Um problema de amizades
Vasco d´Avillez, Presidente da ViniPortugal, está de saída após nove anos à frente da associação interprofissional que tem como objectivo a promoção dos vinhos, aguardentes e vinagres portugueses no […]
Victor Jorge
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Vasco d´Avillez, Presidente da ViniPortugal, está de saída após nove anos à frente da associação interprofissional que tem como objectivo a promoção dos vinhos, aguardentes e vinagres portugueses no mercado interno e em mercados internacionais definidos como alvo.
Só este facto não constituiria grande destaque noticioso, uma vez que os lugares não são vitalícios, sendo necessária uma renovação, qualquer que seja a estrutura pública ou privada, embora Avillez se tenha disponibilizado para mais um mandato de três anos.
O estranho neste facto é que Vasco d´Avillez não está de saída por causa do seu profissionalismo e dedicação à fileira do vinho, porque foi incompetente ou competente, um mau ou bom presidente, alguém que não lutou pelos interesses dos vinhos portugueses, tanto interna como externamente, mas simplesmente por causa da ligação estreita ao ministro da Agricultura, Jaime Silva, revela o próprio em recente entrevista recente ao Diário Económico (DE). Ou seja, sai forçado pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que, como diz o próprio, já tinha transmitido pela voz do seu presidente, João Machado, que “votaria contra uma lista por mim liderada por eu ser amigo do ministro da Agricultura, Jaime Silva”.
O DE avança com o nome de Francisco Borba, ligado ao PSD, para substituir Vasco d´Avillez, não se sabendo, por agora, o grau de amizades que este antigo secretário de Estado do Ministério da Agricultura do PSD nos anos 1980 possui dentro da esfera “ministeriável” deste ou de qualquer futuro Governo, ficando, no entanto, a ideia de que o pretendido é que a pessoa que ocupará o cargo terá de ser obrigatoriamente “inimigo” do ministro da pasta da agricultura.
Mas como é possível definir tal situação se, a pouco mais de quatro meses de eleições, não se sabe quem será o Governo que sairá da votação e muito menos quem será o eleito para liderar o Ministério da Agricultura? Será que, após o acto eleitoral, o Presidente da ViniPortugal estará sujeito ao nome que o futuro Primeiro-Ministro escolherá para liderar o Ministério da Agricultura para se manter à frente do cargo, ou será que o Primeiro-Ministro nomeará o futuro ministro com base nas amizades que este possui com este ou aquele Presidente de associação, federação ou confederação?