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Vendas da Pernod Ricard caem 3%
A Pernod Ricard registou uma quebra de 3% nas receitas no final do primeiro semestre do exercício 2009/2010 face a igual período de 2008/2009, totalizando 3,789 mil milhões de euros.
Victor Jorge
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A Pernod Ricard registou uma quebra de 3% nas receitas no final do primeiro semestre do exercício 2009/2010 (terminado a 31 de Dezembro de 2009) face a igual período de 2008/2009, totalizando 3,789 mil milhões de euros, contra os 4,2 mil milhões de período homólogo.
Quanto aos lucros líquidos totalizaram 604 milhões de euros, correspondendo a menos 11 milhões de euros, ou seja, 2%, igual período do exercício anterior.
O segundo maior distribuidor de bebidas alcoólicas do mundo, atrás da Diageo, refere em comunicado que esta situação se deveu, fundamentalmente, à conjuntura económica de crise e ambientes de mercado adversos. “O negócio continuou dinâmico nos mercados emergentes, particularmente na China e Índia, enquanto a França demonstrou alguma resiliência, mantendo-se o negócio difícil na Europa Ocidental e EUA”.
As 15 marcas estratégia do grupo francês caiu, globalmente, 5%, em volume, e 3%, em valor, “reflectindo as condições de mercado, bem como o efeito positivo do mix/preço”.
Estas 15 marcas estratégicas representaram 58% da totalidade das vendas da Pernod Ricard num primeiro semestre de 2009/2010, referindo o grupo que algumas continuaram a sua evolução em valor, incluindo Jameson (+7%), Absolut (+5%), Martell (+3%) e Ricard (+2%). Outras, contudo, mostraram comportamentos negativos, casos de Havana Club (-1%) e Beefeater (-2%). Já as marcas de Champagne Mumm e Perrier Jouët caíram 11 e 16%, respectivamente, reflectindo, segundo o distribuidor, “a tendência da categoria”.
Já as 30 marcas locais, que representaram 22% do total das receitas do grupo no período em análise, confirmaram a resiliência em tempos de crise, destacando a Pernod a performance das marcas de whisky na Índia.
Para o restante exercício, o distribuidor francês admite que o terceiro trimestre arrancou forte em comparação com os três meses homólogos, salientando que “a situação continua difícil na Europa Ocidental e França”, referindo que os EUA deverão manter-se estagnados.
Em contrapartida, a Pernod espera uma evolução positiva nos duty free, bem como em mercados como a Coreia do Sul e Europa do Leste, além dos restantes mercados emergentes.
Pierre Pringuet, CEO da Pernod, conclui no comunicado que “todos estes factores permitem-nos confirmar os nossos objectivos de crescimento orgânico de 1 a 3% no final do exercício”.