os snacks no seu sexto relatório anual ‘State of Snacking’, um estudo global de tendências de consumo que analisa como os consumidores tomam decisões em relação ao snacking. “Os resultados do estudo indicam que 71% dos consumidores a nível global concordam que partilhar um snack com outras pessoas é uma ‘love language’, uma forma de expressar amor”, avança a Mondelēz International. Este valor é ainda mais alto entre os inquiridos da geração Millennial e da geração Z.

Desenvolvido em parceria com The Harris Poll, o estudo de 2024 acompanha as atitudes e comportamentos em relação aos snacks entre milhares de consumidores em 12 países e conclui que os consumidores estão cada vez mais a usar as pausas para snacks “como uma forma de expressar amor pelos outros, bem como por si próprios”.
A pausa para um snack é também uma forma de conexão, refere o estudo, acrescentando que os consumidores estão cada vez mais focados na conexão que os snacks proporcionam, com 64% a praticar o snacking regularmente para se conectar com os outros e 93% concordam que conseguem sempre encontrar um snack adequado para partilhar.

“A comida tem o poder de reunir as pessoas e fomentar uma sensação de conexão”, refere Melissa Davies, Senior Manager, Global Insights & Trendspotting da Mondelēz International. “À medida que os consumidores dão prioridade ao tempo para uma pequena indulgência, também fazem questão de partilhar essa experiência de prazer com os outros”, diz ainda

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Logística

HAVI implementa em Portugal um projeto-piloto de gestão de armazéns

Portugal foi o país escolhido pelo Grupo Havi para receber este projeto-piloto, pela dimensão adequada e qualificação das suas equipas

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A Havi, empresa global de soluções de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, está a implementar o primeiro sistema de gestão de armazéns (WMS) da Infor, no seu centro de distribuição do Porto. “Este projeto-piloto implementado em Portugal representa um marco significativo na estratégia de transformação digital global da empresa”, destaca a multinacional, que refere ser este “um sistema avançado que ajuda na standadização”. “Utiliza ferramentas para melhorar a precisão do inventário, maximizar a utilização do espaço disponível, aumentar a eficiência do trabalho e melhorar a qualidade do serviço ao cliente. Para além disso, acompanha e controla o fluxo físico de mercadorias e o fluxo de informações à medida que os produtos circulam pelo armazém”, explica.

As características do centro de distribuição do Porto levaram a que fosse escolhido como instalação pioneira para testar este sistema, já que tem capacidade de servir como modelo para futuras implementações. Para a empresa, a implementação deste sistema no centro de distribuição do Porto “é um marco fundamental na jornada de transformação da Havi, e resulta da colaboração excecional, dedicação e trabalho árduo de todas as equipas envolvidas”, sublinha Luís Ferreira, Managing Director da Havi Portugal. “Este é um passo estratégico para reforçar a segurança das TI, simplificar operações e continuar a definir os padrões de referência do setor. Para além disso, com esta solução colocamos Portugal na vanguarda da mudança e tornamo-nos um exemplo a seguir por outros países”, conclui.

Fundada em 1974, a empresa serve mais de 300 clientes em mais de 100 países, com soluções na aquisição, no armazenamento ou na entrega de produtos.

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Retalho

Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social

O Grupo Jerónimo Martins foi integrado no FTSE Diversity & Inclusion Index – Top 100, um índice de referência que lista as empresas cotadas em bolsa com melhor desempenho na promoção de locais de trabalho diversos e inclusivos.

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O FTSE Diversity & Inclusion Index analisa mais de 15.500 empresas cotadas em bolsa em todo o mundo e que integram índices como S&P 500, ASX300, MSCI World, MSCI Emerging Markets, FTSE100 ou Bovespa. A Jerónimo Martins ocupa a 46ª posição a nível mundial, sendo a única empresa portuguesa, bem como a única da indústria ‘supermercados e lojas de conveniência’, a figurar neste índice, informa o Grupo num comunicado.

A metodologia utilizada tem por base a recolha de 24 indicadores de entre os pilares Diversidade, Inclusão, Desenvolvimento de Pessoas e Controvérsias, recorrendo a informação pública e a uma equipa de mais de 700 analistas. “As 100 empresas mais bem classificadas são selecionadas para o índice, sendo organizadas de acordo com a pontuação global de Diversidade e Inclusão, numa escala de 0 a 100 pontos. O Grupo Jerónimo Martins conquistou uma avaliação de 74,25 pontos”, informa ainda.

A existência de serviços de apoio aos filhos dos colaboradores, como creches em Portugal, a existência de políticas que contribuem para o equilíbrio da vida pessoal e profissional, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e a percentagem de colaboradores com deficiência e/ou incapacidade são alguns dos indicadores analisados.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm merecido distinções nacionais e internacionais de referência. Desde 2021 que a holding tem a distinção ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ desde 2021 e o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023.

O Grupo viu também o seu Programa Incluir ser premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria ‘Qualificação e Inclusão’. Mais recentemente, foi o Fórum Económico Mundial também a distinguir o Programa Incluir como um de oito case-studies em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, que revela iniciativas empresariais de grande impacto social desenvolvidas em todo o mundo.

 

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Bebidas

Essência do Vinho regressa ao Porto com 4.000 vinhos de 400 produtores

De 20 a 23 de fevereiro, no Palácio da Bolsa, a Essência do Vinho – Porto vai ainda acolher um concurso e várias provas comentadas.

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De acordo com a organização, durante os quatro dias, vão ser dados a provar cerca de 4.000 vinhos de 400 produtores representados. Do programa, destaca-se a ‘Revista de Vinhos – TOP 10 Vinhos Portugueses by Cork Supply’, prova com júri internacional que agrega um grupo de provadores formado por jornalistas, críticos, sommeliers e elegerá a dezena de vinhos mais entusiasmantes do país, tendo por base uma pré-seleção realizada pela publicação ao longo do último ano.

A 20 de fevereiro, o palco das provas comentadas terá referências nacionais e internacionais. ‘A nova Borgonha, para lá dos clássicos’, ‘Susana Esteban: Vertical Sidecar’, ‘Gaja, sonhar em Itália’ ou ‘A Sogrape também é ímpar’ são algumas das provas do dia.

Já no segundo dia de evento, as salas do Palácio da Bolsa vão dos Açores ao Douro, passando ainda pelos Vinhos Verdes e pelos vinhos do Brasil com as provas ‘Czar: o vinho do Pico que parece impossível’, ‘Os terroirs da Quinta do Vale Meão’, ‘Alvarinhos, de A a S: estilos de vinificações, tempos de estágio e diversidade de perfis’, ‘Symington: The Library Release Porto Vintage Collection’ e ‘Vinhos de Minas Gerais’.

O terceiro e penúltimo dia da Essência do Vinho – Porto, ‘Paulo Nunes: 20 anos de vindimas’, ‘Mosel, Alemanha: Weingut Max Ferd. Richet’, ‘Cachaça de Minas Gerais’, ‘Quinta de Lemos: 20 anos’ e ‘Tapada de Coelheiros Garrafeira’ são algumas das provas que a acontecer paralelamente às provas abertas que, ao longo dos  quatro dias, vão congregar 4.000 vinhos dos 400 produtores representados no Palácio da Bolsa, ao longo dos quatro dias de evento.

‘Dão revelado: o desafio dos sentidos’, ‘Brancos de guarda da região dos Vinhos Verdes’, ‘Maison Boizel: o pináculo do champanhe artesanal’, ‘Biondi-Santi: de Brunello di Montalcino, um Sangiovese singular’ são as provas agendadas para domingo, dia 23 de fevereiro.

A par da programação e das provas livres, destaque de novo para o ‘RV Room Experience’, um espaço exclusivo que apresenta grandes famílias do vinho.  Paralelamente, o projeto ‘Gosto do Porto / Taste of Porto’ volta a incidir sobre mais de 80 restaurantes, lojas, garrafeiras e wine bares da cidade, para um roteiro de experiências complementares.

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Exportação

Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

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“Ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”, destaca o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), em comunicado. Jorge Tomás Henriques afirma-se otimista para os resultados em 2025, apesar da situação na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos.

A União Europeia representou 5.593M€ nas exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a indicarem que nos 12 meses de 2024, e por comparação a igual período de 2023, houve uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas nacional, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Já para fora do bloco comunitário as exportações alimentares e de bebidas alcançaram 2.596M€, o que representou um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América, com 13,9% e 4,2%, respetivamente, foram os países que mais contribuíram.

Ainda por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.

“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, destaca a FIPA num comunicado.

A indústria alimentar e das bebidas é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos e “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, sublinha a Federação.

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Retalho

Festival da Comida Continente de volta em julho

No ano em que celebra 40 anos, a festa será ainda maior, o Continente oferece dois dias repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e
provas de vinhos.

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O Festival da Comida Continente está de volta ao Parque da Cidade do Porto, nos dias 12 e 13 de julho de 2025, com o melhor da gastronomia e o objetivo de democratizar o acesso à cultura e ao entretenimento, proporcionando momentos de partilha e diversão para toda a gente.

O maior evento gratuito em Portugal ‘Dá Palco todos os Gostos ‘ e junta grandes nomes da música portuguesa e internacional às mais recentes tendências da gastronomia. No ano em que celebra 40 anos, a festa será ainda maior, o Continente oferece dois dias repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e
provas de vinhos.

O Festival da Comida Continente, premiado pelos BEA Word Awards tem entrada livre e é pet Friendly.

Reconhecido pela Sociedade Ponto Verde com a certificação 3R6, é um evento comprometido com a Sustentabilidade. O recinto tem cerca de 250 mil m 2 e estará aberto das 10h30 à 01h00 no sábado, dia 12 de julho, e das 10h30 às 23h00 no domingo, dia 13 de julho.

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Logística

Embalagem e logística têm melhorado a eficiência operacional

A organização da Empack e Logistics & Automation Porto defende que o crescimento do comércio eletrónico em Portugal tem ajudado a implementar soluções logísticas mais ágeis e flexíveis. 

Hipersuper

As embalagem e logística portuguesas têm melhorado a eficiência operacional, garantem os especialistas da cimeira nacional que representa toda a cadeia de valor do setor. A Empack e Logistics & Automation Porto 2025 vai realizar-se na Exponor, de 9 a 10 de abril.

Andrea Iorio, um dos maiores palestrantes internacionais sobre transformação digital, inteligência artificial e inovação, é keynote speaker do programa de conferências que decorre em paralelo. Defende que o setor logístico português “está a passar por uma transformação muito significativa, marcada pela digitalização e automação dos processos”. Uma evolução em que “é notória a adoção de tecnologias avançadas”, como sistemas de gestão de armazéns automatizados e soluções de rastreamento em tempo real, que, por sua vez, “têm melhorado a eficiência operacional global, bem como a imagem que os operadores internacionais possuem do mercado luso”.

“O setor de embalagem em Portugal tem mostrado um crescimento notável”, afirma Oscar Barranco

Um quadro geral para o qual tem “sido determinante” o crescimento do comércio eletrónico no país, que fomentou a adoção de “soluções logísticas mais ágeis e flexíveis para atender às expectativas dos consumidores”, assegura, por sua vez, Oscar Barranco, Managing Director da Easyfairs Iberia e um dos responsáveis pela Empack e Logistics & Automation Porto 2025. Com a 9.ª edição em marcha, a análise de Oscar Barranco reflete a perspetiva de vários especialistas que têm colaborado com a organização do certame. “O setor de embalagem em Portugal tem mostrado um crescimento notável, impulsionado pela procura de soluções mais sustentáveis e eficientes. As empresas estão a investir em materiais ecológicos e em designs que facilitam a reciclagem e a reutilização, alinhando-se com as tendências globais de sustentabilidade”, sublinhou.

Para a edição deste ano, ainda com as inscrições a decorrer, a equipa de trabalho organizativa já assegurou a participação de 82 operadores do setor, “o que, a dois meses da cimeira, significa um crescimento de 17% relativamente à última edição”. O certame receberá a visita de líderes da indústria, CEO, diretores de logística e embalagem e gestores. Da agenda de atividades complementares da Empack e Logistics & Automation Porto 2025 fazem ainda parte pequenas visitas guiadas, que permitirão aos visitantes conhecer as principais inovações dos expositores presentes.

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