Edição digital
PUB
FMCG

Jorge Henriques, Presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA): “Portugal precisa de uma visão mais agro-alimentar e menos agrária”

Colocada que está a competitividade como principal desafio da agro-indústria para o futuro, Jorge Henriques, Presidente da FIPA, aponta o aumento do IVA na restauração como umas das piores políticas dos últimos 100 anos em Portugal.

Victor Jorge
FMCG

Jorge Henriques, Presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA): “Portugal precisa de uma visão mais agro-alimentar e menos agrária”

Colocada que está a competitividade como principal desafio da agro-indústria para o futuro, Jorge Henriques, Presidente da FIPA, aponta o aumento do IVA na restauração como umas das piores políticas dos últimos 100 anos em Portugal.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Retalho
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Alimentar
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Logística
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Bebidas
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
ESG
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Logística
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
ESG
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Retalho
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Alimentar
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Não Alimentar
PUB

Portugal está, de certa forma, a viver um regresso às origens. Ou seja, a agricultura está hoje a ser considerada, depois de muitos anos ignorada, como uma possível tábua de salvação. Isto depois de o País ter sido, segundo Jorge Henriques, presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), confrontado com uma das maiores mentiras: a de que “Portugal não tinha de produzir bens transaccionáveis, que não precisaríamos da agricultura e da indústria”.

No dia do IV Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, o responsável da federação está esperançado que o Governo “comece a olhar para a indústria como algo que é absolutamente estratégico”.

PUB

Hipersuper (H): Que balanço faz destes 25 anos da indústria agro-alimentar em Portugal? Quais foram os principais marcos deste quarto de século?
Jorge Henriques (J.H.): Naturalmente que 25 anos de uma federação de uma indústria agro-alimentar são anos difíceis, de enormes sucessos nalgumas frentes, mas também de algumas desilusões.

A FIPA surge num período que tem a ver com a então adesão de Portugal à CEE, dando resposta a esse desafio, bem como ao enorme conjunto legislativo que Portugal teve de incorporar. Situações como a segurança alimentar foram uma bandeira e tiveram resultados que transcenderam em muito todas as expectativas.

H: A segurança alimentar é o maior marco?
J.H.: É um dos marcos mais importantes ao lado da constituição de uma federação num país tradicionalmente avesso ao associativismo.

A federação é hoje incontornável no relacionamento quer a nível europeu com a federação europeia quer a nível interno com as autoridades locais.

H: Mas nestes últimos 25 anos de existência da FIPA, onde é que se avançou mais e quais foram os passos que deveriam ter sido dados e que ainda não foram dados?
J.H.: Na questão da segurança alimentar demos um salto qualitativo numa Europa que estava já muito mais avançada.

H: Encurtámos essa distância?
J.H.: Sem dúvida nenhuma. Tenho dito várias vezes: temos uma indústria, em diferentes sectores, capaz de responder a nível europeu.

Não nos podemos, no entanto, esquecer que este sector da agro-indústria foi um sector que durante muitos anos teve um défice de sinalização, que não foi capaz de criar sedução. Nós tínhamos uma tarefa enorme para fazer e essa tarefa de verdadeiro ajustamento, o sector deu-a como exemplo ao País.

H: Mas onde é que Portugal não avançou?
J.H.: A FIPA tem vindo, há 10 anos, com muita resistência, a apontar algumas políticas, nomeadamente, a transferência de conhecimento entre o meio académico, cientifico e as empresas. Havia um desfasamento de linguagem e métodos entre a universidade e a indústria.

Em 2008, logo no início da crise em que ainda estamos mergulhados, a promoção do Pólo Tecnológico, com o apoio da FIPA, visou fundamentalmente e de uma forma única apoiar a transferência do conhecimento entre o meio académico e científico e as empresas. Ou seja, promover a inovação, uma cultura de maior criatividade e de maior interligação, sobretudo, num universo constituído, na sua maioria, por pequenas e médias empresas.

Por outro lado, temos a questão da promoção externa e da internacionalização que, parecendo a mesma coisa, são coisas distintas. Isto leva-nos, contudo, à questão dos grandes pensadores que julgavam que Portugal não tinha de produzir bens transaccionáveis, que não era preciso produzir, que não precisaríamos da agricultura e da indústria. Essa deverá ter sido das maiores mentiras que nos contaram e à qual não conseguimos dar a volta.

Hoje, contudo, Portugal está confrontado com a necessidade de exportar. E o que pode exportar: bens transaccionáveis. Ora, não nos preparámos ao longo dos últimos anos do ponto de vista de aproveitamento ordenado e coordenado dos dinheiros que vieram de Bruxelas exactamente para a promoção externa.

Temos uma visão muito clara, não só no quadro externo, mas também interno que não se pode descurar. É preciso não esquecer o mercado interno e querer ir lá para fora como se isso fosse uma coisa que se fizesse por decreto ou carregando num botão.

Há que colocar esta questão: se não temos dimensão no quadro interno, como é que vamos produzir para outros países onde há, naturalmente, oportunidades para as empresas com alguma dimensão.

Por isso, neste capítulo falhámos rotundamente na definição de mercados-alvo, ficando concentrados por muito tempo em mercados bem próximos de Portugal.

H: Tivemos demasiadamente centrados na Europa?
J.H.: O nosso primeiro mercado foi Espanha e agora estamos a sofrer as consequências da crise que o nosso vizinho também está a atravessar. E o que fizemos? Mudámos de armas e bagagens para Angola que nunca devíamos ter abandonado.

Não obstante, o sector não falhou, o que aconteceu foi que o sector não teve o apoio que outras indústrias de bandeira tiveram para se internacionalizar.

H: Quais?
J.H.: Estou a falar das indústrias conhecidas como, por exemplo, as energias que viveram e trabalharam sempre com rede num mercado altamente protegido e sem concorrência e que curiosamente continua a ser uma das formas como alguns sectores gostam de trabalhar em Portugal, debaixo de um músculo colonial e ao mesmo tempo sem concorrência.

H: Mas faltou a definição de mercados-alvo estratégicos?
J.H.: O que temos de clarificar de uma vez por todas é a visão estratégica para a promoção externa. Como é que nos vamos afirmar na questão da promoção externa?

De seguida, conseguir seleccionar mercados-alvo, mas num quadro de exigência muito rápida, porque estamos a trabalhar já sem rede, antes tínhamos 20 anos de rede. Agora, temos de quase carregar num botão e fazer acontecer.

Portugal neste momento precisa de exportar bens transaccionáveis produzidos nas nossas fábricas.

H: Mas quais são esses mercados-alvo?
J.H.: Isso depende também muito das marcas e empresas. Nós temos que aproveitar aquilo que são os conhecimentos das empresas ao longo dos anos. Curiosamente temos vindo a crescer nos últimos anos fora da UE, o que é um bom sinal. E, claro, crescemos em África, mas temos um enorme défice na América Latina. Não faz sentido que Portugal tenha uma ligação com o Brasil, e por consequência à América Latina, e não possa aproveitar e pensar nessa geografia.

Em relação a África, deveríamos estar a pensar na África Austral que nos pode permitir uma outra dimensão a nível de consumidores e atacar as geografias que nos são mais próximas, concretamente Angola e Moçambique.

H: Da parte do Governo deveria haver um maior apoio para essa promoção?
J.H.: Penso que a questão deve ser posta ao contrário. O que é que nós já fomos capazes de fazer para ajudar este Governo?

H: É assim que a questão deve ser colocada?
J.H.: Sim e não estou a citar nenhum grande pensador ou político. Acho que os governos, sobretudo os últimos, têm uma necessidade de ajuda não só para se ajustar às novas realidades, como também para se situar. É preciso ver se têm capacidade para ouvir. Espero que este Governo mude um pouco a sua agulha e discurso e tenha a capacidade para ouvir a indústria e o sector naquilo que é pertinente e onde tem know-how.

Não nos podemos esquecer que o nosso sector é constituído, na sua maioria, por PME e é aqui que os escritórios do AICEP e as embaixadas têm, não podem, têm de ter um papel fulcral. Não têm outra missão. Não vivemos em estado de guerra com nenhum país. Por isso, as embaixadas e os escritórios do AICEP não têm outra missão, senão colocarem-se ao serviço das empresas e dos sectores exportadores.

Agora, onde é que se tem de fazer alguma coisa e o Governo pode ajudar? Nós temos um grave problema transversal a todos os sectores, mas muito particular para o agro-industrial, que é o financiamento. Sabemos que há uma falta enorme de liquidez nos bancos portugueses, decorrente da crise, há um grave problema nos seguros de crédito para a exportação e por outro lado, temos alguns custos de contexto que não têm vindo a baixar, pelo contrário temos vindo a registar aumentos sucessivos na energia e combustíveis e até no acesso a redes portuárias, que fazem disparar a nossa falta de competitividade quando esta deveria estar a melhorar. Neste contexto interno, a indústria perdeu muito oxigénio no mercado interno.

Ajustamento é uma palavra interessante que, usada com conta peso e medida, pode em momentos difíceis, significar uma coisa. Nós estamos a contrair da forma mais dramática que já alguma vez vi, e muito em particular neste sector, pela conjugação de um conjunto de factores, desde logo a situação económico-financeira do País, o aumento do desemprego em geral e das políticas que têm sido levadas a cabo, nomeadamente, as que foram impostas aos funcionários públicos que lhes retira dois meses de salário e que se reflectem no consumo interno.

Claro que me vai dizer que neste aspecto que nos tínhamos de ajustar porque vivemos durante muitos anos acima das nossas possibilidades. É uma frase que detesto ouvir …

H: Há quem coloque a questão da seguinte forma: O consumidor mudou, a economia mudou, o mercado mudou. A indústria transformadora também mudou, ou melhor, adaptou-se?
J.H.: Na indústria agro-alimentar e quando se fala na necessidade de ajustamento e em menor consumo, a maior parte das pessoas não sabe do que está a falar. De um forma geral, em praticamente todos os produtos da indústria agro-alimentar, já consumimos menos do que a média europeia.

A questão do ajustamento aqui não está no ajuste à média com que nos gostamos de comparar. Não, nós estamos a comprimir aquilo que eram os nossos gastos e as nossas despesas com alimentação.

Portanto, no caso da indústria agro-alimentar estamos a falar de uma contracção forçada em muitos casos pela perda de rendimento, mas também pelo facto de factores adversos, como foi a política fiscal, nomeadamente o IVA. E esta veio a reflectir-se por duas vias, directamente sobre os produtos e directamente sobre os canais, como foi o caso do aumento do IVA na restauração para 23%, que vai ficar sinalizada como pior política dos últimos 100 anos em Portugal. Não podia ser mais negativa em várias dimensões.

Para lhe mostrar como este sector é razoável e como não pensa somente na sua indústria, mas que pensa em Portugal e nos consumidores, nós fizemos propostas muito concretas ao Governo de um equilíbrio que permitiria que o ajustamento se fizesse e alguma contracção seria inevitável, mas que não fosse feita desta forma, com esta desagregação completa e esta destruição de valor que está a acontecer decorrente de um aumento de IVA exponencial e que está a colocar dificuldades enormes a muitas empresas e negócios.

H: Depois de, em 2010, se ter batido pela manutenção das taxas do IVA, a FIPA viu esse imposto ser alterado em 2011. Um estudo desenvolvido pela FIPA e a Deloitte, apontava, em Agosto de 2011, para repercussões graves no sector e na economia nacional. Confirmam-se a redução significativa do volume da produção nacional, a perda de cerca de 40.000 postos de trabalho ou o forte movimento de deslocalização de empresas?
J.H.: Confirmo, naturalmente. Quando ajudámos ou melhor tentámos ajudar o Governo a elaborar o Orçamento de Estado, a FIPA teve o cuidado de propor soluções e apresentar os resultados e mostrar como outras soluções teriam outras consequências, devidamente quantificadas.

Dissemos que se alguns sectores tivessem aumentos de IVA de 6 para 23%, as consequências seriam brutais, com quedas de consumo a dois dígitos, significando, a curto/médio prazo, mais desemprego e eventualmente deslocalizações de empresas nacionais. Isso está a acontecer.

Ora, com esta política ninguém sai a ganhar.

H: Mas que soluções apresentaram?
J.H.: Colocar, por exemplo, a generalidade dos produtos num IVA intermédio a 13%. Isso criaria menor sacrifício, maiores resultados e a contracção esperada, nomeadamente, a substituição das importações por exportações iria acontecer.

H: Está a dizer que em vez da contracção, teríamos o tal ajustamento?
J.H.: Exactamente. O que nós sempre defendemos foi que, face à necessidade que o País tem de um ajustamento, seria expectável uma contracção, mas não com esta brutalidade.

H: Mantém a afirmação de que o sector agro-alimentar tem sido desprezado pelo Ministério da Agricultura?
J.H.: Eu não disse pelo Ministério da Agricultura, disse pelo poder público. Até porque a indústria tem dois ministérios: o da Agricultura e o da Economia.

Há dois anos e meio que temos vindo a dizer ao Ministério da Agricultura que Portugal precisa de uma visão mais agro-alimentar e menos agrária.

Temos vindo a dialogar muito com a actual Ministra da Agricultura sobre aquilo que são os focos para esta indústria, qual o caminho que este sector deve trilhar e como poderemos trabalhar em fileira. Daí resultou uma coisa já extremamente positiva: a recente criada PARCA.

Penso que este Governo começa a olhar para a indústria como algo que é absolutamente estratégico.

H: Foi preciso batermos no fundo para reconhecermos que de facto a indústria era essencial?
J.H.: Não sei se se trata de bater fundo ou se é o trazer de uma nova geração. Nós nunca devíamos ter abandonado a agricultura. Porque é fundamental para assegurarmos a nossa soberania nacional. Naturalmente que não podemos passar a produzir tudo, mas podemos, sim, produzir mais e depender cada vez menos do exterior, sabendo que nalgumas matérias-primas temos de ir lá fora.

Quanto mais tempo ficarmos desligados da prática agrícola, das suas práticas e experiências, mas difícil se torna o regresso.

H: Mas referiu que o poder político esteve muito virado para tudo menos a produção primaria. Hoje é cada vez mais consensual que o País se tem desligar dessa corrente terciária e ligar-se à primária.
J.H.: Quando entrámos na CEE fizemo-lo de malas vazias, de mãos a abanar, disponíveis para aquilo que nos apresentassem. E o facto é que conhecemos um forte empurrão que nos deslocou daquilo que era uma missão: a indústria, as pessoas e a agricultura. Este era o nosso território fértil, capaz, que estava ali nas nossas mãos, que não tínhamos de comprar, só tínhamos de lhe dar continuidade. Isso perdeu-se, foi ausência de desígnio.

H: Mas não será que as entidades nacionais não estão demasiado sujeitas ou obrigadas a seguir o que é ditado de fora?
J.H.: Direi que não. Há espaço de manobra, o que acontece é que abandonámos muitas das nossas culturas tradicionais e depois passámos a importá-las. No caso das frutas, por exemplo, importamos muita coisa quando não tínhamos necessidade de importar sequer metade.

O problema é que os mercados não estão a funcionar, há um desequilibro.

H: Em relação a esse desequilíbrio, aproveito as palavras da Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que no inicio do ano afirmava que “a relação de poder entre distribuidores e produtores não é equilibrada”, destacando mesmo que “quem está na posição mais fraca, sente-se esmagado”. Esse sentimento de esmagamento continua? O que será necessário fazer para equilibrar esta relação de poder entre a distribuição e a produção?
J.H.: Não costumo comentar as afirmações dos governantes, mas de toda a maneira direi que a Autoridade da Concorrência (AdC), em 2010, numa análise que fez detectou desequilíbrios entre a indústria e os seus clientes.

Esses desequilíbrios são conhecidos e reconhecidos e são normais num quadro de evolução absolutamente fantástico como aconteceu em Portugal nos últimos 25 anos.

Há um desequilibro, é preciso ajustar os instrumentos, nomeadamente aqueles que concorrem para a fiscalização das actividades e depois é preciso encontrar soluções. Ao longo dos anos isto não foi olhado e de um momento para o outro houve a ânsia de querer, num só golpe, resolver tudo.

Nós estamos sobre um sufoco em tudo neste momento em Portugal, seja legislativo, de um conjunto de quadros e códigos que são imposto de fora quando deveriam ser encontrados cá dentro.

H: Como por exemplo o Código de Boas Práticas que anda emperrado há bastante tempo?
J.H.: Digo-lhe, sinceramente, que não há código nenhum emperrado. O código nasce em 1997 e nasce do reconhecimento de que algumas coisas não funcionavam e que era preciso colocá-las num código. Acontece é que esse código ao longo dos anos não funcionou. O código como instrumento não serviu nem de árbitro, nem para nada.

Por isso, não há nada emperrado. É legítimo e normal que as associações e confederações estejam a discutir um assunto muito delicado, sobretudo, quando estamos a falar de partes que estão em desequilíbrio.

H: Mas temos uma possibilidade de serem as próprias confederações/associações – APED, CIP e CAP – a arranjarem uma solução? Ou essa solução será imposta por via legislativa?
J.H.: Uma coisa não prescinde da outra. Um Código de Boas Práticas tem de assentar em dois aspectos: por um lado, a representatividade e, por outro, a eficiência e efectividade do código. Tem de funcionar.

Mas o relatório da AdC é extraordinário porque é a primeira vez que é produzido um relatório deste tipo, com aquela qualidade e aquela abrangência, dizendo que o que não se consegue fazer de uma maneira, terá de ser complementada com a outra. Não diz que se pode prescindir de uma ou outra.

H: Mas a FIPA tem apontado caminhos? Esses caminhos significam cedências demasiadamente grandes de partes envolvidas?
J.H.: Em tudo o que é um acordo tem de haver cedências. A indústria é que tem cedido mais ao longo dos anos e isto acaba por ser a melhor prova da nossa boa vontade.

H: Não podem ceder mais?
J.H.: Não, não há mais nada a ceder. O que há a ceder é uma questão de partilha e reconhecimento de que há problemas que terão de ser resolvidos.

A FIPA confia que as partes têm de encontrar uma solução, porque têm de fazer parte dessa mesma solução.

A velha frase de que estamos condenados a entender-nos, é um facto. Não pode haver indústria sem distribuição e não pode haver distribuição sem indústria, e não há indústria sem agricultura.

O carril em que nos movemos tem de ser o mesmo, cada um tem o seu papel e puxa mais no sentido de melhor a sua competitividade. Vão demorar algum tempo, mas todos os parceiros vão entender-se.

H: Quais são os principais desafios para a indústria transformadora nos próximos anos?
J.H.: O maior desafio que a indústria agro-alimentar vai ter é o da competitividade.

Num sector que pesa cerca de 14 mil milhões de euros, sendo o maior sector industrial transformador português, representando 5% do PIB nacional (construído como deve ser e segundo as regras), com um Valor Acrescentado de 18%, que contribui com mais de 16% para o emprego nacional, os desafios têm, por isso, de passar pela competitividade e assentar no abastecimento de proximidade.

Não vou aqui enumerar um chorrilho de pontos que têm vindo a ser apontados, pelo menos, há uma década e que continuam na mesma, como a justiça. Lembro-me de apontar ao anterior Governo no código das insolvências e que era um dos problemas. Recordo-me que me olharam e perguntaram se tinha a certeza. Ora, veja-se a actualidade.

Recordo que o importante é recuperar as empresas, não é acelerar um código para destrui-las ou fechá-las, isso é fácil.

Como disse, é preciso melhorar a competitividade e essa melhora-se através de um conjunto de políticas fiscais e de sinalização que este governo tem de ter relativamente à indústria.

H: Esse melhoramento da competitividade já não está tanto do lado das empresas?
J.H.: Não, de forma nenhuma. A partir de agora, só se cortássemos no pessoal todo e deixássemos as máquinas a trabalhar sozinhas.

Nós já fizemos todo o percurso que tinha de ser feito nesse domínio que foi melhorar a performance industrial, os parques industriais, as unidades industriais, dar-lhes um modelo de sustentabilidade, adoptar as melhores práticas de gestão, ter os melhores recursos humanos, tecnológicos, sermos inovadores.

Em todos estes aspectos, mais os pontos ligados à qualidade, ao marketing, packaging, de imagem, qualquer produto português é capaz de concorrer com qualquer produto internacional. Não falo em escala, mas do produto.

Por isso, o que a indústria pretende também dizer com este congresso é, estamos aqui, estamos vivos, estamos a trabalhar, a fazer o melhor que podemos e sabemos pelo País.

É preciso que não nos criem dificuldades que, de alguma forma, possam tirar as energias que precisamos de concentrar para ultrapassar este difícil contexto em que nos encontramos.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Artigos relacionados
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Retalho
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Alimentar
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Logística
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Bebidas
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
ESG
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Logística
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
ESG
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Retalho
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Alimentar
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Não Alimentar
Retalho

El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata

A campanha Novembro Azul pretende sensibilizar os clientes para o tema do Cancro da Próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa contra o Cancro.

Depois de terem estado iluminados de cor-de-rosa, no âmbito da campanha Outubro Rosa, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto voltam a iluminar-se, agora de azul.

A campanha Novembro Azul pretende sensibilizar os clientes para o tema do Cancro da Próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa contra o Cancro.
Até 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca exclusiva El Corte Inglés Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, 1€ reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado à associação que o aplicará em ações de prevenção e combate ao Cancro.
Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico

A quinta, situada no Peso da Régua, assegura a produção de azeites Premium, Olival do Feytor e Olival da Cobiça, inteiramente destinados ao mercado nacional. No futuro, a estratégia passa por entrar no mercado internacional.

Além da produção dos vinhos e da recente aposta no enoturismo, a Quinta da Vacaria, uma das mais antigas do vale do Douro, datada de 1616, investe, também, na produção de azeite biológico, dispondo no seu portefólio de três tipos de azeites de “alta qualidade”, que expressam toda a pureza do terroir do Douro.

Por todo o olival, de bordadura, isto é, de oliveiras que existem na delimitação das vinhas, predominam as variedades de azeitona Cobrançosa, Madural e Negrinha do Freixo que dão origem aos azeites Premium, Olival do Feytor e Olival da Cobiça. O total das vendas deste produto está, para já, alocado ao mercado nacional, mas a propriedade espera, em breve, poder entrar no mercado internacional.

O processo de colheita da azeitona é realizado de forma artesanal, através do varejamento, um método ancestral de colheita, sem intervenção de maquinaria. Esta técnica atesta o compromisso assumido pela Quinta da Vacaria com a sustentabilidade, refletida, também, em todo o Olival, cultivado em “regime biológico, sem recorrer a produtos fitofármacos ou adubos de síntese”, explica Duarte Nabais, diretor geral.

O terroir, a exposição solar e a idade secular das oliveiras contribuem para a qualidade e diversidade dos azeites produzidos no alto Douro Vinhateiro, extraídos “mecanicamente, a baixas temperaturas, o que preserva as nuances frutadas e a subtileza das azeitonas maduras”. Após um processo “cuidadoso de decantação”, por um período de dois a três meses, alcançam-se resultados de excelência, com azeites que revelam um “final de boca longo, intenso e ligeiramente picante”.
Atualmente, estes azeites estão apenas disponíveis no mercado nacional. Na Quinta da Vacaria, são, maioritariamente, utilizados para realização de provas de azeites e parings com os principais pratos servidos no Hotel, sendo que, num futuro próximo, farão, também, parings com as iguarias servidas no restaurante da Adega, revela a produtora.

Os azeites estão disponíveis no site oficial da Quinta da Vacaria e em parceiros como Vinha.pt, Garrafeira Nacional.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets

O Grupo Rotom reforçou ainda mais a sua posição no mercado do Reino Unido com a aquisição da Kingsbury Pallets. “É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas à equipa altamente qualificada da Kingsbury Pallets. Esta aquisição reforça a nossa presença no importante mercado de paletes de madeira do Reino Unido, com o qual podemos servir melhor os clientes com um âmbito internacional.”, afirma Arjan Kuiper, diretor executivo do Grupo Rotom.

Esta última operação acrescenta ao grupo 76 funcionários qualificados e duas grandes instalações no Reino Unido, totalizando 34.000 m².

Nos últimos dois anos, a Rotom efectuou uma série de aquisições estratégicas em toda a Europa, incluindo a All Pallets Ltd – goplasticpallets.com, Lievaart-Slaghuis (Países Baixos), Englmeier (Alemanha) e, atualmente, a Kingsbury Pallets.

Fundada por Jon Towers em 1995, a Kingsbury Pallets processa 40.000 paletes de madeira e artigos de embalagem semanalmente em duas instalações – a sua sede em Tamworth e uma segunda em Lichfield. A empresa fornece paletes de madeira novas e recondicionadas, ao mesmo tempo que oferece serviços de recuperação e reciclagem de paletes. No total, a Kingsbury Pallets recicla e reutiliza 15 000 toneladas de embalagens de madeira por ano.

O compromisso da Kingsbury Pallets para com as práticas sustentáveis está estreitamente alinhado com os objetivos ambientais da Rotom, sublinha a empresa em comunicado. As instalações de Tamworth incorporam uma sofisticada instalação solar de 100 kW, que alimenta um triturador elétrico Untha XR e uma linha de reciclagem, reduzindo as emissões de carbono em 22,3 toneladas por ano. A empresa também detém várias acreditações, incluindo da Forestry Commission, Environment Agency, e Wood Recyclers Association, sublinhando o seu compromisso com operações responsáveis. A Rotom possui a certificação de prata Ecovadis.

“Nos últimos 30 anos, trabalhámos arduamente para transformar a Kingsbury Pallets num dos fornecedores de paletes de madeira mais sustentáveis do Reino Unido. Agora, ao juntarmo-nos à Rotom, temos a oportunidade de expandir ainda mais a nossa missão, apoiados pelos recursos e pela visão de um líder em soluções sustentáveis com a mesma mentalidade.”, sublinha Jon Towers.

“É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas à equipa altamente qualificada da Kingsbury Pallets. Esta aquisição reforça a nossa presença no importante mercado de paletes de madeira do Reino Unido, com o qual podemos servir melhor os clientes com um âmbito internacional. Mas também reúne uma valiosa experiência em práticas sustentáveis. Os valores da Kingsbury Pallets alinham-se perfeitamente com os nossos e, juntos, estamos entusiasmados por promover um futuro centrado na inovação, no crescimento e na sustentabilidade. Estamos ansiosos por trabalhar em estreita colaboração com a nova equipa para impulsionar o sucesso partilhado.”, afirma Arjan Kuiper, diretor executivo do Grupo Rotom.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”

A marca Activia continua a inovar para responder ao crescimento do mercado de bebidas funcionais, especialmente no segmento da saúde digestiva. Diogo Costa, diretor de marketing da Danone, sublinha que a Activia mantém a sua relevância com base em três pilares estratégicos: a escuta ativa dos consumidores, a inovação no portefólio e uma comunicação eficaz.

A crescente procura por alimentos funcionais tem impulsionado o dinamismo do segmento de leites fermentados com probióticos. Para Diogo Costa, o sucesso da Activia reside, em grande parte, na capacidade de ouvir o consumidor e adaptar-se às suas necessidades. “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores em Portugal, e é a partir dessa conexão direta que conseguimos adaptar a nossa oferta”, afirma.

Esse foco no consumidor traduziu-se, por exemplo, no lançamento da gama Activia Triplo Zero em 2023, uma resposta direta a dois grandes insights do mercado: a crescente preocupação com a redução do consumo de açúcar e a maior procura por produtos sem lactose. “Esta gama tem trazido excelentes resultados com crescimento a dois dígitos em volume, valor e penetração”, explica Diogo Costa, salientando a importância da inovação no portfólio para acompanhar as mudanças no mercado.

Além da gama Triplo Zero, a Activia tem também apostado na expansão da sua linha de kefir, que já conta com cinco referências e continua a crescer, refletindo as tendências de consumo mais recentes. “Pretendemos continuar a expandi-la, acompanhando as novas tendências de consumo”, refere.

Outro ponto crucial para o sucesso de Activia tem sido a constante validação de insights junto dos consumidores, ajustando as suas campanhas de comunicação para garantir que estas sejam eficazes. “Temos investido fortemente na validação de insights junto dos consumidores, testando constantemente para identificar quais os elementos que geram maior relevância e conversão”, explica Diogo Costa. Esta estratégia permite à marca manter-se presente e relevante na vida dos consumidores, ajustando continuamente as mensagens e campanhas.

O papel dos especialistas em saúde e nutrição

Os especialistas em nutrição e saúde desempenham um papel fundamental na promoção dos benefícios das bebidas probióticas da Activia, reforçando o seu posicionamento como uma marca funcional de referência. Diogo Costa destaca que, para além da investigação e desenvolvimento rigorosos, a colaboração com estes profissionais é essencial para validar a proposta de valor dos produtos. “Chegamos mesmo a sentar-nos com especialistas para encontrar mais insights e reforçar a nossa proposta de valor”, afirma.

Esta colaboração resulta numa promoção orgânica e natural dos produtos da Activia por parte dos especialistas durante as suas consultas, reconhecendo a relevância das bebidas probióticas como parte da alimentação diária dos seus pacientes. “Eles reconhecem o benefício e relevância dos nossos produtos enquanto parte diária da alimentação dos seus pacientes”, salienta Diogo Costa.

A Activia aposta numa oferta diversificada e adaptada a diferentes perfis de consumidores, sempre com uma base científica sólida. A linha de kefir, por exemplo, é uma das inovações que tem sido bem recebida, combinando os tradicionais fermentos da marca com grãos de kefir, que proporcionam uma fermentação com 16 microrganismos específicos distintos. “Este é o tipo de inovação e superioridade que trazemos, sempre assente em evidência científica comprovada”, reforça Diogo Costa.

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

ESG

Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor

A Staples é o primeiro cliente da EDP em Portugal a escolher, em simultâneo, soluções de energia elétrica, comunidades de energia solar e mobilidade sustentável. A retalhista sublinha que esta parceria permite, por exemplo, produzir localmente metade da energia que necessita diariamente e partilhar a energia restante com vizinhos.

Hipersuper

A Staples escolheu a EDP Comercial como fornecedora de uma solução integrada para a descarbonização do consumo elétrico da empresa, combinando fornecimento de energia, produção local de energia solar para consumo próprio e partilha com vizinhos e mobilidade elétrica conectada à rede pública MOBI.E.

Esta parceira inclui a instalação de comunidades de energia em mais de 20 lojas por todo o país: os Bairros Solares EDP terão uma capacidade combinada de cerca de 2,5 MWp e uma produção anual estimada de aproximadamente 3,5 GWh. Esta energia limpa vai permitir evitar a emissão de cerca de 1.800 toneladas de CO2 por ano, que seria emitido para produzir a mesma eletricidade a partir de fontes poluentes.

A instalação destas centrais solares vai permitir à Staples uma independência da rede elétrica de aproximadamente 50%  e partilhar estes benefícios com cerca de dois mil vizinhos. Podem aderir famílias ou empresas que se encontrem num raio de dois quilómetros das lojas Staples aderentes, ao inscreverem-se no site da EDP Comercial (edp.pt/bairro-solar).

Para além de promover o uso de eletricidade renovável nas comunidades em que está inserida, esta parceria permite à Staples alcançar poupanças de mais de 60% no custo mensal com eletricidade e reduzir significativamente a sua pegada ambiental. Já os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão uma poupança de até 35% em parte da eletricidade que consomem, para além de contribuírem para a transição energética do seu bairro, pode ler-se no comunicado enviado.

A EDP vai também instalar 60 pontos de carregamento de veículos elétricos em quase 90% das lojas Staples de norte a sul do país, que estarão ligados à rede pública MOBI.E, que podem ser utilizados por qualquer condutor de veículos elétricos, independentemente do seu Comercializador de Energia de Mobilidade Elétrica (CEME).

Além destas soluções de mobilidade elétrica e da implementação das comunidades de energia, a EDP vai ainda fornecer energia elétrica a todas as localizações Staples em Portugal durante sete anos. Ao escolher um contrato de fornecimento de energia a longo prazo, a Staples deverá reduzir em cerca de 30% os seus custos com eletricidade, avança em comunicado.

Com este projeto, a Staples reforça o seu empenho na descarbonização de toda a sua cadeia de valor, um passo importante na redução significativa das emissões de CO2, enquanto envolve as comunidades onde está inserida na transição energética, sublinha ainda.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação

Em Portugal, a área de tratamento de encomendas terá capacidade para processar cerca de 500 mil encomendas por dia, sendo o pico da atividade esperado para a semana da Black Friday, que arranca a 25 de novembro.

Hipersuper

Os CTT – Correios de Portugal vão reforçar a operação de tratamento e distribuição de encomendas para fazer face à procura da peak season, período entre a Black Friday e o Dia de Reis. A nível ibérico a expectativa é que sejam feitas mais de um milhão de entregas de encomendas pelos CTT em dias de pico, avança a empresa em comunicado.

Em Portugal, a área de tratamento de encomendas terá capacidade para processar cerca de 500 mil encomendas por dia, sendo o pico da atividade esperado para a semana da Black Friday, que arranca a 25 de novembro.

Já na distribuição em Portugal, existirá um reforço de recursos humanos e de rotas de distribuição, com a contratação de mais de 800 pessoas para esta época, elevando para cerca de 7800 os trabalhadores das operações de correio e expresso dedicados à peak season, com mais veículos para o transporte de encomendas e mais 850 rotas suplementares.

Será ainda implementado o trabalho suplementar aos feriados, sábado e domingos e, sempre que possível, serão antecipadas as recolhas junto dos clientes empresariais, refere ainda os CTT que terão equipas de manutenção em permanência nos centros da CTT Expresso (MARL, em Lisboa, e Perafita, no Porto) e uma equipa de Sistemas de Informação reforçada.

Também no apoio ao cliente existirá um reforço de 25% a 30% da equipa de atendimento, sendo que o chatbot Helena, solução de Inteligência Artificial dos CTT, estará também com uma robustez reforçada para dar resposta aos clientes dos CTT. A nova assistente virtual dos CTT disponibiliza uma assistência em tempo real, conjugando as componentes informativa e transacional, sendo possível, por exemplo, saber o estado de uma encomenda.

Os CTT lembram que é importante estar atento contra eventuais esquemas de phishing, devendo os clientes seguir todos procedimentos para assegurar a segurança dos seus dados pessoais e bancários.

Já em Espanha a CTT Express está preparada para gerir entre 500 a 600 mil envios por dia nos dias de maior movimento e reforçará a contratação para esta época com cerca de 200 pessoas para o tratamento e cerca de 600 fornecedores de distribuição.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR

Os projetos LIFE SeaBIL, OCEAN4FUEL e MESMERISING, focados na proteção dos oceanos e dos ecossistemas aquáticos, foram os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR, lançado este ano para tornar a iniciativa ainda mais abrangente.  

Hipersuper

Um dos três projetos vencedores, o LIFE SeaBIL, liderado pela SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, tem o objetivo de reduzir o impacto direto e indireto do lixo marinho nas aves que dependem dos ecossistemas costeiros e marinhos, além de promover a consciencialização e incentivar práticas mais ecológicas. A sua principal prioridade será continuar a recolher dados mensais nas Berlengas, monitorizar as aves arrojadas, reunir cientistas, autoridades e entidades reguladoras em prol da identificação das melhores soluções.

O OCEAN4FUEL, um projeto submetido pela Universidade de Aveiro – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, foi outro dos vencedores. A sua missão consiste em transformar plásticos marinhos, que poluem os oceanos e afetam os ecossistemas, em combustível líquido. Para isso, utiliza um processo denominado pirólise, que permite produzir um combustível compatível com a gasolina e gasóleo, oferecendo uma solução sustentável para enfrentar dois grandes desafios globais: a poluição marinha e a crise energética e ambiental associada aos combustíveis fósseis.

Apresentado pelo Instituto de Telecomunicações, o projeto MESMERISING, o terceiro vencedor, concentra-se no desenvolvimento de tecnologias para a monitorização em tempo-real de microplásticos em meios aquáticos. Isso permitirá identificar e caracterizar os diminutos microplásticos, recorrendo a canais microscópicos para conduzir a água por sensores eletromagnéticos, cujos dados serão recolhidos e processados por sistemas eletrónicos avançados.

As inscrições para o Prémio TransforMAR decorreram durante os meses de junho a setembro deste ano. As 38 candidaturas recebidas foram avaliadas segundo critérios estratégicos: alinhamento com o objetivo de proteção do oceano e dos ecossistemas aquáticos; robustez e/ou capacidade de implementação; inovação e criatividade; e qualidade do pitch. Podiam candidatar-se projetos nas áreas de redução de plástico nos oceanos; limpeza dos mares e orla costeira; transformação e/ou reciclagem de resíduos marinhos; proteção das espécies marinhas e sensibilização e/ou educação ambiental.

A par do Prémio TransforMAR em 2024, o Lidl Portugal levou a sua forte estratégia de sustentabilidade a 10 praias de norte a sul do país, durante o mês de agosto, com a dinamização de atividades de sensibilização para toda a família. Além disso, entre junho e julho, foram realizadas atividades para colónias de férias em 18 praias, aproximando-nos da comunidade escolar, promovendo ações lúdico-pedagógicas para crianças. Em parceria com a ONG Brigada do Mar, o Lidl Portugal promoveu 11 ações de limpeza na costa portuguesa, tanto em praias como nos rios, contribuindo para a descontaminação e proteção destas zonas, bem como dos ecossistemas aquáticos.

O programa TransforMAR surge de uma iniciativa pioneira do Lidl Portugal, juntamente com o Electrão, em parceria com a Marinha Portuguesa e a Brigada do Mar, contando com o apoio da  Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Quercus. Desde 2018, o TransforMAR recolheu mais de 253 toneladas de resíduos plásticos e metal das praias, mares e rios portugueses, transformando-os em benefício da comunidade.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar

Com esta nova abertura, a Auchan Retail Portugal reforça a sua estratégia de expansão no mercado da saúde e bem-estar.

Hipersuper

A Auchan Retail Portugal reforça a aposta no segmento de ultra proximidade com a inauguração da terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar.

Num espaço de 204 metros quadrados, a My Auchan Saúde e Bem-Estar de Campolide, localizado na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Campolide, abre  portas esta sexta-feira.

“Sabemos que a Saúde é hoje extremamente relevante na sua componente de prevenção e na lógica de “viver mais e melhor”. A nossa missão é proporcionar o acesso a soluções integradas que vão ao encontro das necessidades do consumidor, numa experiência de compra completa, com uma oferta diversificada de marcas nacionais e internacionais, que alia qualidade e acessibilidade. A nova loja de Campolide reflete esse compromisso”, explica Inês Matos, diretora de nutrição, saúde e bem-estar na Auchan Retail Portugal.

“Temos um plano de expansão forte para os centros urbanos e pretendemos levar estes espaços, adaptados às necessidades específicas de cada bairro, a vários pontos do país nos próximos anos, reforçando a proximidade com os nossos clientes”, acrescenta.

Aberta todos os dias das 9 às 21 horas, a loja oferece ainda vantagens exclusivas para membros do Clube Auchan.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial

“O primeiro passo para o sucesso de uma empresa é valorizar as suas pessoas e a renovação desta distinção é precisamente um reflexo desse facto e das nossas boas práticas. Estamos comprometidos com a mudança para um mundo mais igualitário e justo”, afirma Dina Duarte, diretora geral da Montiqueijo.

Hipersuper

Pelo segundo ano consecutivo, no âmbito do Dia Mundial para a Igualdade Salarial – assinalado a 14 de novembro – a Montiqueijo foi distinguida com o Selo da Igualdade Salarial, atribuído anualmente pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), reforçando, assim, o seu compromisso com a equidade no local de trabalho.

O Selo da Igualdade Salarial procura reconhecer as boas práticas das empresas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres e Homens. Este certificado Salarial sublinha o empenho da Montiqueijo em garantir que todos os seus colaboradores recebem remunerações justas e que vão ao encontro das suas competências e desempenho, independentemente do género.

“O primeiro passo para o sucesso de uma empresa é valorizar as suas pessoas e a renovação desta distinção é precisamente um reflexo desse facto e das nossas boas práticas. Estamos comprometidos com a mudança para um mundo mais igualitário e justo”, afirma Dina Duarte, Diretora Geral da produtora.

Sendo a responsabilidade social um pilar fulcral para a empresa, este selo reafirma a importância da adoção de práticas laborais justas e transparentes, bem como da criação de um ambiente de trabalho equitativo e inclusivo, procurando promover não só igualdade e respeito como também a motivação dos colaboradores, sublinha a Montiqueijo em comunicado.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Não Alimentar

Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares

A Sensodyne ouviu os consumidores e apresenta várias novidades nas seis pastas dentífricas da gama base da marca. 

Hipersuper

“Sensodyne tem como missão melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de sensibilidade dentária. Ao renovar a sua gama essencial, pretende incentivar mais pessoas a usar um produto adequado à sua condição. Estamos a investir na gama essencial para mostrar aos consumidores que Sensodyne tem todos os atributos de uma pasta regular, com o benefício acrescido de também proteger contra a sensibilidade dentária.” explica Cristina Rosa, Sensodyne Brand Manager – Haleon Portugal.

Depois de ouvir os consumidores, a marca concluiu que 36% dos portugueses que sofrem de sensibilidade dentária não usam dentífrico específico. Segundo a marca, a justificação está relacionada com dois fatores. Por um lado, há quem pense que um dentífrico específico só deve ser usado perante um quadro de dor relacionada com a sensibilidade dentária; por outro lado, há quem acredite que essas mesmas pastas não têm os benefícios de uma pasta regular, como proteção contra as cáries e limpeza profunda.(*IPSOS U&A Study 2018).

Para combater esta condição, Sensodyne introduziu novidades nos seus dentífricos mais populares (Proteção diária, Multicare, Gengivas, Extra Fresh, Branqueadora, Limpeza e Frescura): uma nova fórmula com tripla ação de limpeza, que elimina a placa bacteriana e que contém flúor para proteger contra as cáries, e uma imagem renovada.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Hipersuper. Todos os direitos reservados.