Menos regulação e burocracia para atrair investimento
A previsibilidade, menos regulação e menos burocracia são essenciais para atrair investimento, considera Luís Reis, presidente da Confederação dos Serviços de Portugal
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Rita Gonçalves
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O presidente da Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), Luís Reis, defendeu hoje que Portugal dá sinais de poder retomar o caminho do crescimento económico mas que a previsibilidade e a redução da regulação e da burocracia são essenciais para cumprir esse objectivo e atrair investimento.
“Temos a oportunidade de reposicionar o País, estamos num momento de viragem, mas os investidores exigem previsibilidade. Por isso, o meu apelo aos nossos governantes é: parem de fazer legislação e parem de produzir tantas regras”, sustentou Luís Reis na The Lisbon Summit, que decorre desde terça-feira em Cascais.
O presidente da CSP considerou ainda fundamental aliviar a carga fiscal e “uma melhoria drástica” do sistema judicial.
Questionando a abertura de Portugal ao comércio, ao investimento e ao negócio, Luís Reis respondeu positivamente mas levantou algumas reticências, ao contrário do que acontece com o turismo, onde a resposta é um rotundo sim.
“A actividade económica atingiu valores máximos desde Fevereiro de 2001 mas para que Portugal concretize este potencial é preciso manter o défice controlado, reduzir a dívida pública e controlar os gastos públicos”, sublinha Luís Reis.
“A eficiência e estabilidade do nosso quadro legislativo ainda é um problema para os investidores, empresas e cidadãos. Tal como está aberto ao turismo, Portugal deve estar aberto ao investimento e criar as condições necessárias para tal”, acrescentou.
Relativamente ao comércio e à balança das importações e exportações, estas últimas têm estado a crescer mas o poder de compra nacional está ainda 80% abaixo da média da Europa, o que constrange este sector.
Por outro lado, “o investimento público e privado em I&D está a crescer de forma consistente, o número de licenciados cresceu 50% entre 2001 e 2011, a legislação laboral foi revista recentemente e trouxe maior flexibilidade. Os investidores valorizam a nossa força de trabalho, capacidade de investigação e inovação, as nossas infra-estruturas e a nossa estabilidade política, mas falta melhorar o acesso ao financiamento, e reduzir a carga da regulação governamental”.
A CSP integra 20 por cento do PIB nacional, representa mais de 220 mil postos de trabalho, seis empresas do PSI-20, 7 das 10 empresas que mais investem mais em inovação em Portugal e é responsável por 1/3 do IVA cobrado.