iPhone 5 chegou a Portugal. Um evolução que revoluciona?, por Francisco Jerónimo (IDC)
Francisco Jerónimo, Research Manager European Mobile Devices da IDC, prevê que a nova versão do iPhone vai ser um sucesso em Portugal. Saiba porquê

Rita Gonçalves
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Por Francisco Jerónimo, Research Manager European Mobile Devices da IDC
A Apple lançou a mais recente versão do seu popular telefone, o iPhone 5. O smartphone que revolucionou o mercado das telecomunicações em 2007 vai já na sua quinta edição.
A Apple tem apostado no lançamento de apenas um telefone por ano, ao contrário dos restantes fabricantes com vários produtos em várias gamas de preços. Assim, cada novo telefone é recebido pelos consumidores como edições exclusivas, à semelhança do que acontece com produtos de luxo. A aposta no desenvolvimento de uma experiência única de utilização tem sido a chave do sucesso, por contraste com as estratégias de outros fabricantes, onde a diferenciação é feita no número de novas características técnicas.
A Apple aposta em melhorar cada característica do telefone até à perfeição, o que atrai os utilizadores pela simplicidade da utilização. Desta forma, a empresa californiana acabou com dois mitos da indústria: primeiro, o preço não é um entrave ao crescimento das vendas; e, segundo, ao nível da estratégia de vendas, o preço não é negociável.
Em 2007, qualquer estudo de mercado a nível mundial mostrava que o segmento de consumidores disponíveis a pagar $599 por um telefone era demasiado pequeno para atrair os fabricantes de telemóveis a desenvolverem produtos para o segmento alto. A Apple conseguiu provar o contrário e surpreender toda a indústria de telecomunicações móveis com o sucesso de vendas do iPhone. A surpresa foi tal que a maioria dos fabricantes demoraram demasiado tempo a reagir e daí alguns deles enfrentarem actualmente sérios problemas de sobrevivência (Nokia, Motorola, Research in Motion – fabricante dos telefones BlackBerry -, e Sony Ericsson – entretanto adquirida pela Sony).
Experiência de utilização única
Neste contexto, é fácil perceber a razão pela qual o iPhone 5 continuará a ser um sucesso de vendas. Mesmo em Portugal, um mercado onde a baixa gama é dominante, fruto da situação económica, menor poder de compra dos consumidores e menor subsidiação por parte dos operadores, a IDC estima que a Apple venda, no quarto trimestre deste ano, cerca de 60 mil unidades de iPhones. Isto corresponderá a um crescimento de 18% face ao período homólogo, permitindo ao sistema operativo da Apple, o iOS, conquistar a segunda posição no ranking dos sistemas operativos de smartphones, com 13% das vendas nacionais de smartphones estimadas para o trimestre.
Esta receptividade é justificada pelas alterações introduzidas na nova versão, nomeadamente um ecrã maior e a conectividade 4G, fortes argumentos para os actuais utilizadores fazerem o upgrade. O novo iPhone 5 não constitui em si uma revolução, tal como não constituiu qualquer outra versão seguinte ao primeiro iPhone. Qualquer característica de hardware do telefone está há muito disponível noutros telefones. A principal inovação da Apple continua a ser feita ao nível do utilizador: transformando tecnologias complexas na mais simples das experiências.