Resultados da Sumol+Compal em baixa no semestre
Com os resultados do semestre a indicarem perdas, a Sumol+Compal admite que um agravamento da taxa de IVA “terá um impacto muito negativo na competitividade da indústria de bebidas em Portugal”.
Victor Jorge
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O volume de negócios do grupo Sumol+Compal no primeiro semestre de 2011 registou uma quebra de 2,2% face a igual período de 2010, alcançando os 160,2 milhões de euros. As vendas totalizaram 152,7 milhões de euros, tendo em Portugal alcançado 118,1 milhões de euros, reflectindo um decréscimo de 4,6% face aos primeiros seis meses do exercício transacto.
Já a nível internacional, as vendas tiveram uma evolução positiva, beneficiando do dinamismo dos mercados estratégicos da Sumol+Compal, crescendo 19,8% para 34,6 milhões de euros.
Em volume, por sua vez, as vendas da companhia que detém marcas como a Sumol, Compal, B, Serra da Estrela, Um Bongo, Frize ou Tagus, decresceram em 2%, alcançando 207,3 milhões de litros, com os refrigerantes a crescerem 9,7% e as bebidas nutricionais a regredirem 5,8%. As águas evoluíram positivamente em 2,6% tendo as cervejas apresentado uma evolução negativa de 13,7%.
Nos mercados internacionais verificou-se, em volume, um crescimento positivo de 21,5%, atingindo-se 53,4 milhões de litros, com a empresa a salientar que “as vendas para todos os espaços geográficos para onde exportamos aumentaram significativamente”.
A margem bruta decresceu 6,1% para 87 milhões de euros, correspondendo a 54,3% do volume de negócios, tendo a Sumol+Compal apresentado, no ano completo de 2010, uma margem bruta de 56,1%.
Com uma capacidade reduzida de subida dos preços, fruto de uma procura pouco dinâmica e de um ambiente competitivo bastante agressivo, o preço médio de venda global manteve-se praticamente estável, refere a empresa em comunicado.
Ao nível da aquisição de algumas matérias-primas e outros materiais, o grupo admite que se tem vindo a assistir, em 2011, “a subidas expressivas de preços, que contribuíram para uma descida de margem”.
A empresa informa ainda que o cash flow operacional (EBITDA) atingiu 22 milhões de euros, um decréscimo de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com os resultados financeiros a serem de 9,8 milhões de euros negativos contra 9,4 milhões de euros negativos no período homólogo do ano anterior, influenciados pelas subidas das taxas de juro e dos spreads associados aos financiamentos.
Informando que “está em curso a implementação do primeiro plano estratégico de médio prazo (2010-2012)”, plano esse que norteia os objectivos de desenvolvimento de negócio, com vista à melhoria da rendibilidade das operações e a uma criação de valor que remunere de forma adequada os accionistas e cumpra as expectativas dos restantes stakeholders, a companhia indica que, “dadas as alterações de contexto que se têm vindo a assistir em Portugal e no mundo, existe uma elevada probabilidade de se efectuar uma reformulação relevante desse mesmo plano”.
Relativamente aos mercados de bebidas de alta rotação em que a Sumol+Compal opera deverão, neste exercício, em Portugal, apresentar evoluções menos favoráveis do que as evidenciadas em períodos recentes, muito influenciadas por um ambiente económico geral negativo.
Neste contexto, a Sumol+Compal perspectiva uma “continuada pressão sobre a evolução dos preços de venda”, além de destacar a “particular preocupação” com a possibilidade de alteração do enquadramento fiscal aplicado ao sector das bebidas, em sede de IVA. Assim, e caso se verifique um agravamento, “haverá certamente um impacto muito negativo na competitividade da indústria de bebidas em Portugal”.
Nos mercados internacionais, contudo, a Sumol+Compal deverá manter um “elevado ritmo de crescimento, beneficiando de enquadramentos positivos e do reforço da aposta estratégica nestes mercados”.