Pele de leão e as marcas da distribuição, por Nuno Mendes (Baga)
As chamadas ‘marcas brancas’ deixaram de vestir as peles de coelho inofensivo para optarem pela pele de leão
Rita Gonçalves
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Por Nuno Mendes, Design and Concept da Baga*
Imaginar um mundo onde não existe rotulagem é o mesmo que imaginar um mundo onde todos viveríamos sem necessidade de roupa. O rótulo fala do produto como a roupa fala sobre nós.
Só os mais ingénuos podem afirmar que a roupa é apenas um modo de satisfazermos uma necessidade básica de protecção do nosso corpo. Todos sabemos que não é real essa ideia, e tenho algumas dúvidas se alguma vez o foi. No início dos tempos onde o Homem apenas se cobria com peles, já existiam diferenças, afinal cobrirmo-nos com uma pele de leão não é a mesma coisa que vestirmos uma pele de coelho, certo? Se fosse apenas para nos cobrirmos, as peles mais básicas serviriam.
Um exemplo de como realmente não servem, são os produtos das marcas de distribuição. Nos últimos anos temos assistido a um cada vez maior cuidado na rotulagem destes produtos. As chamadas ‘marcas brancas’ deixaram de ser básicas e sinónimo de baixo preço e qualidade para se assumirem como apelativas ao consumidor, ganhando mercado e destronando marcas líderes. Deixaram de vestir as peles de coelho inofensivo para optarem pela pele de leão, algumas das quais ajudei a vestir, e se tornarem os players mais fortes no mercado.
No meio desta transformação, alguns produtores ficaram claramente para trás. Mantendo a sua pele básica e acreditando que a qualidade do seu produto seria suficiente para se manterem nos lineares, muitos perderam esta batalha.
É chegado o momento em que os responsáveis pelos produtos vistam também as suas peles de leão e avancem para a batalha e alguns já vão tarde demais.