Questões em (re)torno da Alimentaria
Durante quatro dias, a FIL será palco da maior feira dos sectores alimentar e bebidas realizada no nosso País. Foi exactamente desta maneira que comecei o editorial de há […]
Victor Jorge
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores
Durante quatro dias, a FIL será palco da maior feira dos sectores alimentar e bebidas realizada no nosso País. Foi exactamente desta maneira que comecei o editorial de há dois anos para a edição especial do Jornal Hipersuper para a Alimentaria Lisboa 2007.
Muita coisa mudou desde então. Se há dois anos estas linhas colocavam em questão a preparação de diversas empresas para o certame, actualmente os vários mercados estão mergulhados na mais grave crise económico-financeira que assolou o mundo inteiro desde a II Guerra Mundial, havendo quem diga mesmo que esta é pior que a vivida na década de 20 do século passado.
A grande questão que se coloca actualmente às empresas é a do retorno gerado pela participação na Alimentaria. Se, por um lado, existem empresas que continuam a apostar nestes quatro dias para fazer negócio(s), mostrando os seus produtos, as inovações e mais-valias da oferta, há também as empresas que preferem canalizar os investimentos para outro tipo de acções, admitindo mesmo que estar na Alimentaria não traz retorno nenhum.
Ora, não traz porquê? Porque os produtos já são conhecidos do mercado? Não traz porque os produtos mostrados no evento há muito que proliferam nos lineares dos retalhistas? Não traz porque não existe concorrência? Não traz porque os compradores que vêm à feira não cativam as empresas? Não traz porque estamos em crise?
O facto é que dos habituais quatro pavilhões que a Alimentaria ocupava, a edição de 2009 ocupa três. Olhando para a planta da feira, verifica-se que o sector tecnológico e de equipamentos ocupa um pavilhão inteiro, sobrando “somente” dois para todo o universo das carnes, bebidas, lacticínios, doces, vinhos, congelados, delicatessen, além das participações internacionais.
Para muitos, este espaço é suficiente para trazer à praça o que de melhor se pode mostrar nestes quatro dias, para outros, a redução do espaço da feira é um reflexo da não aposta de muitos dos grandes players do mercado nacional e internacional.
Que falta fazem, na realidade, empresas como uma Unicer, Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, Danone, Nestlé, Sumol+Compal, Coca-Cola, entre outros, a um evento deste tipo? Para muitos, são fundamentais, já que demonstram a aposta e confiança que as grandes empresas demonstram no evento, para outros, a “falta” destes gigantes até é benéfica, focalizando o visitante profissional no que realmente importa na feira, ou seja, no negócio.
A crise foi, para muitos, o pretexto para não marcar presença na Alimentaria, enquanto para outros foi precisamente o oposto, porque é, precisamente, em tempos difíceis que se deve estar presente.
Em Dezembro de 2008, o director-geral da FIL; Javier Galiana, referia, em entrevista ao Jornal Hipersuper, que “uma feira tem de ter oferta suficiente para a procura”.
Esperemos que a oferta de 2009 seja suficiente.