Pingo Doce pensa exportar clinicas Walk`in
Em Portugal, as quatro clínicas do projecto Walk`in estão situadas em três lojas Pingo Doce e no Fórum Sintra

Rita Gonçalves
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As clínicas da família Soares dos Santos, proprietária do Pingo Doce, realizaram 2.000 consultas desde Julho, a um máximo de 34 euros cada, contando agora com acordos com as principais seguradoras na área da saúde, revelou o administrador.
Em entrevista à agência Lusa, José Mendes Ribeiro revelou que a família Soares dos Santos, proprietária do grupo Jerónimo Martins, investiu entre quatro a cinco milhões de euros neste projecto de saúde.
As quatro clínicas do projecto Walk`in– que poderão ultrapassar as 40 nos próximos três anos – estão situadas em três lojas Pingo Doce (Telheiras, Aveiro e Santa Maria da Feira) e no Fórum Sintra e pretendem distinguir-se pela “facilidade no acesso” e “preços mais baixos”.
Para atingir o primeiro objectivo, as lojas estão abertas entre as 10:00 e as 22:00, período durante o qual é possível obter consultas sem marcação prévia de clínica geral, pedologia, saúde oral, nutrição, quitados de enfermagem e análises clínicas.
A consulta mais cara (clínica geral) custa 34 euros, e desde esta semana que estão em vigor acordos com as principais seguradoras na área da saúde: AdvanceCare, Médis e Multicare.
Para o administrador executivo, José Mendes Ribeiro, a procura tem correspondido às expectativas e, se assim prosseguir, poderá concretizar-se a intenção de uma expansão nacional com mais 30 ou 40 clínicas nos próximos três a quatro anos e também fora do País, nomeadamente Polónia, onde o grupo económico tem investido.
Para assegurar estas quatro clínicas foram contratados 120 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, pedologistas, nutricionistas, entre outros.
“São profissionais novos, com vontade de abraçar um novo desafio”, disse José Mendes Ribeiro que se surpreendeu com a elevada procura da área da podologia.
José Mendes Ribeiro garante que o objectivo do projecto não é competir com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), nem tão pouco com os grupos privados de saúde, mas sim ir buscar clientes aos consultórios privados, proporcionando-lhes consultas “mais baratas” e “sem espera”.
A crise que atinge alguns estabelecimentos de saúde privados não assusta José Mendes Ribeiro, que recorda que esta se deve, em parte, à diminuição da procura, por dificuldades financeiras dos utentes, e à diminuição do preço pago pelo Estado aos serviços prestados no âmbito dos convencionados.
“O nosso serviço não está vocacionado para convencionar com o SNS”, garantiu.
Questionado sobre as razões do investimento da família Soares dos Santos na área da saúde, José Mendes Ribeiro disse que esta é uma forma deste “retribuir à sociedade o que a sociedade lhe deu”.
“A saúde é um tema a longo prazo, que interessa a todas as pessoas, e esta é uma oportunidade de oferecer serviços a mais baixo preço”, adiantou.
A família “não tem pressa nos lucros”, disse o administrador executivo da Walk`in, que classifica o investimento como “auto-sustentável a longo prazo”.