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José Alberto Antunes, Marketing Manager da Coca-Cola

«Coca-Cola foi um dos primeiros sinais da liberdade em Portugal» O 25 de Abril de 74 abriu as portas a uma das marcas mais valiosas do mundo. Em 30 anos, […]

Victor Jorge
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José Alberto Antunes, Marketing Manager da Coca-Cola

«Coca-Cola foi um dos primeiros sinais da liberdade em Portugal» O 25 de Abril de 74 abriu as portas a uma das marcas mais valiosas do mundo. Em 30 anos, […]

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«Coca-Cola foi um dos primeiros sinais da liberdade em Portugal»

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O 25 de Abril de 74 abriu as portas a uma das marcas mais valiosas do mundo. Em 30 anos, a Coca-Cola Company conquistou uma quota de mercado superior a 40%, detendo actualmente 4 marcas no Top 10 das bebidas carbonatadas mais consumidas em Portugal. Em entrevista ao Jornal Hipersuper, José Alberto Antunes, Marketing Manager da Coca-Cola Portugal, admite que «em breve poderemos ter a quinta».

O dia 4 de Julho de 1977 marca a entrada oficial da Coca-Cola em Portugal, bebida que, até 1974, era proibida no nosso País. Além de ser uma das marcas mais conhecidas no mundo, na opinião de José Alberto Antunes, “Coca–Cola foi um dos primeiros sinais da liberdade em Portugal”.

Hipersuper (H.): Ao comemorar o 30.º aniversário em Portugal, como caracteriza estas três décadas da Coca-Cola no mercado português?
José Alberto Antunes (J.A.A.): Em primeiro lugar há que realçar que o mercado português é, de facto, muito jovem para a Coca-Cola. Estamos em Portugal desde 4 de Julho de 1977. Por isso, estar há 30 anos num país como é o caso de Portugal, é estar num mercado jovem, onde só agora as últimas gerações têm contacto com Coca-Cola.

Os crescimentos de quota, nos primeiros anos, foram de facto enormes devido à base de partida ser nula. Em 2006, a Coca-Cola atingiu uma quota de mercado superior a 40%, em volume, nas bebidas carbonatadas. Por isso, temos vindo sempre a crescer de forma sustentada.

H: Num país pertencente à Europa Ocidental, como é que se explica às gerações mais novas que até 1974 era proibido beber Coca-Cola em Portugal?
J.A.A.: De facto, antes de 1974 tivemos algumas condicionantes políticas que nos impediam de estar no mercado português e esta é, de facto, a única razão para a Coca-Cola nunca ter estado antes em Portugal.

Como é que explica às gerações mais jovens que só a partir de 1974 foi possível à Coca-Cola estar em Portugal? Simples: a Coca-Cola foi um dos primeiros sinais da liberdade em Portugal. Portanto, foi um dos primeiros sinais de que havia liberdade de escolha e a Coca-Cola representa isso mesmo, optimismo, liberdade de escolha, felicidade, portanto, tudo o que passámos a viver em Portugal, a Coca-Cola representa.

H: Foi mais fácil à Coca-Cola conquistar o consumidor português por estarmos perante um produto/bebida até aí proibido?
J.A.A.: Sabe que os mitos ajudam as vendas e a questão da Coca-Cola ser um mito ajuda com toda a certeza. Não tenho dados concretos que digam quanto é que essa situação ajudou nas vendas, mas de certeza que ajudou.

H: Existem diferenças entre os consumidores de Coca-Cola portugueses e a generalidade dos europeus?
J.A.A.:
O consumidor português tem uma particularidade muito marcada comparado com a média dos consumidores europeus, porque é um consumidor muito aberto. É muito dado à experimentação, à degustação, a beber e comer coisas novas e essa abertura por parte do consumidor, que gosta muito de viajar e estar informado do que se passa lá fora, faz com que analise muito bem o que vem do estrangeiro, tendo já ultrapassado o velho conceito de que “o que vem do estrangeiro é que é bom”.

Comparado com os restantes mercado europeus, o mercado das bebidas carbonatadas português é muito mais complexo, pela positiva. Tem uma oferta de bebidas maior, de mistura, de sabores, tipos de embalagem. Isto deve-se ao facto do consumidor português gostar de experimentar coisas novas.

Há uma série de marcas no mercado português que lançam um produto e sabemos perfeitamente que irão ter um ciclo de vida curto, porque o português é muito dado à experimentação. O pipeline de inovação em Portugal é constante.

H: E quem não apresenta novidades perde?
J.A.A.: Sim, mas o próprio consumidor português chega a um ponto em que já experimentou, já sentiu, já viveu o que é esse sabor ou essa nova proposta de marca e parte para outra.

Portugal diferencia-se dos restantes mercados europeus por ser altamente competitivo, para um mercado com tão pouca massa crítica. Se comparamos um linear de bebidas de hipermercado em Espanha com um em Portugal, verificamos que o português tem uma oferta muito maior. Isso faz com que o mercado das bebidas em Portugal seja muito fragmentado e exista muita inovação porque o consumidor possui, de facto, essa apetência para a inovação.

H: Daí ser significativa a quota de 40% da Coca-Cola em Portugal?
J.A.A.: Sem dúvida. Não deixa de ser significativo que, com esta fragmentação, exista uma empresa com uma quota de mercado superior a 40%.

A companhia Coca-Cola, entre 2000 e 2006, cresceu o dobro da média europeia, o que é um sinal da nossa vitalidade. E depois temos grandes marcas. Aliás, a história da Coca-Cola é feita de grandes marcas: Coca-
-Cola, Franta, Sprite, Nestea Powerade. Estas são marcas com um potencial muito grande e têm correspondido perfeitamente.

H: Mas é frequente ouvirmos e lermos nos vários meios de comunicação social, que o consumo de Coca-Cola faz mal. Como é que uma empresa contorna esta situação?
J.A.A.: Dê-me o exemplo de um alimento saudável? Por exemplo, se comer por dia 30 ou 40 pães, faz mal. Portanto, tudo o que seja consumido em excesso, faz mal e, é claro, que poderemos incluir aí a Coca-Cola como todos os outros alimentos ou bebidas.

Nenhuma bebida ou alimento faz mal ou bem. O que faz mal é o consumo desequilibrado, mas não de bebidas com gás, mas sim de todo e qualquer alimento ou bebida.

H: Mas não ignoram esta situação?
J.A.A.: De forma nenhuma. A Coca-Cola age como empresa socialmente responsável. A obesidade não se pode atribuir apenas a um factor, mas sim ao estilo de vida sedentário, à alimentação e educação, entre outros hábitos. Os pais, os educadores e os meios de comunicação têm tido um importante papel na boa educação dos jovens em relação a este assunto. Nesta medida, queremos participar na solução e contribuir de forma activa para a resolução deste problema. E fazemo-lo, por exemplo, com a Taça Coca-Cola de Futebol. Este ano, tivemos cerca de 12 mil jovens dos 13 aos 15 anos envolvidos neste programa de saudável vida activa, programa que dura toda a época escolar.

H: A Coca-Cola é considerada a marca mais valiosa do mundo. Ainda precisam de efectuar investimentos avultados em marketing e promoção ou a marca vende per si?
J.A.A.: É inegável a força que a marca tem e no caso português, por exemplo, antes de o ser, já era. Ao longo dos 120 anos de Coca-Cola, a empresa teve a sorte de ter tido pessoas que foram capazes de construir a marca como nenhuma outra foi construída. Há estudos que demonstram que a Coca-Cola é a marca com mais valor e em Portugal a situação é igual.

É verdade que toda a história da marca ajuda, mas não nos podemos esquecer de uma coisa: Nunca podemos baixar a guarda. Uma coisa que aprendemos ao longo destas gerações, é que não podendo baixar a guarda, o êxito da Coca-Cola e das outras marcas é feita de muito contacto com o consumidor, muito comunicação e publicidade. A história da Coca-Cola é feita de publicidade memorável e intemporal e que apanha cada geração no momento em que tem de apanhar, de modo que, quando crescemos, continuemos como consumidores a preferir a marca Coca-Cola.

O que quero dizer é que o lastro de notoriedade que a marca possui ajuda imenso, em Portugal já ajudava ainda a marca não existia. Mas obviamente isto tem de ser mantido, porque chegar a um tipo de notoriedade é muito fácil, mantê-lo é mais difícil.

Em Portugal, temos competidores de respeito, muito bons, no mercado existem três ou quatro empresas de bebidas refrigerantes exemplares no marketing, tornando o nosso trabalho mais desafiante e todos ganhamos com isso, principalmente o consumidor.

H: Há algum produto no portfólio da Coca-Cola internacional com potencial para o mercado português?
J.A.A.: Sim. Todo e qualquer produto Coca-Cola pode vir para Portugal. Nós temos uma rede de informação interna bastante funcional onde sabemos perfeitamente o que se passa nos outros mercados, que lançamentos estão programados e o pipeline de inovação disponível. Obviamente que o grau de desenvolvimento dos maiores mercados, com mais massa crítica de consumidores, é muito maior do que em Portugal. Nos últimos tempos temos feito lançamentos seguros, porque a inovação em Portugal custa muito dinheiro. Nós temos um mercado demasiado pequeno para o ritmo de inovação que existe, não só nas bebidas refrigerantes, mas também noutras categorias.

Nós lançámos Powerade em 2003, diversos sabores Fanta em anos recentes, Coca-Cola Light Limão, Aquarius e Coca-Cola Zero. A Coca-Cola em Portugal poderia inovar muito mais. A questão é que temos uma conta de resultados em que temos de criar valor para o accionista e toda a evolução que fazemos tem de dar profit, para além de ser relevante para o consumidor. Seria fácil lançarmos produtos que fossem relevantes para o consumidor e que iria adorar e consumir durante um ciclo de vida maior ou menor. A questão está em que não criaríamos valor para o accionista.

H: Referiu lançamentos seguros. Foi esse o caso da Coca-Cola Zero?
J.A.A.: Sem dúvida. A Zero suplantou as melhores expectativas, é um sucesso absoluto. Em 20 dias fizemos 1/3 do objectivo do ano.

A proposta de valor proposta para o consumidor funcionou a todos os níveis. O produto é excelente, o sabor é exactamente igual ao da Coca-Cola clássica. Portanto, a promessa foi cumprida. O mesmo sabor de Coca-Cola, mas sem açúcar.

Em relação à Coca-Cola Light, foi-se posicionando claramente como uma bebida de sabor marcado, próprio e adulta. Hoje em dia, o que é Light e Diet vende e Coca-Cola Light é a 9.ª bebida mais vendida em Portugal e cresceu 30% em 2006.

H: Não houve o receio de que a Coca-Cola Zero canabalizasse a Light?
J.A.A.: Não, porque são diferente e têm targets bem distintos. A única diferença existente entre a Clássica e a Zero, é que a Zero não tem açúcar, enquanto a Light tem um sabor diferente.

A Light tem uma base de consumidores muito fiéis e adultos, com estilo de vida claramente urbano. A Zero é para o consumidor que quer continuar a beber a Coca-Cola clássica, mas sem açúcar. Coca-Cola Zero veio revitalizar a categoria, fechando a nossa oferta no médio prazo.

De referir ainda que no top de bebidas em Portugal tínhamos duas bebidas entre as 10 bebidas mais vendidas em Portugal nesta categoria, em 2000. Actualmente, temos quatro: Coca-Cola, Fanta, Coca-Cola Light e Nestea.

H: E pensa que mais alguma marca consegue entrar neste Top 10?
J.A.A.: Sem dúvida, a Coca-Cola Zero. Além disso, Aquarius também possui um grande potencial.

H: A Coca-Cola é consumida maioritariamente por homens ou mulheres?
J.A.A.: Há um ligeiro ascendente do sexo masculino, mas estamos a falar na ordem dos 52% para homens e 48% para as mulheres.

No geral, as bebidas refrigerantes com gás são mais consumidas pelo sexo masculino.

H: Quais são os formatos mais vendidos em Portugal?
J.A.A.: A garrafa de vidro e o Pet de 1,5l no Alimentar. A garrafa de vidro por toda a iconografia que representa, é uma embalagem absolutamente prioritária para nós.

O formato mais vendido depende sempre do estado de desenvolvimento do canal. A nossa expectativa é que se venda mais vidro, não querendo isto dizer que iremos deixar de vender o Pet no Alimentar, mas o canal Horeca, por tudo o que representa ao nível do consumo por impulso e a iconografia da garrafa, é para nós prioritário.

H: A Coca-Cola é mais forte no Alimentar ou no Horeca?
J.A.A.: Actualmente, somos mais fortes no Alimentar, mas com uma diferença muito pequena.

H: Como caracteriza o mercado das bebidas carbonatadas em Portugal e qual o maior concorrente para a Coca-Cola a nível nacional?
J.A.A.: Nós nesta altura e os nossos concorrentes pensarão igual, concorremos todos contra todos. As colas não competem só entre si, os refrigerantes de fruta com gás não competem entre eles, as bebidas não carbonatadas (caso do Nestea, Aquarius e Powerade) não competem dentro de cada uma das categorias. Na cabeça do consumidor isso não existe.

O que nós marketeers definimos para estruturar o nosso trabalho, de que esta é a categoria de colas, esta de Iceteas, esta de bebidas activas, no consumidor não existe esta diferenciação. No consumidor existe uma motivação ou necessidade de consumo – básica ou emocional – e nós no momento da verdade, seja no café ou no linear do supermercado, estamos a concorrer todos contra todos. E se é verdade que nos hiper e supermercados as categorias estão um pouco mais estruturadas, todos estão muito próximo uns dos outros.

Ainda que possamos estruturar o nosso pensamento e trabalho por categorias, já que nos dá foco e possibilita-nos uma melhor análise de mercado, na realidade sabemos que o consumidor não olha as diferentes categorias de bebidas dessa maneira.

H: Há relativamente pouco tempo, a vossa concorrente Pepsi lançou uma Cola com sabor a pepino no Japão. A inovação/segmentação vai chegar aos vegetais?
J.A.A.: Seguramente. Não sei se em Portugal iremos ter alguma vez um produto deste tipo, seja por um concorrente nosso ou por nós, mas o certo é que não há limite.

H: Mas as empresas neste mercado respondem exclusivamente às exigências dos consumidores?
J.A.A.: Sim. Tal como existem tendências na moda ou no design, há tendências naquilo que se come e bebe. Podemos, por exemplo, ver isso no boom que os restaurantes japoneses, tailandeses, indianos tiveram recentemente. Mesmo nas bebidas alcoólicas, existe muita sofisticação no consumo. Esta tendência de sofisticação e o facto do consumidor querer coisas novas é inevitável e chega às bebidas refrigerantes.

É impossível estarmos a prever que para o ano vai ser lançada esta bebidas com determinado sabor, mas garanto-lhe que alguém estará a testá-la em laboratório neste momento.

H: A Coca-Cola Company não possui, no entanto, só a Coca-Cola?
J.A.A.: Não, além da Coca-Cola tem a Fanta, Sprite, Aquarius, Powerade, Nestea, Aqua Bona, Burn e Nordic Mist.

H: Em relação à Aquarius, no entanto, reposicionaram a bebida. Porquê?
J.A.A.: Aquarius foi uma bebida que existia em Portugal e tínhamo-la como uma bebida no segmento desportivo até 2002. Ao longo do tempo e já nessa altura nos começámos a aperceber que os consumidores consumiam Aquarius fora da ocasião desporto. Entretanto, a companhia desenvolveu a nível mundial um conceito de marca desportiva muito mais potente do que era na altura a proposta Aquarius. Com o posicionamento de Powerade como bebida desportiva, decidimos tirar Aquarius do mercado ao mesmo tempo que passámos a estudar Aquarius como bebida activa para o dia-a-dia.

H: Qual o peso de cada bebida no universo Coca-Cola?
J.A.A.: Coca-Cola Clássica tem uma quota interna de 67%. Depois vêm Fanta com 15%, Coca-Cola Light e Nestea com 6% cada, Sprite com 2%. Ainda não possuímos números em relação a Aquarius e Coca-Cola Zero.

H: Imagina algum café, bar, restaurante, linear de hiper/supermercado ou discount sem produtos Coca-Cola?
J.A.A.: Imagino que o consumidor, se vai a um restaurante, bar, hiper ou supermercado e não tiver pelo menos Coca-Cola, esse estabelecimento não está a dar todas as mais-valias a esse cliente.

H: No canal Alimentar temos também os discounts…
J.A.A.: Qualquer canal de Distribuição Moderna e marcas como a Coca-Cola, Delta e outras, foram construindo valor na mente dos consumidores. Para um canal de distribuição tipo discount que opte, num primeiro momento, não ter as grandes marcas dentro do seu portfólio de oferta ao consumidor, será que de facto esse discount está a dar todo o valor que pode ao seu negócio?

Se qualquer canal novo, discount ou outro qualquer, quiser dar todo o valor aos seus consumidores, tem de ter as marcas líderes. Nada impede que possua as suas próprias marcas. Isso seria um sinal de que o marketing ou publicidade não funcionava e que realmente não criávamos valor para as marcas na mente do consumidor e que essa não criação de valor era de tal forma que um canal de Distribuição Moderna como o discount poderia viver sem as grandes marcas.

O que aconteceu nos discount em Portugal foi que rapidamente perceberam que existem muitas marcas com valor e que se querem dar uma oferta total ao seu cliente, têm de ter estas marcas.

H: Mas a marca líder têm de ter?
J.A.A.: A marca líder e a segunda marca e quiçá uma terceira opção de escolha. Uma coisa que o conceito discount percebeu, foi que o consumidor gosta de variar, de escolher e ter opções de escolha. Para competir com os outros canais de distribuição, o discount terá de ter uma 2.ª ou 3.ª marca. O consumidor é soberano e no caso português, gosta de mudar, experimentar e provar.
Em estratégia não há respostas certas ou erradas. Os canais de discount terão de certo a sua razão para tomar as decisões estratégicas que entendem. Como marketeer, a pergunta que faço é, será que esses canais estão a dar toda a opção de escolha ao consumidor?

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Super Bock lança campanha global para um novo posicionamento nos mercados externos

A acompanhar esta campanha, a marca lançou também uma nova referência exclusiva para o mercado suíço: a Super Bock Unfiltered.

A Super Bock acaba de lançar a sua primeira grande campanha de comunicação internacional em mass media, assinalando um novo posicionamento da marca nos mercados externos. Com a assinatura “What is authentic has more taste”, a campanha pretende reforçar a autenticidade como valor central da identidade portuguesa – e da própria marca.

A campanha, já presente na Suíça, está a ser veiculada nos principais canais de televisão, YouTube e meios digitais, com versões adaptadas em francês e alemão, e decorrerá até agosto. Inspirada na genuinidade do estilo de vida português, a ação convida o público internacional a descobrir um país onde os sabores são autênticos, os encontros espontâneos e os momentos partilhados em esplanadas e bares fazem parte do quotidiano cultural.

A acompanhar esta campanha, a marca lançou também uma nova referência exclusiva para o mercado suíço: a Super Bock Unfiltered, uma cerveja do estilo International Pale Lager, produzida localmente e concebida especificamente para este público. Este lançamento representa um momento inédito na estratégia de internacionalização da marca, apostando na inovação e na adaptação ao perfil do consumidor local.

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Palletways Iberia renova certificação em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa

A Palletways Iberia renovou a sua certificação em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa (RSC), atribuída pela BONET Consulting.

Este reconhecimento sublinha o compromisso da empresa com as boas práticas ambientais, sociais e de governação, alinhadas com os critérios ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Durante o processo de avaliação, foram analisadas diversas áreas-chave, incluindo a redução da pegada de carbono, otimização de recursos, cibersegurança, conformidade regulamentar, prevenção da corrupção, gestão de talentos e estabilidade do emprego. Um dos aspetos mais valorizados foi a solidez do modelo laboral da Palletways Iberia, assente numa força de trabalho estável, com baixa rotatividade e absentismo abaixo da média do setor. A empresa tem apostado em políticas que promovem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, flexibilidade e formação contínua.

A boa governação interna é também um pilar da estratégia da Palletways Iberia. A empresa descreve a sua equipa como uma “grande família”, promovendo um ambiente de proximidade, diversidade e inclusão. A par do teletrabalho e horários flexíveis, destaca-se a Escola de Vendas, que assegura a formação e desenvolvimento dos colaboradores, reforçando a cultura de valorização e retenção de talento.

No plano ambiental, a Palletways Iberia tem vindo a implementar medidas para promover uma logística mais sustentável, desde a operação com mais de 30 veículos euro-modulares até ao investimento em hubs energeticamente eficientes, com iluminação LED, painéis solares e gestão inteligente de resíduos. As suas localizações estratégicas permitem ainda reduzir as rotas de transporte e, consequentemente, a pegada carbónica.

Este trabalho contínuo foi já reconhecido com a renovação das certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 e ISO 26000, bem como com a atribuição da primeira estrela Lean & Green, após a redução de 20% nas emissões de CO₂. A empresa tem como meta ultrapassar os 30% de redução até 2026.

Para a Palletways Iberia, esta recertificação é um impulso adicional à sua estratégia: “Este reconhecimento é uma garantia de que estamos a cumprir os mais elevados padrões de sustentabilidade a todos os níveis. Não só operamos com a máxima eficiência, como também o fazemos de forma responsável, garantindo um impacto positivo no meio ambiente, nos nossos colaboradores, clientes e na sociedade em geral”.

A empresa acrescentou que “esta recertificação reflete o trabalho constante e consolidado da empresa. Não é uma conquista isolada, mas o resultado de uma cultura empresarial comprometida com a qualidade, a segurança e o relacionamento com as instituições e partes interessadas. Orgulhamo-nos deste percurso sólido, construído com a colaboração de todos”.

A BONET Consulting felicitou a Palletways Iberia pelo “compromisso e rigor de toda a sua equipa na gestão e garantia do devido cumprimento da normativa, assim como pela sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de um quadro de atuação regido pela responsabilidade social corporativa. Estes valores da Palletways são evidentes nas suas acções e, em particular, na obtenção do nosso selo de Sustentabilidade e RSE, que exige uma prova formal nesta área. A certificação garante a auto-gestão e a transparência a nível interno, e gera valor ao mesmo tempo que
contribui para o cumprimento destes princípios e objetivos estabelecidos com os seus importantes clientes e colaboradores”.

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Sidul adoça a Páscoa com conto infantil

Através desta história, a Sidul quer transmitir uma mensagem de afeto e resiliência, reforçando a importância de pequenos gestos e da doçura dos momentos em família.

A pensar no espírito familiar e nos sabores reconfortantes da Páscoa, a Sidul lança “Lar Doce Folar”, uma história encantada que transforma os ingredientes tradicionais em protagonistas de uma aventura culinária com final feliz. Mais do que uma ação promocional, esta iniciativa pretende reforçar os valores da marca, aproximando-a das famílias portuguesas num dos momentos mais doces do ano.

No centro do conto está Marco, um jovem aprendiz de pasteleiro que tenta encontrar o seu lugar na icónica Pastelaria LUDIS, um espaço fictício, mas carregado de simbolismo, passado de geração em geração desde 1909. Confrontado com a pressão de corresponder às expectativas do pai, Marco vive momentos de frustração — até que os ingredientes ganham vida e, com uma pitada de magia, o ajudam a descobrir confiança, superação e o verdadeiro significado da partilha.

A narrativa culmina com a criação do “Folar Mágico”, uma receita que reúne toda uma comunidade e simboliza a união, o carinho e a tradição. Através desta história, a Sidul quer transmitir uma mensagem de afeto e resiliência, reforçando a importância de pequenos gestos e da doçura dos momentos em família.

Disponível no site da Sidul, o conto é acompanhado por atividades complementares pensadas para serem realizadas em conjunto, promovendo o convívio intergeracional e a ligação emocional à marca.

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Legado 2020 homenageia o passado e o saber geracional da Sogrape

Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 é um brinde à memória de Fernando Guedes e também “uma promessa de futuro”.

“Desde a primeira colheita, em 2008, que em cada garrafa de Legado reside um vinho que honra a memória, a paixão e a visão de um homem que sonhava em transmitir um testemunho às gerações vindouras”, apresenta a Sogrape, que está lançar o Legado 2020. A colheita, que chega em maio ao mercado, e é um tributo de Fernando Guedes à herança que recebeu de seu pai, “à vinha velha que o emocionou e a quem permitiu que esta história inspiradora se continuasse a escrever”.

Proveniente das vinhas centenárias da Quinta do Caêdo, em Ervedosa do Douro, o Legado resulta do sonho de Fernando Guedes de criar um vinho que homenageasse o Douro, a paixão e os valores de uma família dedicada ao vinho. “O vinho ensinou-me que o tempo não se mede apenas em colheitas, mas em emoções partilhadas e em memórias que perduram. Legado é o sonho vivo do meu pai, um testemunho silencioso do que somos, do que recebemos e do que desejamos deixar a quem vem depois de nós”, sublinha Fernando da Cunha Guedes, atual presidente da Sogrape e filho do criador de Legado.

A Sogrape destaca, num comunicado, que o ano vitícola de 2020 trouxe uma primavera generosa em chuva, o que permitiu restaurar o equilíbrio da terra, embora com menor produção, e um verão quente e seco, que foi suavizado por uma chuva inesperada em agosto, “suficiente para permitir às uvas uma maturação pausada, proporcionando uma grande elegância e expressão aromática aos vinhos”. Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 brinda à memória de Fernando Guedes, sendo também “uma promessa de futuro”.

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Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

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Foto : Pedro Melim
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Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

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O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

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Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

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Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

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O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

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Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

Hipersuper
A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
Sobre o autorHipersuper

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