Coca-Cola desvenda estratégia do novo Nestea sem teína
A estratégia do primeiro iced-tea desteínado do mercado português, pela voz de Inês Simas, Public Affairs & Communication Manager da Coca-Cola

Rita Gonçalves
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A estratégia do primeiro iced-tea desteínado do mercado português pela voz de Inês Simas, Public Affairs & Communication Manager da Coca-Cola
Como surgiu a ideia de lançar o novo ice tea sem teína em Portugal?
A ideia surge, como habitualmente, da observação e análise do comportamento e necessidades dos consumidores. Em Portugal, existe um consumo elevado de iced-teas com grande parte deste consumo a ser feito ao jantar e por crianças.
Estas são mais sensíveis a consumirem bebidas com algum tipo de estimulante, como a cafeína ou teína, nesses momentos mais tardios do dia. Justamente para não comprometer o seu descanso, lançámos o primeiro iced-tea do mercado sem teína.
Onde se inspiraram? Onde nasceu o produto?
A nossa inspiração surge exactamente no perfil e nas necessidades dos consumidores portugueses. Temos como grande objectivo ao nível de portefólio de bebidas na The Coca-Cola Company que este se adeqúe às necessidades e gostos do maior número de consumidores, tendo sempre em conta as especificidades do nosso mercado.
Neste caso em específico, introduzimos um produto que já existia noutros mercados europeus. Testámos a fórmula com boa aceitação junto dos consumidores portugueses, pelo que decidimos adicionar esta nova opção ao nosso variado leque de bebidas.
Que lacunas veio preencher no mercado nacional?
Este é o primeiro e único iced-tea desteínado no mercado português. É uma bebida pioneira e única, com menos 95% de teína.
Identificámos essa preocupação da parte do consumidor, em especial das mães portuguesas, e dessa forma adicionamos ao nosso portefólio mais uma bebida refrescante com essas características, como é o Caso de Coca-Cola sem Cafeína e Coca-Cola Zero sem Cafeína.
Basearam o lançamento em estudos de mercado? Quais as principais conclusões?
Segundo estudos que realizámos, a média de consumo de iced-teas pelas famílias portuguesas é de 4 Litros/dia, o que representa uma ingestão de cafeína/teína considerável. A título de exemplo, o Nestea Limão tem 35mg de cafeína por litro, sendo até das marcas no mercado com menor teor de teína.
Para um jovem ou adulto, são valores baixos quando comparados com, por exemplo, um café. Para se ter uma ideia é necessário ingerir quase 2 litros para atingir os cerca de 66,5mg de cafeína, em média, que pode ter uma chávena de café expresso.
No entanto, constatamos que os maiores consumidores de iced-tea são as crianças e por essa razão optamos por adicionar à nossa oferta de bebidas esta solução, em linha com o que os especialistas defendem sobre o consumo de cafeína pelas crianças. Geralmente, o consumo de bebidas/alimentos com cafeína é desaconselhado antes dos 4-6 anos de idade. A partir desta idade, as recomendações vão no sentido de não se ultrapassar os 2,5mg de cafeína por kg de peso corporal – o que significa entre 45 e 85 mg/dia até à adolescência.
Quem é o público-alvo do novo produto?
Todos os actuais consumidores de iced-tea e todos os que não o consomem por intolerância à teína.
Qual a estratégia delineada para o novo produto?
O nosso primeiro objectivo é gerar experimentação, por isso, apostamos num preço especial de lançamento e acções de oferta de produto na compra de packs de outros produtos dirigidos ao mesmo perfil de consumidores.
Que balanço faz da actividade da marca no mercado nacional nos primeiros seis meses?
Os primeiros seis meses do ano foram bastante desafiantes para toda a categoria das bebidas refrescantes.
A aliar às dificuldades financeiras que as famílias atravessam, o aumento do IVA na restauração e na categoria de bebidas refrescantes colocou desafios a todas as marcas, aos quais ainda nos estamos a adaptar.
Quais as expectativas até ao final do ano?
Sabemos dos desafios e temos expectativas de conquistar mais relevância na categoria dos iced-teas. No entanto, não poderei especificar números como é regra na Coca-Cola Company.
De que forma a recessão no consumo tem afectado a performance da marca nos mercados nacional e internacional?
A Nestea vê, naturalmente, afectada a performance no mercado em linha com outras marcas da categoria de iced-teas. A nível internacional, a marca mantém uma dinâmica de crescimento acentuado em mercados-chave, sendo a bebida líder da categoria de iced-teas em muitos mercados como, por exemplo, em Espanha.