Amêndoas de Portalegre regressam em 2012, após fecho da fábrica pela ASAE
A fábrica das tradicionais amêndoas de Portalegre vai reabrir em 2012, quatro anos após ter sido encerrada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, disse hoje à agência Lusa um dos proprietários da unidade fabril

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*Lusa
A fábrica das tradicionais amêndoas de Portalegre vai reabrir em 2012, quatro anos após ter sido encerrada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), disse hoje à agência Lusa um dos proprietários da unidade fabril.
“Nós vamos reabrir a fábrica para o ano. A fábrica vai funcionar no mesmo sítio e a remodelação do espaço está quase concluída”, disse José Maria Vintém.
De acordo com o proprietário, a unidade fabril vai reabrir na sequência de um projecto desenvolvido por um dos seus filhos, contando com a colaboração dos pais para garantir a produção e “manter a tradição” das amêndoas de Portalegre.
A fábrica vai também produzir durante o ano doces conventuais, além das tradicionais amêndoas de Portalegre, que serão confeccionadas apenas na época da Páscoa.
A fábrica das amêndoas de Portalegre, que trabalhava sazonalmente, fechou as portas em Fevereiro de 2008, após a ASAE ter “aconselhado” o seu encerramento por “falta de espaço”.
“Na altura, ouve uma certa desilusão com o que aconteceu, mas agora estamos com vontade de regressar à actividade”, disse.
As amêndoas de Portalegre, produzidas de forma artesanal há cerca de cem anos pelos familiares de José Maria Vintém, constituíam um dos “cartões de visita” da região, sobretudo na época da Páscoa.
Todos os anos, pela época do Carnaval, a família Vintém também conhecida pela confecção de doçaria conventual, começava a trabalhar nas amêndoas pascais, com grande procura na Grande Lisboa e no Grande Porto.
“Custou-nos muito deixar de produzir e às pessoas também, porque estavam habituadas nesta época às amêndoas e ainda hoje nos batem à porta a procurar se temos algumas para vender”, declarou.
Produzidas à base de amêndoas provenientes de amendoeiras da região, o doce era confeccionado em redor de duas caldeiras aquecidas (género betoneiras).
Nessas caldeiras, que rodam sem parar cerca de oito horas, tempo que dura a produção, o casal de produtores colocava açúcar e chocolate suficiente até a amêndoa ganhar a textura e o seu tamanho normal.
As caldas eram produzidas à parte, em tachos de cobre.
Em 2007, as amêndoas de Portalegre tinham um preço de mercado de dez euros o quilograma, sendo também comercializadas em pacotes de 250 gramas.