Edição digital
PUB

oão Barreta, Mestre em Gestão do Território e autor do livro “Comércio de Proximidade e Regeneração Urbana”

Distribuição

Mercados municipais como “lojas-âncora” do centro das cidades

João Barreta, Mestre em Gestão do Território, identifica os principais problemas na gestão dos mercados municipais em Portugal e aponta caminhos para fazer “renascer” este formato comercial

Rita Gonçalves

oão Barreta, Mestre em Gestão do Território e autor do livro “Comércio de Proximidade e Regeneração Urbana”

Distribuição

Mercados municipais como “lojas-âncora” do centro das cidades

João Barreta, Mestre em Gestão do Território, identifica os principais problemas na gestão dos mercados municipais em Portugal e aponta caminhos para fazer “renascer” este formato comercial

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
Artigos relacionados
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Retalho
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Alimentar
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Logística
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Bebidas
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
ESG
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Logística
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
ESG
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Retalho
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Alimentar
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Não Alimentar

João Barreta, Mestre em Gestão do Território e autor do livro “Comércio de Proximidade e Regeneração Urbana”

Entrevista a João Barreta, Mestre em Gestão do Território

João Barreta, Mestre em Gestão do Território, identifica os problemas na gestão dos mercados municipais em Portugal e aponta caminhos a seguir

Quais os principais e actuais problemas na gestão dos mercados municipais em Portugal?

Numa frase, diria que o principal problema é precisamente a ausência de gestão, propriamente dita. Se reparamos a abordagem que se tem feito, nas últimas décadas, em Portugal, sobre os mercados, acaba sempre por se quedar, numa primeira aproximação, por aspectos que não fugirão muito a problemas de condições hígio-sanitárias do equipamento, de estacionamento, de acessibilidades, e a inevitável concorrência movida pelas médias/grandes superfícies.

A um outro nível, já se aborda a adequação dos horários de funcionamento, a redefinição do mix comercial, a fidelização da clientela, os serviços complementares a prestar (prévios, durante e/ou pós-venda), o marketing (interno, externo e/ou interactivo), entre outros.

Num patamar superior, cuja abordagem já implica maior poder, responsabilidade e capacidade de decisão por parte dos actores (entenda-se, autarquias e operadores/comerciantes), falam-se de novos modelos de gestão (directa, indirecta ou mista), parcerias público-privadas, (re)engenharia financeira (financiamento público, privado), negociação (concessão/exploração), entre outros. Apesar destes distintos níveis de aprofundamento da discussão, na maioria dos casos fica-se, quase sempre, pelos diagnósticos que olham bem para o problema, mas ao que parece não o conseguem ver.

Os problemas estão identificados mas faltam soluções?

Sim, identificado o problema e a sua natureza, depois falha-se na definição das soluções. Obviamente que a escassez de recursos (financeiros, humanos, entre outros) surge à cabeça das razões para a inacção, mas tenho a ideia de que o problema é outro.

Durante muitos anos, poucos terão percepcionado a necessidade de adoptar um modelo de gestão para os mercados municipais, dado que o facto de se estar perante um equipamento propriedade das autarquias, portanto de posse pública, onde se desenvolvem negócios privados (individuais) constitui-se como o mais sério entrave.

Se as autarquias não “abdicam”, sem contrapartidas, do que é seu (por deterem a propriedade e as competências), os operadores/comerciantes não ponderam a hipótese de gerir um espaço comercial (comum) que, efectivamente, não é seu. Assim as autarquias fazem valer a sua posição de proprietário, “alugando espaços” e assegurando a prestação de alguns serviços (e entendem isto como … gestão do mercado!) e os operadores, por pagarem uma renda, optam por ser tratados como meros inquilinos, de preferência com mais direitos do que deveres!

Para mim, as autarquias “gerem” o espaço como um senhorio, mas não querem (ou não sabem!) gerir o equipamento comercial e os operadores têm agido quase como aqueles inquilinos que vão pagando o condomínio, mas nunca se comprometem nem comparecem às reuniões do dito.

Não existindo plena consciência da importância dos mercados, seja como equipamento comercial, seja como potencial “loja-âncora” dos centros das cidades em que estão integrados, não haverá, ainda, a percepção clara da necessidade de gerir os mercados.

A que entidades compete a gestão dos mercados? O que tem sido feito para melhorar a competitividade desde formato até aqui?

Trata-se de uma competência das autarquias, devendo entender-se por autarquias, como a recente experiência de Lisboa parece vir demonstrar, câmaras municipais e juntas de freguesia.

Mas, as autarquias não detêm as competências específicas para gerir os mercados, ainda que as possam ter no papel, pois jamais se poderá entender a gestão de um espaço comercial, como a simples garantia de manutenção, limpeza e segurança do espaço, em troca de uma comparticipação (taxa) por parte daqueles que, realmente, detêm o conhecimento, a experiência e, acima de tudo, sentem os mercados.

Ainda que o problema não resida apenas na propriedade do espaço, o que é facto é que tal condiciona a iniciativa dos comerciantes e das suas estruturas associativas, ou seja, quem os tem (aos mercados), deles não sabe tirar proveito, e quem deles o tem de tirar não os tem!

O cerne da questão é que deter a competência está num plano, e ser competente para tal está noutro, daí que costumo dizer que ser incompetente não é necessariamente o contrário de ser competente.

A inacção das partes directamente envolvidas no assunto e o desprezo que a administração central tem revelado sobre o mesmo, têm deixado os mercados à margem de quase tudo aquilo que se tem feito em prol das actividades económicas, o que, como bem sabemos, também não tem sido grande coisa.

Algumas vezes tenho sido contactado, por estudantes, na maioria dos casos, na procura de informação sobre os mercados em Portugal, dado que têm dificuldades em encontrar dados para as suas teses de licenciatura e/ou mestrado. Estranham o facto de não existir tal informação – Quantos mercados existem em Portugal? Onde se localizam? Quantos comerciantes desenvolvem a sua actividade nos mercados? Qual o emprego gerado? Qual o volume de negócios? Qual a área comercial dos mercados? Qual o número total de pontos de venda (bancas, lojas)? Qual a sua procura (actual e potencial)? Qual o número de visitantes/compradores diários?

A razão para a falta de respostas residirá no facto de se desconhecer quem, a nível da administração central, detém tal informação. Mas a resposta é que não há, actualmente, qualquer organismo da administração central que tenha tal tipo de informação. A realidade é que nunca existiu!

Desconfio, até, que possa, nas mais altas esferas, quem não saiba se os mercados serão tutela de “alguém”, da economia, da agricultura, ou outra, da administração central ou regional, ou se julgam já ter delegado, há muito, o assunto, para a administração local, pelo que quaisquer responsabilidades estarão descartadas. Apesar de se tratar de mercados locais, a existência de largas dezenas de unidades, distribuídas por todo o país, justificaria algum “acompanhamento” por parte da administração central, tirando partido do efeito de escala de se poder “conhecer e trabalhar” um universo de mais de duas centenas e meia de mercados.

A existência da SIMAB (Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores), órgão tutelado pelo Ministério da Economia, ainda podia constituir uma esperança, embora muito ténue, uma vez que as incursões feitas ao nível de projectos de mercados retalhistas não têm revelado, por razões que não adianta aqui explorar, os resultados que certamente todos ambicionariam.

Está a desenvolver um estudo que propõe e desenvolve ferramentas de gestão aplicáveis aos mercados municipais. Pode dar exemplos de modelos que se apliquem os nossos mercados municipais? O que é que estes modelos podem trazer de novo à gestão dos mercados, quais os principais benefícios?

Os mercados encarados como verdadeiros formatos comerciais e, portanto, geridos como tal, são susceptíveis de se apresentarem como campo de aplicação de metodologias e ferramentas de gestão. Nesse sentido, o estudo avança com propostas de ferramentas de gestão para os mercados, sendo de destacar uma grelha de diagnóstico/propostas de acção, uma matriz de auto-avaliação (classificação tipológica) e o balanced scorecard (BSC).

A tese defendida assenta na ideia de que o principal problema dos mercados residirá na sua gestão (na falta de um modelo aplicável), sendo que o aliciante do estudo e da sua aplicabilidade efectiva consiste na percepção daquilo que é efectivamente cada mercado objecto de trabalho (partindo da constatação que não haverá dois mercados iguais, também não haverá soluções “à la carte”).

A ideia de uma ”classificação tipológica” dos mercados em Portugal, a definição e construção de “indicadores de performance” e a criação de um sistema de “certificação de qualidade”, são outras ideias resultantes do trabalho e que fundamentam, também, a ideia de que o futuro dos mercados depende da inovação e da criatividade na forma de os pensar e de os trabalhar, para além de meros equipamentos comerciais.

No caso concreto do balanced scorecard, a aplicação de uma tal ferramenta de gestão constituir-se-á como experiência pioneira em Portugal, provando-se que os mercados justificam novas abordagens de investigação conducentes a novas dinâmicas, cada vez mais necessárias, inclusive para a sobrevivência e afirmação do formato.

Ter, de facto, uma visão para os mercados, identificar a sua missão, enquadrar e explanar as suas distintas perspectivas (clientes, processos, desenvolvimento, e financeira) será mais um contributo que apenas fica a carecer de adopção prática por parte deste ou daquele mercado, desta ou daquela autarquia.

Em relação a modelos aplicáveis, algumas experiências têm demonstrado que a existência de uma estrutura própria, criada para o efeito, é indispensável. Já todos teremos percebido que o tempo dos amadorismos de se deixar a gestão dos mercados entregue ao veterinário ou ao fiscal municipal tem os dias contados. Apesar de se tratar de valências indispensáveis que interessa integrar na estrutura de gestão, os mercados e a sua gestão exigem outras competências, designadamente na área da gestão, do marketing, entre outras.

Não defendo a criação de entidades “paralelas” aos serviços municipais (tipo empresas municipais) que, no fundo, acabam apenas por, grosso modo, dar cumprimento a atribuições/competências das autarquias. Muitas vezes, os recursos humanos afectos pertencem precisamente às respectivas câmaras, pelo que muito legitimamente se pode questionar – porque não estavam já antes a desempenhar tais funções?

O problema não residirá tanto nos recursos disponíveis, mas sim na importância e prioridade que se dá ao assunto, e também na agilização de processos e procedimentos que uma estrutura distinta da câmara municipal permite.

Há actualmente boas gestões de mercados municipais em Portugal? Exemplos a ter em conta?

É uma questão sempre melindrosa. Tendo apenas como critério a perspectiva da actividade económica, em geral, e do comércio, muito em particular, e não querendo ferir susceptibilidades, poderei distinguir entre exemplos de experiências bem-sucedidas que já se constituem como certezas e outros cujas potencialidades, mercê da sua dimensão, constituir-se-ão como verdadeiras oportunidades de se virem a transformar como exemplos.

No primeiro caso, e daquilo que melhor julgo conhecer, destacaria Portimão e Torres Vedras e, a um outro nível de “experiência, Campo de Ourique (em Lisboa) e Bom Sucesso (no Porto). Já no que se refere ao campo das potencialidades múltiplas, direi que estou curioso para ver o será feito no caso do Bolhão (no Porto) e da Ribeira (em Lisboa), entre outros.

De facto existem alguns casos que se podem constituir como exemplos a seguir, se bem que a gestão dos mercados não pode descurar as outras vertentes de que se faz o comércio, ou seja, a realidade evidenciada pela procura (actual e potencial).

No entanto, a boa gestão – eficiente, eficaz e de qualidade, afere-se pelos bons resultados, o que no caso dos mercados podem ser medidos por vários indicadores.

Falar de números é sempre complexo, uma vez que a perspectiva financeira é distinta consoante estejamos a falar do mercado municipal (“da autarquia”) ou do mercado municipal (“dos operadores”).

Parecendo uma e a mesma coisa, convém perceber que são duas realidades distintas, embora não devesse ser assim.

Para as autarquias, o pretenso sucesso da sua gestão poderá ser, porventura, a relação favorável entre as receitas e as despesas (ou seja, o produto das rendas e taxas cobradas ser superior aos encargos detidos com o funcionamento do espaço (despesa com o pessoal afecto ao mercado, fornecimentos e serviços “externos”), se bem que não sejam muitas as autarquias que tenham estas contas “disponíveis em tempo real”.

Para os comerciantes, o sucesso revela-se na facturação conseguida, ou melhor no lucro obtido, que resultará da diferença entre o produto (margem) das suas vendas e o valor que pagam pelo usufruto do espaço municipal.

Diria que uns e outros não estarão satisfeitos com os resultados obtidos, no entanto, quando se trata de números é complicado conseguir que tal informação seja disponibilizada, pelo que conhecer exemplos com provas dadas, entenda-se resultados, só os próprios os conhecerão.

Qual tem sido a evolução deste formato comercial ao longo dos últimos anos em Portugal? Este formato está ameaçado pela crescente concorrência das superfícies comerciais de retalho alimentar e o seu respectivo peso na venda de produtos frescos?

Como qualquer outro formato comercial, os últimos anos não têm sido propícios ao aumento do volume de negócios, a acréscimos de facturação e à realização de investimentos, no entanto, no caso dos mercados a conjuntura tem-se revelado ainda mais desfavorável, uma vez que o binómio oferta-procura tem-se caracterizado por uma conjugação de factores claramente desfavorável.

A questão da concorrência acrescida movida por outros formatos (grandes e médias superfícies) é um facto, mas não justificará tudo, pois há outras razões para a perda de protagonismo dos mercados ao nível dos produtos frescos (e não só) – preços praticados, horários desajustados, oferta pouco diversificada, operadores com formação insuficiente, gestão pouco profissional, serão apenas alguns exemplos.

Uma vez mais a procura de respostas vai desembocar no problema da gestão.

Nos últimos anos temos, de facto, assistido ao acréscimo do nível concorrencial, fazendo cada formato apelo àquilo que são as suas vantagens competitivas. O marketing mais agressivo, as campanhas de fidelização (cartões-cliente, os pontos, os descontos, os vales, os “novos serviços” prestados aos clientes) revelam que os distintos formatos têm reagido às dificuldades que a capacidade e as preferências da procura têm determinado. Por sua vez, os mercados, pouco ou nada têm feito, no que se refere a delinear algo que se assemelhe a uma “estratégia” (no caso, talvez seja mais uma táctica!) para fazer frente ao problema, tentando cativar novos clientes ou, pelo menos, manter os que ainda vão tendo.

Em termos de quota de mercado, não disponho de informação fiável, não será de estranhar que a quota detida pelos mercados, ao nível dos frescos, seja pouco relevante, quando ponderadas as potencialidades detidas por tal formato em nichos como os produtos biológicos, produtos regionais/locais, artesanato, entre outros, e que estão a ser pouco explorados.

Costumo dizer que, a pouco e pouco, os hipermercados, principalmente, foram plagiando aquilo que de melhor ainda ia distinguindo os mercados, seja ao nível da “exposição dos horto-frutícolas” e “apresentação do pescado em banca”, seja do serviço de “amanhar o peixe”, seja da “desmancha das peças de carne”, seja de “provas/degustações”.

Apetece dizer que já não faltará muito para começarmos a ouvir os velhinhos e tradicionais pregões nos hipermercados!

Que exemplos de boas práticas de gestão chegam da Europa, por exemplo?

Ao nível da Europa, independentemente de algumas boas práticas reconhecidas e em curso há algum tempo – Espanha, Reino Unido, entre outros países, o debate do tema iniciou-se recentemente. Pode-se dizer que os mercados não têm tido o seu espaço próprio ao nível da União Europeia, surgindo um pouco diluído entre as tutelas do comércio (retalho), da agricultura e outras.

Não que tal o possa justificar, mas como se sabe, na maioria dos países da UE os mercados têm enquadramento análogo, ou seja, ao nível central, regional e local a administração têm pura e simplesmente ignorado os mercados, na medida em que é raro depararmo-nos com um “departamento” que tenha por missão, no mínimo, abordar o assunto.

Claro que há excepções, no entanto, o seu número diminuto apenas confirma a regra.

O recente URBACT MARKETS (no âmbito do URBACT II) será uma verdadeira “pedrada no charco”, ao trazer o tema dos mercados para a ordem do dia. Constitui-se como um projecto pioneiro ao nível da UE que assim pode também compilar trabalho realizado, sistematizar informação, identificar boas práticas, em suma, traçar caminhos para o futuro dos mercados.

Com uma visão abrangente e integrada do tema, o projecto está estruturado em três dimensões principais – regeneração urbana (revitalização do centro das cidades), ambiente (economia de baixo carbono) e emprego e parcerias, o que revela conhecimento da realidade e do papel que os mercados podem desempenhar no contexto urbano em que se inserem.

A perspectiva que assim parece encarar os mercados como equipamentos integrados nas cidades, e não apenas nelas localizados, já confere um claro indício de uma nova forma de abordagem do tema, denotando que todo o trabalho a fazer terá de ser integrado, integrador e multidisciplinar.

Já vai sendo quase um lugar-comum, mas é inquestionável que Barcelona se constitui como um exemplo de boas práticas, no entanto, essa experiência tem de ser estudada no seu conjunto e não olhando apenas para o “resultado final” da mesma.

Há que analisar e tentar conhecer a estrutura regional e local que está a montante e ver todo o trabalho desenvolvido nas distintas áreas de actuação. Depois a nível nacional importa não esquecer o papel que a MERCASA tem desempenhado ao nível da revitalização dos mercados em Espanha, no âmbito do “Programa Nacional de Remodelación de Mercados Municipales Minoristas”, e a partir daí começamos a perceber as diferenças e a compreender o que nos faltará fazer, que é muito, face ao pouco que por cá se tem feito.

Como vê os mercados municipais do futuro?

No final de 2011, tive oportunidade de publicar um outro trabalho, curiosamente numa revista espanhola – Distribución y Consumo, no qual foram traçados cenários possíveis para o futuro dos mercados em Portugal.

Não se tratando de qualquer tipo de “adivinhação”, um dos objectivos consistia em poder alertar e sensibilizar os principais actores envolvidos – autarquias, comerciantes, associações para a situação (actual e potencial) dos mercados e da importância do papel e acção dos mesmos com vista à construção de futuro(s) para os mercados.

Grosso modo, tracei quatro cenários prováveis a partir de dois vectores principais – “pensar a actividade económica/pensar o comércio” e “pensar o urbanismo/pensar a cidade”, contemplando quatro factores – “economia local”, “experiências do espaço urbano”, “turismo, cultura e património” e “socialização – causa ambiental, social, coesão, integração”.

Daí resultaram os cenários, cujas narrativas se traduziram em:

– Cenário 1: “Investir, Desistindo” (“Não os Matem, que Eles Morrem”);

– Cenário 2: “Investir, Desinvestindo” (“Vão-se os Anéis, Ficam os Dedos”);

– Cenário 3: “Investir, Coexistindo” (“Se Não os Vences, Junta-te a Eles”);

– Cenário 4: “Investir, Investindo” (“Via Barcelona”).

O trabalho acabou por fazer mais eco em Espanha do que em Portugal.

Em síntese, julgo que as autarquias não têm, efectivamente, de saber gerir comércio, mas é sua competência, no mínimo, pensá-lo, enquadrá-lo, regulá-lo e ordená-lo.

Os comerciantes e as suas estruturas associativas devem assumir a iniciativa e propor-se como líderes de todo e qualquer processo de gestão/dinamização do “negócio”.

À tutela (seja ela qual for!) competirá dar sinais de que é conhecedora do problema e reconhece a importância de se criar condições para que o caminho a seguir passe pela (…) inovação e pelo empreendedorismo, não se excluindo do processo nem se coibindo de avançar com desafios e ideias mobilizadoras, incluindo a sugestão de modelos de gestão de mercados, assentes em boas-práticas já conhecidas e com provas dadas.

Ficar à margem de iniciativas e projectos comunitários, como o já referido URBACT MARKETS, não me parece que seja o melhor caminho a seguir, nem a atitude mais inteligente.

Por desconhecimento, desinteresse ou incompetência, por qualquer uma ou por todas em conjunto, não haverá razão que justifique uma tal passividade no que se refere à abordagem desta temática dos mercados municipais.

No fundo, estamos a falar da economia local e quando o assunto é economia, seja local ou nacional, há um mundo … ainda por explorar, mas gostaria, no entanto, de realçar que os mercados municipais estão longe de ser um problema apenas da esfera da economia.

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

Artigos relacionados
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Retalho
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Alimentar
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Logística
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Bebidas
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
ESG
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Logística
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
ESG
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Retalho
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Alimentar
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Não Alimentar
Retalho

El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata

A campanha Novembro Azul pretende sensibilizar os clientes para o tema do Cancro da Próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa contra o Cancro.

Depois de terem estado iluminados de cor-de-rosa, no âmbito da campanha Outubro Rosa, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto voltam a iluminar-se, agora de azul.

A campanha Novembro Azul pretende sensibilizar os clientes para o tema do Cancro da Próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa contra o Cancro.
Até 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca exclusiva El Corte Inglés Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, 1€ reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado à associação que o aplicará em ações de prevenção e combate ao Cancro.
Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico

A quinta, situada no Peso da Régua, assegura a produção de azeites Premium, Olival do Feytor e Olival da Cobiça, inteiramente destinados ao mercado nacional. No futuro, a estratégia passa por entrar no mercado internacional.

Além da produção dos vinhos e da recente aposta no enoturismo, a Quinta da Vacaria, uma das mais antigas do vale do Douro, datada de 1616, investe, também, na produção de azeite biológico, dispondo no seu portefólio de três tipos de azeites de “alta qualidade”, que expressam toda a pureza do terroir do Douro.

Por todo o olival, de bordadura, isto é, de oliveiras que existem na delimitação das vinhas, predominam as variedades de azeitona Cobrançosa, Madural e Negrinha do Freixo que dão origem aos azeites Premium, Olival do Feytor e Olival da Cobiça. O total das vendas deste produto está, para já, alocado ao mercado nacional, mas a propriedade espera, em breve, poder entrar no mercado internacional.

O processo de colheita da azeitona é realizado de forma artesanal, através do varejamento, um método ancestral de colheita, sem intervenção de maquinaria. Esta técnica atesta o compromisso assumido pela Quinta da Vacaria com a sustentabilidade, refletida, também, em todo o Olival, cultivado em “regime biológico, sem recorrer a produtos fitofármacos ou adubos de síntese”, explica Duarte Nabais, diretor geral.

O terroir, a exposição solar e a idade secular das oliveiras contribuem para a qualidade e diversidade dos azeites produzidos no alto Douro Vinhateiro, extraídos “mecanicamente, a baixas temperaturas, o que preserva as nuances frutadas e a subtileza das azeitonas maduras”. Após um processo “cuidadoso de decantação”, por um período de dois a três meses, alcançam-se resultados de excelência, com azeites que revelam um “final de boca longo, intenso e ligeiramente picante”.
Atualmente, estes azeites estão apenas disponíveis no mercado nacional. Na Quinta da Vacaria, são, maioritariamente, utilizados para realização de provas de azeites e parings com os principais pratos servidos no Hotel, sendo que, num futuro próximo, farão, também, parings com as iguarias servidas no restaurante da Adega, revela a produtora.

Os azeites estão disponíveis no site oficial da Quinta da Vacaria e em parceiros como Vinha.pt, Garrafeira Nacional.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets

O Grupo Rotom reforçou ainda mais a sua posição no mercado do Reino Unido com a aquisição da Kingsbury Pallets. “É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas à equipa altamente qualificada da Kingsbury Pallets. Esta aquisição reforça a nossa presença no importante mercado de paletes de madeira do Reino Unido, com o qual podemos servir melhor os clientes com um âmbito internacional.”, afirma Arjan Kuiper, diretor executivo do Grupo Rotom.

Esta última operação acrescenta ao grupo 76 funcionários qualificados e duas grandes instalações no Reino Unido, totalizando 34.000 m².

Nos últimos dois anos, a Rotom efectuou uma série de aquisições estratégicas em toda a Europa, incluindo a All Pallets Ltd – goplasticpallets.com, Lievaart-Slaghuis (Países Baixos), Englmeier (Alemanha) e, atualmente, a Kingsbury Pallets.

Fundada por Jon Towers em 1995, a Kingsbury Pallets processa 40.000 paletes de madeira e artigos de embalagem semanalmente em duas instalações – a sua sede em Tamworth e uma segunda em Lichfield. A empresa fornece paletes de madeira novas e recondicionadas, ao mesmo tempo que oferece serviços de recuperação e reciclagem de paletes. No total, a Kingsbury Pallets recicla e reutiliza 15 000 toneladas de embalagens de madeira por ano.

O compromisso da Kingsbury Pallets para com as práticas sustentáveis está estreitamente alinhado com os objetivos ambientais da Rotom, sublinha a empresa em comunicado. As instalações de Tamworth incorporam uma sofisticada instalação solar de 100 kW, que alimenta um triturador elétrico Untha XR e uma linha de reciclagem, reduzindo as emissões de carbono em 22,3 toneladas por ano. A empresa também detém várias acreditações, incluindo da Forestry Commission, Environment Agency, e Wood Recyclers Association, sublinhando o seu compromisso com operações responsáveis. A Rotom possui a certificação de prata Ecovadis.

“Nos últimos 30 anos, trabalhámos arduamente para transformar a Kingsbury Pallets num dos fornecedores de paletes de madeira mais sustentáveis do Reino Unido. Agora, ao juntarmo-nos à Rotom, temos a oportunidade de expandir ainda mais a nossa missão, apoiados pelos recursos e pela visão de um líder em soluções sustentáveis com a mesma mentalidade.”, sublinha Jon Towers.

“É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas à equipa altamente qualificada da Kingsbury Pallets. Esta aquisição reforça a nossa presença no importante mercado de paletes de madeira do Reino Unido, com o qual podemos servir melhor os clientes com um âmbito internacional. Mas também reúne uma valiosa experiência em práticas sustentáveis. Os valores da Kingsbury Pallets alinham-se perfeitamente com os nossos e, juntos, estamos entusiasmados por promover um futuro centrado na inovação, no crescimento e na sustentabilidade. Estamos ansiosos por trabalhar em estreita colaboração com a nova equipa para impulsionar o sucesso partilhado.”, afirma Arjan Kuiper, diretor executivo do Grupo Rotom.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”

A marca Activia continua a inovar para responder ao crescimento do mercado de bebidas funcionais, especialmente no segmento da saúde digestiva. Diogo Costa, diretor de marketing da Danone, sublinha que a Activia mantém a sua relevância com base em três pilares estratégicos: a escuta ativa dos consumidores, a inovação no portefólio e uma comunicação eficaz.

A crescente procura por alimentos funcionais tem impulsionado o dinamismo do segmento de leites fermentados com probióticos. Para Diogo Costa, o sucesso da Activia reside, em grande parte, na capacidade de ouvir o consumidor e adaptar-se às suas necessidades. “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores em Portugal, e é a partir dessa conexão direta que conseguimos adaptar a nossa oferta”, afirma.

Esse foco no consumidor traduziu-se, por exemplo, no lançamento da gama Activia Triplo Zero em 2023, uma resposta direta a dois grandes insights do mercado: a crescente preocupação com a redução do consumo de açúcar e a maior procura por produtos sem lactose. “Esta gama tem trazido excelentes resultados com crescimento a dois dígitos em volume, valor e penetração”, explica Diogo Costa, salientando a importância da inovação no portfólio para acompanhar as mudanças no mercado.

Além da gama Triplo Zero, a Activia tem também apostado na expansão da sua linha de kefir, que já conta com cinco referências e continua a crescer, refletindo as tendências de consumo mais recentes. “Pretendemos continuar a expandi-la, acompanhando as novas tendências de consumo”, refere.

Outro ponto crucial para o sucesso de Activia tem sido a constante validação de insights junto dos consumidores, ajustando as suas campanhas de comunicação para garantir que estas sejam eficazes. “Temos investido fortemente na validação de insights junto dos consumidores, testando constantemente para identificar quais os elementos que geram maior relevância e conversão”, explica Diogo Costa. Esta estratégia permite à marca manter-se presente e relevante na vida dos consumidores, ajustando continuamente as mensagens e campanhas.

O papel dos especialistas em saúde e nutrição

Os especialistas em nutrição e saúde desempenham um papel fundamental na promoção dos benefícios das bebidas probióticas da Activia, reforçando o seu posicionamento como uma marca funcional de referência. Diogo Costa destaca que, para além da investigação e desenvolvimento rigorosos, a colaboração com estes profissionais é essencial para validar a proposta de valor dos produtos. “Chegamos mesmo a sentar-nos com especialistas para encontrar mais insights e reforçar a nossa proposta de valor”, afirma.

Esta colaboração resulta numa promoção orgânica e natural dos produtos da Activia por parte dos especialistas durante as suas consultas, reconhecendo a relevância das bebidas probióticas como parte da alimentação diária dos seus pacientes. “Eles reconhecem o benefício e relevância dos nossos produtos enquanto parte diária da alimentação dos seus pacientes”, salienta Diogo Costa.

A Activia aposta numa oferta diversificada e adaptada a diferentes perfis de consumidores, sempre com uma base científica sólida. A linha de kefir, por exemplo, é uma das inovações que tem sido bem recebida, combinando os tradicionais fermentos da marca com grãos de kefir, que proporcionam uma fermentação com 16 microrganismos específicos distintos. “Este é o tipo de inovação e superioridade que trazemos, sempre assente em evidência científica comprovada”, reforça Diogo Costa.

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

ESG

Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor

A Staples é o primeiro cliente da EDP em Portugal a escolher, em simultâneo, soluções de energia elétrica, comunidades de energia solar e mobilidade sustentável. A retalhista sublinha que esta parceria permite, por exemplo, produzir localmente metade da energia que necessita diariamente e partilhar a energia restante com vizinhos.

Hipersuper

A Staples escolheu a EDP Comercial como fornecedora de uma solução integrada para a descarbonização do consumo elétrico da empresa, combinando fornecimento de energia, produção local de energia solar para consumo próprio e partilha com vizinhos e mobilidade elétrica conectada à rede pública MOBI.E.

Esta parceira inclui a instalação de comunidades de energia em mais de 20 lojas por todo o país: os Bairros Solares EDP terão uma capacidade combinada de cerca de 2,5 MWp e uma produção anual estimada de aproximadamente 3,5 GWh. Esta energia limpa vai permitir evitar a emissão de cerca de 1.800 toneladas de CO2 por ano, que seria emitido para produzir a mesma eletricidade a partir de fontes poluentes.

A instalação destas centrais solares vai permitir à Staples uma independência da rede elétrica de aproximadamente 50%  e partilhar estes benefícios com cerca de dois mil vizinhos. Podem aderir famílias ou empresas que se encontrem num raio de dois quilómetros das lojas Staples aderentes, ao inscreverem-se no site da EDP Comercial (edp.pt/bairro-solar).

Para além de promover o uso de eletricidade renovável nas comunidades em que está inserida, esta parceria permite à Staples alcançar poupanças de mais de 60% no custo mensal com eletricidade e reduzir significativamente a sua pegada ambiental. Já os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão uma poupança de até 35% em parte da eletricidade que consomem, para além de contribuírem para a transição energética do seu bairro, pode ler-se no comunicado enviado.

A EDP vai também instalar 60 pontos de carregamento de veículos elétricos em quase 90% das lojas Staples de norte a sul do país, que estarão ligados à rede pública MOBI.E, que podem ser utilizados por qualquer condutor de veículos elétricos, independentemente do seu Comercializador de Energia de Mobilidade Elétrica (CEME).

Além destas soluções de mobilidade elétrica e da implementação das comunidades de energia, a EDP vai ainda fornecer energia elétrica a todas as localizações Staples em Portugal durante sete anos. Ao escolher um contrato de fornecimento de energia a longo prazo, a Staples deverá reduzir em cerca de 30% os seus custos com eletricidade, avança em comunicado.

Com este projeto, a Staples reforça o seu empenho na descarbonização de toda a sua cadeia de valor, um passo importante na redução significativa das emissões de CO2, enquanto envolve as comunidades onde está inserida na transição energética, sublinha ainda.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação

Em Portugal, a área de tratamento de encomendas terá capacidade para processar cerca de 500 mil encomendas por dia, sendo o pico da atividade esperado para a semana da Black Friday, que arranca a 25 de novembro.

Hipersuper

Os CTT – Correios de Portugal vão reforçar a operação de tratamento e distribuição de encomendas para fazer face à procura da peak season, período entre a Black Friday e o Dia de Reis. A nível ibérico a expectativa é que sejam feitas mais de um milhão de entregas de encomendas pelos CTT em dias de pico, avança a empresa em comunicado.

Em Portugal, a área de tratamento de encomendas terá capacidade para processar cerca de 500 mil encomendas por dia, sendo o pico da atividade esperado para a semana da Black Friday, que arranca a 25 de novembro.

Já na distribuição em Portugal, existirá um reforço de recursos humanos e de rotas de distribuição, com a contratação de mais de 800 pessoas para esta época, elevando para cerca de 7800 os trabalhadores das operações de correio e expresso dedicados à peak season, com mais veículos para o transporte de encomendas e mais 850 rotas suplementares.

Será ainda implementado o trabalho suplementar aos feriados, sábado e domingos e, sempre que possível, serão antecipadas as recolhas junto dos clientes empresariais, refere ainda os CTT que terão equipas de manutenção em permanência nos centros da CTT Expresso (MARL, em Lisboa, e Perafita, no Porto) e uma equipa de Sistemas de Informação reforçada.

Também no apoio ao cliente existirá um reforço de 25% a 30% da equipa de atendimento, sendo que o chatbot Helena, solução de Inteligência Artificial dos CTT, estará também com uma robustez reforçada para dar resposta aos clientes dos CTT. A nova assistente virtual dos CTT disponibiliza uma assistência em tempo real, conjugando as componentes informativa e transacional, sendo possível, por exemplo, saber o estado de uma encomenda.

Os CTT lembram que é importante estar atento contra eventuais esquemas de phishing, devendo os clientes seguir todos procedimentos para assegurar a segurança dos seus dados pessoais e bancários.

Já em Espanha a CTT Express está preparada para gerir entre 500 a 600 mil envios por dia nos dias de maior movimento e reforçará a contratação para esta época com cerca de 200 pessoas para o tratamento e cerca de 600 fornecedores de distribuição.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR

Os projetos LIFE SeaBIL, OCEAN4FUEL e MESMERISING, focados na proteção dos oceanos e dos ecossistemas aquáticos, foram os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR, lançado este ano para tornar a iniciativa ainda mais abrangente.  

Hipersuper

Um dos três projetos vencedores, o LIFE SeaBIL, liderado pela SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, tem o objetivo de reduzir o impacto direto e indireto do lixo marinho nas aves que dependem dos ecossistemas costeiros e marinhos, além de promover a consciencialização e incentivar práticas mais ecológicas. A sua principal prioridade será continuar a recolher dados mensais nas Berlengas, monitorizar as aves arrojadas, reunir cientistas, autoridades e entidades reguladoras em prol da identificação das melhores soluções.

O OCEAN4FUEL, um projeto submetido pela Universidade de Aveiro – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, foi outro dos vencedores. A sua missão consiste em transformar plásticos marinhos, que poluem os oceanos e afetam os ecossistemas, em combustível líquido. Para isso, utiliza um processo denominado pirólise, que permite produzir um combustível compatível com a gasolina e gasóleo, oferecendo uma solução sustentável para enfrentar dois grandes desafios globais: a poluição marinha e a crise energética e ambiental associada aos combustíveis fósseis.

Apresentado pelo Instituto de Telecomunicações, o projeto MESMERISING, o terceiro vencedor, concentra-se no desenvolvimento de tecnologias para a monitorização em tempo-real de microplásticos em meios aquáticos. Isso permitirá identificar e caracterizar os diminutos microplásticos, recorrendo a canais microscópicos para conduzir a água por sensores eletromagnéticos, cujos dados serão recolhidos e processados por sistemas eletrónicos avançados.

As inscrições para o Prémio TransforMAR decorreram durante os meses de junho a setembro deste ano. As 38 candidaturas recebidas foram avaliadas segundo critérios estratégicos: alinhamento com o objetivo de proteção do oceano e dos ecossistemas aquáticos; robustez e/ou capacidade de implementação; inovação e criatividade; e qualidade do pitch. Podiam candidatar-se projetos nas áreas de redução de plástico nos oceanos; limpeza dos mares e orla costeira; transformação e/ou reciclagem de resíduos marinhos; proteção das espécies marinhas e sensibilização e/ou educação ambiental.

A par do Prémio TransforMAR em 2024, o Lidl Portugal levou a sua forte estratégia de sustentabilidade a 10 praias de norte a sul do país, durante o mês de agosto, com a dinamização de atividades de sensibilização para toda a família. Além disso, entre junho e julho, foram realizadas atividades para colónias de férias em 18 praias, aproximando-nos da comunidade escolar, promovendo ações lúdico-pedagógicas para crianças. Em parceria com a ONG Brigada do Mar, o Lidl Portugal promoveu 11 ações de limpeza na costa portuguesa, tanto em praias como nos rios, contribuindo para a descontaminação e proteção destas zonas, bem como dos ecossistemas aquáticos.

O programa TransforMAR surge de uma iniciativa pioneira do Lidl Portugal, juntamente com o Electrão, em parceria com a Marinha Portuguesa e a Brigada do Mar, contando com o apoio da  Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Quercus. Desde 2018, o TransforMAR recolheu mais de 253 toneladas de resíduos plásticos e metal das praias, mares e rios portugueses, transformando-os em benefício da comunidade.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar

Com esta nova abertura, a Auchan Retail Portugal reforça a sua estratégia de expansão no mercado da saúde e bem-estar.

Hipersuper

A Auchan Retail Portugal reforça a aposta no segmento de ultra proximidade com a inauguração da terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar.

Num espaço de 204 metros quadrados, a My Auchan Saúde e Bem-Estar de Campolide, localizado na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Campolide, abre  portas esta sexta-feira.

“Sabemos que a Saúde é hoje extremamente relevante na sua componente de prevenção e na lógica de “viver mais e melhor”. A nossa missão é proporcionar o acesso a soluções integradas que vão ao encontro das necessidades do consumidor, numa experiência de compra completa, com uma oferta diversificada de marcas nacionais e internacionais, que alia qualidade e acessibilidade. A nova loja de Campolide reflete esse compromisso”, explica Inês Matos, diretora de nutrição, saúde e bem-estar na Auchan Retail Portugal.

“Temos um plano de expansão forte para os centros urbanos e pretendemos levar estes espaços, adaptados às necessidades específicas de cada bairro, a vários pontos do país nos próximos anos, reforçando a proximidade com os nossos clientes”, acrescenta.

Aberta todos os dias das 9 às 21 horas, a loja oferece ainda vantagens exclusivas para membros do Clube Auchan.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial

“O primeiro passo para o sucesso de uma empresa é valorizar as suas pessoas e a renovação desta distinção é precisamente um reflexo desse facto e das nossas boas práticas. Estamos comprometidos com a mudança para um mundo mais igualitário e justo”, afirma Dina Duarte, diretora geral da Montiqueijo.

Hipersuper

Pelo segundo ano consecutivo, no âmbito do Dia Mundial para a Igualdade Salarial – assinalado a 14 de novembro – a Montiqueijo foi distinguida com o Selo da Igualdade Salarial, atribuído anualmente pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), reforçando, assim, o seu compromisso com a equidade no local de trabalho.

O Selo da Igualdade Salarial procura reconhecer as boas práticas das empresas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres e Homens. Este certificado Salarial sublinha o empenho da Montiqueijo em garantir que todos os seus colaboradores recebem remunerações justas e que vão ao encontro das suas competências e desempenho, independentemente do género.

“O primeiro passo para o sucesso de uma empresa é valorizar as suas pessoas e a renovação desta distinção é precisamente um reflexo desse facto e das nossas boas práticas. Estamos comprometidos com a mudança para um mundo mais igualitário e justo”, afirma Dina Duarte, Diretora Geral da produtora.

Sendo a responsabilidade social um pilar fulcral para a empresa, este selo reafirma a importância da adoção de práticas laborais justas e transparentes, bem como da criação de um ambiente de trabalho equitativo e inclusivo, procurando promover não só igualdade e respeito como também a motivação dos colaboradores, sublinha a Montiqueijo em comunicado.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Não Alimentar

Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares

A Sensodyne ouviu os consumidores e apresenta várias novidades nas seis pastas dentífricas da gama base da marca. 

Hipersuper

“Sensodyne tem como missão melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de sensibilidade dentária. Ao renovar a sua gama essencial, pretende incentivar mais pessoas a usar um produto adequado à sua condição. Estamos a investir na gama essencial para mostrar aos consumidores que Sensodyne tem todos os atributos de uma pasta regular, com o benefício acrescido de também proteger contra a sensibilidade dentária.” explica Cristina Rosa, Sensodyne Brand Manager – Haleon Portugal.

Depois de ouvir os consumidores, a marca concluiu que 36% dos portugueses que sofrem de sensibilidade dentária não usam dentífrico específico. Segundo a marca, a justificação está relacionada com dois fatores. Por um lado, há quem pense que um dentífrico específico só deve ser usado perante um quadro de dor relacionada com a sensibilidade dentária; por outro lado, há quem acredite que essas mesmas pastas não têm os benefícios de uma pasta regular, como proteção contra as cáries e limpeza profunda.(*IPSOS U&A Study 2018).

Para combater esta condição, Sensodyne introduziu novidades nos seus dentífricos mais populares (Proteção diária, Multicare, Gengivas, Extra Fresh, Branqueadora, Limpeza e Frescura): uma nova fórmula com tripla ação de limpeza, que elimina a placa bacteriana e que contém flúor para proteger contra as cáries, e uma imagem renovada.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Hipersuper. Todos os direitos reservados.