Luís Vieira, Administrador da Goanvi
Central de enfarrafamento do Grupo Parras cresce 65% em 2013
A central de engarrafamento do Grupo Parras engarrafou 13,5 milhões de litros em 2013 e facturou 18 milhões de euros. Prepara agora a entrada em novos mercados para chegar aos 22 milhões de euros, em 2014
Rita Gonçalves
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Entrevista a Luís Vieira, Administrador da Goanvi
A central de engarrafamento do Grupo Parras engarrafou 13,5 milhões de litros em 2013 e facturou 18 milhões de euros. Prepara agora a entrada em novos mercados para chegar aos 22 milhões de euros, em 2014
Quantos produtores têm na vossa carteira de clientes actualmente?
Actualmente, temos cerca de 38 produtores que nos procuram para um serviço de confiança no que diz respeito ao engarrafamento e acondicionamento dos seus vinhos. Com o crescimento que temos tido nos últimos anos, cada vez mais produtores nos procuram e confiam os seus vinhos. Paralelamente, a este trabalho de prestação de serviços, também trabalhamos as nossas próprias marcas de vinhos. Além desta variante de prestação de serviços, temos também muitos clientes que nos procuram para produzir as suas próprias marcas de vinho, mesmo que não sejam produtores. Isto porque a Goanvi está inserida num grupo de empresas que engloba toda a fileira do vinho, incluindo a própria produção vinícola, e conseguimos prestar um serviço integrado, um produto “chave na mão”.
Qual o volume de vinho engarrafado por ano? Qual a evolução desde 2006, data da fundação, até hoje?
Fechámos 2013 com 13,5 milhões de litros engarrafados, o que corresponde a cerca de 19 milhões de garrafas, de vários volumes e formatos. Foi um ano em que crescemos bastante face a 2012, quando engarrafámos 8,5 milhões de litros (10 milhões de garrafas). Olhando para trás, para o nosso primeiro ano de actividade, ficamos bastante orgulhosos com o nosso crescimento: nesse ano, engarrafámos somente 2,2 milhões de litros.
A que se deve esta performance?
Sem dúvida, que é uma máquina que está a andar a todo o vapor… crescemos cerca de 65% em 2013. Este crescimento deve-se em grande parte ao investimento bastante significativo que fizemos e de muito trabalho por parte da nossa equipa. Estamos permanentemente a tentar melhorar os serviços e capacidade de trabalho: em 2013, apostámos na modernização e aumento do rendimento das nossas linhas de enchimento, fizemos obras de ampliação da capacidade de armazenamento da adega, implementámos um sistema de rastreabilidade, quer a montante, quer a jusante, entre outras.
O investimento está concluído?
Esse investimento vai continuar a ser reforçado em 2014, sempre com o objectivo de melhorar as condições de trabalho e produtividade. Este crescimento deve-se também à nossa adaptação aos requisitos impostos pelos mercados mais exigentes. A título de exemplo, a Goanvi acaba de receber duas certificações reconhecidas internacionalmente – a norma IFS Food (em vigor deste 2010) e a norma BRC Global Food Standard. O objectivo passa por garantir a qualidade e segurança alimentar dos produtos que comercializamos, reforçando a confiança dos clientes quanto aos produtos que estão a adquirir e, automaticamente, a protecção do consumidor final. Consideramos que a certificação da qualidade é uma opção estratégica essencial para a empresa, numa altura em que estamos com estes níveis de crescimento e apostados em expandir a nossa actividade para novos mercados internacionais. Este tipo de certificações acabam por nos trazer maior competitividade e permitem-nos entrar em novos mercados. Também reforçámos a nossa equipa, com pessoal qualificado e dedicado, a vários níveis: produção, enologia, comercial, entre outros. Acredito que é este tipo de investimentos que fazem com que cada vez mais sejamos reconhecidos e procurados no sector, e que nos permitem desempenhar o trabalho com a performance que desejamos.
Acredito também que para este crescimento contribui o facto de conseguirmos prestar um serviço integrado. Apoiamos os clientes em todas as componentes (produção, enologia, apoio administrativo, comercial, marketing, expedição). Acabam por olhar para nós como parceiros de negócio. E este tipo de serviço, que acaba por ser diferenciador, contribui claramente para a fidelização dos clientes.
Qual o volume de negócios em 2013, qual a evolução face a 2012, e qual a facturação esperada em 2014?
O passado ano foi um ano muito compensador. A facturação ultrapassou a fasquia dos 18 milhões de euros, face aos 11,5 milhões facturados em 2012. Com os investimentos que temos feito e com a aposta na melhoria continua e na penetração de novos mercados, esperamos chegar aos 22 milhões de euros em 2014.
Qual o modelo de negócio internacional? Engarrafam vinho com a vossa marca para exportar?
Sim, uma grande componente da nossa actividade é a produção das nossas próprias marcas de vinho, e aí somos bastante fortes e competitivos devido ao grupo de empresas onde a Goanvi se insere. Temos marcas nossas muito presentes em vários países, em diversos continentes, e esperamos este ano aumentar a nossa distribuição em mais mercados.
Qual o TOP 5 dos países com mais peso no vosso volume de vendas?
Sem dúvida que o país com mais peso nas vendas, neste momento, é Angola. Seguem-se países com volumes muito interessantes como o Reino Unido, Polónia, Alemanha e Cabo Verde.
Quais os novos mercados internacionais onde têm os olhos postos? Porquê?
Actualmente, estamos a tentar conquistar o mercado da Rússia, onde ainda não estamos presentes, e que tem um potencial enorme. Apesar de já estarmos presentes nos Estados Unidos, queremos expandir a nossa presença em mais estados e aumentar a nossa referenciação. É um país com imenso potencial enorme e com mais de 300 milhões de habitantes e é um grande objectivo consolidar a nossa presença.
Qual o objectivo para a exportação em 2014?
Os mercados externos pesam actualmente cerca de 75% na nossa facturação. É um objectivo para este ano continuar com um rácio de exportação acima dos 2/3. Para isto, esperamos consolidar a nossa presença nos mercados onde já estamos, com mais volume de vendas e introdução de mais referências. Queremos também, como já referi, conquistar novos mercados, e reforçar a nossa presença em várias cadeias da Distribuição Moderna internacional. É um canal muito exigente em volumes mas principalmente em questões relacionadas com a qualidade, mas a Goanvi tem a capacidade necessária para responder a estes requisitos.