Cosméticos do Ano: “Avaliação sensorial é feita nos lares”
A Tryp lançou em Espanha o Victorias de la Belleza, conceito que permite avaliar a satisfação dos consumidores com produtos de beleza e cosmética

Rita Gonçalves
Nestlé Portugal lança série dedicada à literacia alimentar
Casa Relvas aumenta o portfólio com três novos monocastas
CONFAGRI diz ser “incompreensível” a redução do apoio à horticultura
Snacking é uma forma de conexão segundo estudo de tendências da Mondelēz
HAVI implementa em Portugal um projeto-piloto de gestão de armazéns
Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social
Essência do Vinho regressa ao Porto com 4.000 vinhos de 400 produtores
Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024
Festival da Comida Continente de volta em julho
Embalagem e logística têm melhorado a eficiência operacional
A Tryp Network lançou em Espanha o Victorias de la Belleza, conceito que permite avaliar a satisfação do consumidor com produtos de beleza e cosmética. José Borralho, director da empresa, explica como.
H: Em que consiste o Victorias de la Belleza?
J.B.: Victorias de la Belleza é uma evolução natural do conceito metodológico “Sabor do Ano” adaptado para a cosmética e beleza. Aliás, todos os projectos oriundos da Monadia têm por base a avaliação da satisfação dos consumidores com os produtos.
Neste momento, estamos a finalizar a primeira edição do projecto e posso adiantar que recebeu o reconhecimento da grande maioria da indústria internacional e espanhola neste segmento.
Ainda não temos os primeiros vencedores, visto que vamos iniciar este mês as provas de avaliação dos produtos.
H: Como é feita a avaliação?
J.B.: A prova de análise sensorial (a designada “Prova Cega”) não é feita em laboratório, mas em casa dos consumidores. Ou seja, homens e mulheres, habituais consumidores de determinados produtos (cremes, champô, aparelhos de beleza e tudo o que tenha subjacente uma promessa de beleza) receberão os produto nos seus lares – se forem parte do target de consumo – sem saber qual a marca ou origem do mesmo, visto que a embalagem não revela a marca.
A partir daqui, seguem-se cerca de seis a oito semanas até obtermos a avaliação completa do consumidor que, no final, se pronunciará sobre a satisfação com o produto, tendo por base a promessa do mesmo. Uma vez mais serão os laboratórios de análise sensorial que terão por função acompanhar estes consumidores (60 por produto) e registar os níveis de satisfação. Apenas os melhores de cada categoria poderão ostentar essa distinção, que servirá como garantia ao consumidor no momento da sua escolha.
H: Onde é que os produtos vão estar à venda?
J.B.: O tipo de produtos que participam nas Victorias da Belleza pode estar à venda em qualquer canal de distribuição e inclusive em parafarmácias e farmácias ou até mesmo em centros de beleza, para as quais possuímos uma metodologia própria de avaliação, em particular no que respeita aos aparelhos e tratamentos. Os produtos serão reconhecidos através da utilização do Logo da Certificação “Victorias de la Belleza” nos produtos ou na comunicação que estes protagonizam.
H: Estimam trazer este projecto para Portugal?
J.B.: Portugal não é dos mercados mais desenvolvidos neste segmento. Temos consumidores muito exigentes, mas não temos uma indústria com tradição neste segmento. Vivemos muito das marcas multinacionais, que estão presentes directamente ou são importadas por dois ou três grandes importadores, o que pode limitar o sucesso deste tipo de projecto. Mas é algo que estamos tranquilamente a ponderar.