Bruxelas quer reduzir desperdício de alimentos na UE até 2025
Os objectivos são ambiciosos, mas a intenção do Parlamento Europeu é de salutar. Assim, a pretensão é chegar a 2025 com metafe do desperdício da comida.

Hipersuper
Bolachas em transformação: inovação, saúde e sustentabilidade marcam o ritmo do mercado
Montiqueijo assinala a Páscoa com edição especial
Bellissimo Cafés lança desafio ‘Arte do Café’ a alunos de Belas Artes
Renova patrocina as XLIII Olimpíadas Portuguesas de Matemática 2024-2025
Identidade de marca do Azeite Extra Virgem Biológico Redor do Porco valoriza a autenticidade, a tradição e a sofisticação
Associação sem fins lucrativos? A E-goi dá-te um plano 100% gratuito (com IA e automação de marketing)
Asia Fruit Logistica regressa a Hong Kong em setembro com novas oportunidades de networking
Restaurante do Pingo Doce no Alegro Sintra é o primeiro com pagamento assistido por IA
MC lança nova ação de sensibilização para o bem-estar e saúde mental com música de Marisa Liz
Super Bock é a única marca portuguesa distinguida no ranking global WARC Effective 100
O Parlamento Europeu vai votar uma informação da Comissão Europeia sobre medidas urgentes para reduzir o desperdício da comida para metade em 2025.
Os eurodeputados propõem, por exemplo, esclarecer a diferença entre as datas de expiração e de consumo preferencial para evitar o desperdício de alimentos em boas condições, entre outras propostas, como a diversificação do tamanho do acondicionamento e a educação sobre alimentação.
Segundo dados da Comissão Europeia (CE), os resíduos alimentares nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) ultrapassam 89 milhões de toneladas por ano, ou seja, 179 quilos por habitantes. Em 2020, os mesmos podem vir a alcançar 126 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 40%, caso não se tomem medidas preventivas.
Os deputados do Parlamento Europeu (PE) manifestam a sua preocupação pelo facto de todos os dias gerar-se lixo com uma quantidade considerável de alimentos em perfeito estado, pelo que solicitam a Bruxelas que sejam tomadas medidas práticas para reduzir em 50% estes valores até 2025.
O documento da CE sugere ainda o estabelecimento de objectivos específicos de prevenção dos resíduos alimentares para os Estados-Membros. Os deputados defendem que todos os países da UE devem permitir que os comerciantes baixem o preço dos alimentos frescos para um nível inferior ao custo da produção quando próximos do prazo para venda de forma a diminuir a quantidade dos não comercializados.
Cerca de 18% dos consumidores europeus não compreendem a expressão “consumir de preferência antes de”, sendo urgente aclarar o sentido das indicações de prazo nos alimentos de forma a reduzir “a incerteza sobre a comestibilidade dos produtos e facilitar ao público uma informação correcta”.
Os deputados propõem implementar cursos de educação sobre alimentos em todos os níveis de ensino, incluído o secundário e solicita ao Conselho e à Comissão que proclamem 2013 como Ano Europeu contra o Desperdício de Alimentos”, o que seria um importante instrumento de informação e promoção para sensibilizar os cidadãos europeus e chamar a atenção dos Governos nacionais para o tema em questão.
O parlamento levou também a debate uma informação sobre a redução dos custos de fornecimento dos produtos agrícolas, apresentada pelo deputado francês José Bové, que propõe opções estratégicas para ajudar os agricultores a reduzir os mesmos.
O texto alerta para “o aumento dos custos de produção e as dificuldades que podem vir a ter um impacto ao longo da cadeia de distribuição e colocar em risco, a curto prazo, a sobrevivência de algumas empresas e provocar a destruição do sector produtivo em vários Estados-membros e, desta forma, agravar o problema da balança comercial em termos de importação e dependência da volatilidade dos mercados exteriores”.
O PE pede à CE e aos países membros que melhorem a transparência dos preços dos factores de produção agrícola e assegurem a aplicação das normas de concorrência e o seu cumprimento em toda a cadeia do mercado de alimentos.
Segundo dados do Eurostat, os custos dos factores para os agricultores da UE aumentaram, em média, quase 40% entre 2000 e 2010, enquanto os valores da produção subiram menos de 25%.