Lucros da Carlsberg caem no trimestre
A cervejeira dinamarquesa viu os lucros descerem no final do segundo trimestre de 2011. A principal razão reside nos mercados da Europa de Leste. Em contraponto, a Ásia cresce a duplo dígito.
Victor Jorge
Imigrantes são essenciais para 83% das empresas agrícolas do sudoeste alentejano
Electrão recolheu quase 500 toneladas de eletrodomésticos porta a porta em 2024
Starbucks abre nova loja em Braga
Auchan lança 2.ª Edição do Prémio de Inovação Alimentar
ID Logistics aposta em soluções de IA que otimizam as operações
Ricardo Valente é o novo diretor-geral da Savills Porto
Pingo Doce cria serviço de encomendas online de peixe selvagem e marisco
2024 foi o melhor ano de sempre em vendas nas lojas dos centros comerciais
Programa do Grupo Jerónimo Martins destacado pelo Fórum Económico Mundial
Manuel Magalhães é o novo Head of Development & Living da Cushman & Wakefield
A dinamarquesa Carlsberg registou uma diminuição de 22% nos lucros no segundo trimestre de 2011, totalizando 2,236 mil milhões de coroas dinamarquesas [cerca de 300 milhões de euros] face às 2,876 mil milhões de coroas [cerca de 386 milhões de euros] obtidas em igual período de 2010.
Já em relação às vendas, a companhia, que detém 44% do capital da portuguesa Unicer, viu os números aumentarem de 17,974 para 18,740 mil milhões de coroas dinamarquesas [cerca de 2,5 mil milhões de euros], representando uma subida de 4% face período entre Abril e Junho de 2010.
Já a nível semestral, as contas apresentadas pela Carlsberg dão conta de uma descida nos lucros, passando de 3,390 para 2,497 mil milhões de coroas, enquanto as vendas aumentaram, passando de 28,947 para 31,268 mil milhões de coroas dinamarquesas.
Em termos de volume, a companhia dinamarquesa vendeu 41,1 milhões de hectolitros no segundo trimestre de 2011 contra os 40,4 milhões de hectolitros em período homólogo, sendo que no semestre essa diferença foi de 68,5 milhões de hectolitros em 2011 para 66,1 milhões de hectolitros nos primeiros seis meses de 2010.
Por regiões, destaque para os resultados obtidos na Ásia, onde a cervejeira conseguiu aumentar as vendas em volume em 18% no trimestre (passando de 4,9 para 5,8 milhões de hectolitros) e 17% no semestre (10,4 milhões de hectolitros em vez de 8,9 milhões de hectolitros).
Já em valor, a Carlsberg cresceu 13% no trimestre (de 1,492 para 1,688 mil milhões de coroas dinamarquesas) e 21% nos primeiros seis meses de 2011 (totalizando 3,298 mil milhões de coroas dinamarquesas, em vez de 2,726 mil milhões de período homólogo).
A Europa do Norte e Ocidental foi outra das regiões que demonstrou comportamentos positivos, tendo crescido em valor e volume. No trimestre, a Carlsberg viu as vendas aumentarem 2% em volume e 6% em valor, enquanto no semestre a companhia só cresceu em valor, mantendo-se estagnada no volume.
A pior performance foi obtido na Europa do Leste, muito devido ao comportamento do mercado russo em volume, embora em valor tenha crescido. Assim, as contas demonstram um decréscimo de 6 e 2% no trimestre e semestre, respectivamente, enquanto, em valor, os crescimentos foram de 5 e 12%, respectivamente.
Face a estes resultados, Jørgen Buhl Rasmussen, CEO da Carlsberg, refere, em comunicado, que “a performance da Rússia no segundo trimestre ficou abaixo das expectativas e reflectiu-se no resultado global da companhia”. O responsável máximo pela companhia dinamarquesa admite ainda que “a recuperação da categoria de cerveja está a demorar mais que o esperado, à medida que os consumidores russos se adaptam ao excepcional aumento de preços nos últimos 18 meses [cerca de 18% mais]”.
Assim, a companhia fez uma revisão às previsões apontadas para este ano de 2011, levando Rasmussen a admitir uma redução nos mercados da Europa do Norte e Ocidental, bem como na Europa do Leste. Já na Ásia, a performance dos mercados deverá levar a companhia a manter o crescimento evidenciado até agora.