Um quarto dos portugueses não tem capacidade para despesas inesperadas
Um total de 24% dos portugueses não tem capacidade nenhuma para fazer face a despesas inesperadas, como concertos de viatura, coimas ou tratamentos médicos
Rita Gonçalves
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Um total de 24% dos portugueses não tem capacidade nenhuma para fazer face a despesas inesperadas, como concertos de viatura, coimas, tratamentos médicos, obras em casa, entre outras, revela um estudo da Cetelem sobre a ‘Literacia Financeira dos Portugueses’.
“A percentagem está muito acima da verificada pelo mesmo estudo em 2013 (10%)”, revela a análise.
É à família a quem os portugueses mais recorrem em caso de necessidade, mas a percentagem de inquiridos que procurariam o banco para um empréstimo subiu cerca de 10 ponto percentuais (passou de 21,6% em 2013 para 32,2% em 2014). Amigos (3,2%), instituições de crédito especializadas (2%) e colegas de trabalho (0,2%), foram outros dos meios citados pelos inquiridos para pedir dinheiro emprestado.
Em relação às despesas a que conseguiriam fazer face de forma inesperada, a capacidade diminuiu de um modo geral. No ano anterior 26% respondeu que suportaria até 250€ num mês, contrastando com a percentagem de consumidores que deu a mesma resposta este ano: apenas 9,4%. Contudo, uma significativa parte dos inquiridos respondeu, em ambos os anos, ainda que com uma ligeira diminuição em 2014, que teria total capacidade para responder a uma despesa inesperada (21,2% em 2013 e 19,8% em 2014). 17,6% dos inquiridos afirmou que teria capacidade até 500€ (menos 1,4% que em 2013) e 18,2% até 100€ (menos 2%).
“As pessoas estão mais disponíveis para recorrer aos bancos, indicador de uma maior pré-disposição dos bancos para conceder crédito, o que não acontecia há um ano”, afirma Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem.
Ficha Técnica
Estudo realizado entre 17 e 25 de Fevereiro, em colaboração com a MultiDados, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de 4,4% para um intervalo de confiança de 95%.