Lucros da Carlsberg caem no trimestre
A cervejeira dinamarquesa viu os lucros descerem no final do segundo trimestre de 2011. A principal razão reside nos mercados da Europa de Leste. Em contraponto, a Ásia cresce a duplo dígito.

Victor Jorge
Casaleiro com nova imagem e novas referências
Mars vai investir 27 milhões de dólares para reduzir emissões em explorações agrícolas
Sophos e Pax8 anunciam parceria para simplificar a gestão da segurança
Wells abre nova loja em Aveiro
Panattoni Iberia constrói parque logístico em Santarém
Corticeira Amorim promove novo programa de recolha seletiva e de reciclagem de rolhas de cortiça em Nova Iorque
MO reabre lojas em Esposende e Abrantes
Abertas as candidaturas ao PEL – Prémio de Excelência Logística 2025
Novo Mercadona em Santa Iria de Azóia abre no dia 20 de março
Missão Continente salva mais de 8 milhões de refeições em 2024
A dinamarquesa Carlsberg registou uma diminuição de 22% nos lucros no segundo trimestre de 2011, totalizando 2,236 mil milhões de coroas dinamarquesas [cerca de 300 milhões de euros] face às 2,876 mil milhões de coroas [cerca de 386 milhões de euros] obtidas em igual período de 2010.
Já em relação às vendas, a companhia, que detém 44% do capital da portuguesa Unicer, viu os números aumentarem de 17,974 para 18,740 mil milhões de coroas dinamarquesas [cerca de 2,5 mil milhões de euros], representando uma subida de 4% face período entre Abril e Junho de 2010.
Já a nível semestral, as contas apresentadas pela Carlsberg dão conta de uma descida nos lucros, passando de 3,390 para 2,497 mil milhões de coroas, enquanto as vendas aumentaram, passando de 28,947 para 31,268 mil milhões de coroas dinamarquesas.
Em termos de volume, a companhia dinamarquesa vendeu 41,1 milhões de hectolitros no segundo trimestre de 2011 contra os 40,4 milhões de hectolitros em período homólogo, sendo que no semestre essa diferença foi de 68,5 milhões de hectolitros em 2011 para 66,1 milhões de hectolitros nos primeiros seis meses de 2010.
Por regiões, destaque para os resultados obtidos na Ásia, onde a cervejeira conseguiu aumentar as vendas em volume em 18% no trimestre (passando de 4,9 para 5,8 milhões de hectolitros) e 17% no semestre (10,4 milhões de hectolitros em vez de 8,9 milhões de hectolitros).
Já em valor, a Carlsberg cresceu 13% no trimestre (de 1,492 para 1,688 mil milhões de coroas dinamarquesas) e 21% nos primeiros seis meses de 2011 (totalizando 3,298 mil milhões de coroas dinamarquesas, em vez de 2,726 mil milhões de período homólogo).
A Europa do Norte e Ocidental foi outra das regiões que demonstrou comportamentos positivos, tendo crescido em valor e volume. No trimestre, a Carlsberg viu as vendas aumentarem 2% em volume e 6% em valor, enquanto no semestre a companhia só cresceu em valor, mantendo-se estagnada no volume.
A pior performance foi obtido na Europa do Leste, muito devido ao comportamento do mercado russo em volume, embora em valor tenha crescido. Assim, as contas demonstram um decréscimo de 6 e 2% no trimestre e semestre, respectivamente, enquanto, em valor, os crescimentos foram de 5 e 12%, respectivamente.
Face a estes resultados, Jørgen Buhl Rasmussen, CEO da Carlsberg, refere, em comunicado, que “a performance da Rússia no segundo trimestre ficou abaixo das expectativas e reflectiu-se no resultado global da companhia”. O responsável máximo pela companhia dinamarquesa admite ainda que “a recuperação da categoria de cerveja está a demorar mais que o esperado, à medida que os consumidores russos se adaptam ao excepcional aumento de preços nos últimos 18 meses [cerca de 18% mais]”.
Assim, a companhia fez uma revisão às previsões apontadas para este ano de 2011, levando Rasmussen a admitir uma redução nos mercados da Europa do Norte e Ocidental, bem como na Europa do Leste. Já na Ásia, a performance dos mercados deverá levar a companhia a manter o crescimento evidenciado até agora.