DFJ investe meio milhão de euros para reforçar produção
O objectivo é dar uma resposta mais rápida às encomendas dos mercados externos, a DFJ exporta 92% da produção, e começar a trabalhar com afinco o mercado português

Rita Gonçalves
Quinta da Lagoalva lança colheita de 2024 de brancos e rosé
Agricultura perde mais de 16 mil trabalhadores num ano e enfrenta desafios estruturais no recrutamento
InPost nomeia Luis Florit como diretor comercial para a Península Ibérica
Continente e Pingo Doce lideram ranking das marcas mais relevantes para os consumidores
DHL Supply Chain adquire IDS Fulfillment e reforça oferta para PME no setor de e-commerce
Pingo Doce regressa à Festa do Livro de Loures
ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova
Love Butternut apoia e-book sobre abóbora da Associação Portuguesa de Nutrição
Continente promove “O Melhor de Portugal” em feira dedicada à produção nacional
Red Bull lança edição limitada com sabor a pêssego
A DFJ Vinhos investiu cerca de meio milhão de euros para aumentar a capacidade de produção na central de engarrafamento e expedição que detém na Quinta da Fonte Bela, em Vila Chã de Ourique.
“A linha de engarrafamento tinha capacidade para encher 3.500 garrafas por hora e agora chega às 7 mil”, explica em entrevista ao Hipersuper o Engº. José Neiva Correia, enólogo e administrador da DFJ Vinhos.
O objectivo é dar uma resposta mais rápida às encomendas dos mercados externos, a DFJ exporta 92% da produção, e começar a trabalhar com afinco o mercado português que comprou no ano passado apenas 8% da produção da empresa. “Além dos ganhos de competitividade, através das economias de escala que permitem maiores produções”.
Esta aventura no mercado nacional não têm sido fácil, confessa Neiva Correia, sobretudo as negociações para entrar nas grandes cadeias de supermercados, mas a estratégia está delineada e a dar os primeiros passos. “Estamos a estabelecer várias parcerias com distribuidoras nas principais zonas geográficas do país para aumentar a distribuição nos supermercados. Mas, não tem sido fácil na medida em que a maior parte das distribuidoras em Portugal estão numa situação financeira difícil e dão muito poucas garantias”.
A gama de vinhos, concebida à medida do gosto dos consumidores nacionais, também está praticamente definida: na entrada de gama, os néctares Portada e Coreto, na linha média as marcas Alta Corte e Paxis, e na gama premium os néctares bivarietais sob a designação DFJ, além dos Grand’Arte e Quinta do Rossio, entre brancos, tintos e rosés.
A DFJ dedica-se apenas ao engarrafamento do vinho. A matéria-prima é adquirida a produtores desde o Alentejo até ao Douro. Mas também adquire a uva à empresa que o próprio Engº. José Neiva Correia detém com alguns dos seus irmãos, que explora uma área de 200 ha de vinha em Alenquer e Torres Vedras.
Presente em 43 países, o reforço da capacidade de produção serve também para servir alguns dos mercados internacionais onde cresce a olhos vistos, como Inglaterra, Polónia e Noruega, também os países onde vende mais quantidade. Juntos, representam 50% das vendas.
O plano de expansão internacional ditou mais recentemente a entrada na Austrália, Nova Zelândia, Ilhas Maurícias e Dubai. E a China? “Na China, há mais ameaças que oportunidades. São já o 5º. maior produtor mundial de vinho e crescem 20% ao ano, e sabemos os preços que praticam! 99% dos vinhos chineses é consumido na China por ocidentais”.
A DFJ definiu um crescimento de 20% para 2012. “Até agora, estamos em linha com os objectivos mas vamos aguardar como se desenrola o resto do ano”.