Novos presidentes, novas realidades?
Após alguns meses de confronto aberto em diversos meios de comunicação social, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e Centromarca têm, no primeiro caso, ou irão ter, no […]
Victor Jorge
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Após alguns meses de confronto aberto em diversos meios de comunicação social, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e Centromarca têm, no primeiro caso, ou irão ter, no segundo, novos presidentes, levando muitos players, quer de um lado, quer do outro, a questionar como é que as coisas irão correr daqui para a frente.
As trocas de galhardetes ao longo destes últimos meses foram agudizando as relações entre as duas associações com acusações mútuas, desde o confronto entre Marcas de Fabricante e Marcas da Distribuição, concentração na Distribuição Moderna Portuguesa, até afirmações como “a concentração na indústria é muito superior à do retalho” ou “quem é a Centromarca”, por parte do responsável da APED, e respectivas respostas da Centromarca, referindo que “os grupos de distribuição beneficiam de protecção por parte do Governo” ou “há uma pressão cada vez mais na relação distribuidor/produtos”.
Ora, a actual conjuntura económico-financeira não está fácil para ninguém e se é certo que, em muitos casos, é o consumidor que dita as regras, também é verdade que algumas vezes está sujeito a estratégias por parte do retalho que, de alguma maneira, condicionam o comportamento e hábitos desse mesmo consumidor.
Que o factor mais importante para o consumidor actual é o preço, ninguém tem dúvida, mas também é inquestionável que não existe distribuição sem marcas e que estas, por sua vez, não existem sem distribuição.
As Marcas da Distribuição vieram baralhar um pouco a forma de jogar no retalho em Portugal, ou melhor, no mundo, e se os consumidores actuais querem qualidade ao preço mais baixo possível, também é verdade que muitos foram os produtores que procuraram a distribuição para produzir as marcas destes, lembrando-me de uma frase recente do presidente da FIPA, Jorge Henriques: “A questão da marca da distribuição foi uma escolha da distribuição em primeiro lugar e depois dos industriais que decidiram produzir e que aceitaram as condições e contratos que são negociados entre as partes”.
Naturalmente que o cenário da distribuição moderna em Portugal se alterou significativamente desde 2007, colocando menos players no mercado e, assim, uma maior força negocial do lado da distribuição, constituindo esse poder precisamente a maior crítica por parte da produção.
Na votação online do www.backoffice.hipersuper.pt colocámos a questão de como deveria ser o sucessor de Duarte Raposo Magalhães. 73% dos votantes (e foram mais de 500) responderam que deverá “manter o mesmo confronto directo com a distribuição”.
Partindo do princípio que a maioria destes votantes pertence à produção, não se prevê que o “cachimbo da paz” se acenda em breve.