Portugal pode ser “auto suficiente” na produção de cereais
Portugal reúne condições para se tornar “auto suficiente” na produção de determinados cereais, oleaginosas e proteaginosas, revela um estudo de uma associação agrícola
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Rita Gonçalves
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Portugal reúne condições para se tornar “auto suficiente” na produção de determinados cereais, oleaginosas e proteaginosas, combatendo as importações que dominam o mercado, revela um estudo divulgado em Elvas, Alentejo, por uma associação agrícola.
“Acreditamos piamente que esse caminho é possível, assim queira o Estado, os produtores e a indústria”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Produtores de Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas (ANPOC), Bernardo Albino.
O estudo não abrange determinados cereais, como o milho, o sorgo e o arroz, dedicando-se a investigação ao mercado dos trigos (mole e duro), aveia, triticale, centeio, cevada, girassol, soja, feijão, fava e ervilha.
“Dentro destes produtos que organizámos por fileiras, estudámos de que forma a produção agrícola nacional poderia gerar mais rendimento para os agricultores e organizações de produtores. Estamos a falar de importações no sector num valor superior de mil milhões de euros por ano”.
O dirigente agrícola observou que o estudo revela, ainda, que Portugal “não é muito competitivo” na produção de produtos agrícolas indiferenciados, defendendo que o País tem de apostar na “qualidade”.
“Nós não temos capacidade para ser auto suficientes em várias áreas, mas nos produtos de menor valor acrescentado temos imenso espaço para crescer, como é o caso da cevada dística, trigo duro, trigo mole, grão, fava, entre outros”.
Para combater as importações, Bernardo Albino defendeu uma “maior concentração” da produção, cabendo às organizações de produtores o trabalho de concentrarem a produção e gerar uma “maior homogeneidade” do produto ano após ano.
Do lado da indústria, segundo o dirigente da ANPOC, o estudo sugere que o sector deverá “trabalhar mais” com a produção, no sentido de a “conhecer melhor” para identificar o caminho que deverá ser seguido.
“Tem de haver mais contacto da produção com a indústria, isto de forma reciproca”, aconselha.
Com Lusa