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Lusa
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“Tendo em conta que a seca já vai no terceiro mês, podemos considerar que o pedido é tardio”, disse o dirigente da Confederação Nacional da Agricultura, João Dinis.
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse na Quarta-feira que o Governo português já enviou “uma carta” para Bruxelas por causa da seca e dos seus efeitos na agricultura e a pedir para que sejam “accionadas” medidas.
Em declarações à Lusa, João Dinis criticou também a “enorme falta de imaginação da senhora ministra”, que “não consegue ir além da rotina” da antecipação das ajudas aos agricultores.
“Com todos os processos burocráticos, as ajudas de 2012 não chegam antes de Outubro. E até lá como é que é?” – questionou o dirigente da CNA, acrescentando que ainda faltam pagar 20% (cerca de 100 mil euros) das ajudas respeitantes a 2011.
A reposição da ajuda à electricidade verde, o aumento do benefício fiscal ao gasóleo agrícola e uma indemnização a fundo perdido por prejuízos irreparáveis são algumas das medidas que João Dinis considera que deviam ser tomadas pelo Governo.
O dirigente da CNA defende também que deve ser dada uma ajuda especial à alimentação animal e uma isenção temporária, “à semelhança do que já foi feito”, das contribuições mensais dos agricultores à Segurança Social.
Afirmando que esta seca é “muito idêntica senão pior do que a de 2005”, João Dinis frisou que tem a agravante de a electricidade, os combustíveis e as rações estarem “muito mais caras”.
“Em 2005 existiam ajudas que já não existem. É tudo pior”, concluiu.
Por seu lado, o ambientalista João Camargo, da Liga para a Protecção da Natureza, garantiu que acção era já “imperativa”.
Numa situação que era de seca extrema, o pedido de seca “é tardio” e deviam ter sido tomadas as “medidas adequadas” face aos problemas que a seca impõe na agricultura e no ambiente.
Quando continua sem chover, o ambientalista referiu à Lusa que as medidas têm de ser tomadas para “salvar o que ainda não está totalmente destruído”.
Para o ambientalista, a “seca em tempo de Inverno” é uma “demonstração clara das alterações climáticas” e da necessidade de alterar as culturas agrícolas no país “à nova realidade” e que “actualmente são insustentáveis”.